23 de maio de 2012

VINHO NA CHINA



Uvas cresciam na China há 200 anos, antes de chegarem na França. Os vinhos, geralmente doces e com espuma, são servidos há séculos em banquetes e também utilizados como medicamentos, com plantas, ervas, órgãos de animais, roedores e répteis.

A produção de vinho ampliou-se sobre a região central e noroeste da China. Na região autônoma de Xin-jiang (Sinkiang) está quase um quarto dos vinhedos, em 140.000 hectares, produzindo 1,5 milhões de toneladas de uvas. Quase toda a produção é consumida como uva ou passas. As maiores regiões produtoras estão no nordeste, na província de Shandong (Shantung), Hebei e Jiangsu assim como em Beijing (Peking) e Tianjin (Tientsin).

A participação do vinho na moderna economia chinesa é o resultado de iniciativa estrangeira. No fim dos anos 70, o programa chinês de modernização permitiu a participação ativa dos estrangeiros na modernização da produção de vinho. O primeiro investidor foi Rémy Martin, que em 1980, junto com um produtor nacional, construiu uma grande e moderna vinícola em Tianjin errichtete. A marca "Dynasty" concorreu com a marca "Great Wall", a qual também contava com estrangeiros. Hoje é a líder de mercado de vinho em estilo europeu, com 13 milhões de garrafas anuais.

Na metade dos anos 80, por iniciativa de duas joit ventures estrangeiras, foram cultivadas vinhas de uvas européias de primera qualidade. A vinícola Huadong em Qingdao (Tsingtau) na costa norte da província de Shandong, foi criada por investidores de Hongkong. Hoje a parceira estrangeira é a Allied Domecq. A empresa produz 200.000 caixas e seus vinhos são de ótima qualidade. Dragon Seal Wines, uma empresa do grupo Pernod-Ricard e a Beijing Friendship Winery, produz bons Chardonnay e Cabernet Sauvignon. Tanto a "Huadong" como a "Dragon Seal" são marcas líderes. A Marco Polo Winery em Hangzhou, um projeto de investidores italianos e um produtor chinês de vinhos de arroz s criaram a marca "Summer Palace". Com o espumante "Imperial Court", a Rémy conseguiu em 1992 atingir uma nova classe de qualidade. Esse espumante é feito de castas de uvas clássicas para Champagne, que crescem no vinhedo da Vinícola Rémy de Shen Ma em Shanghai.

A safra chinesa produz cerca de 300.000 toneladas, com tendência crescente. Quase ¼ serve a 5 grandes vinícolas. A maior é a Changu Yu Winery em Yantai (Província de Shandong), que produz o vinho "Marco Polo". As outras - Beijing Yeguangbei, Lianyungang (Jiangsu), Great Wall e Tong Hua (Jilin) – produzem cerca da mesma quantidade. Os vinhos são produzidos no modo tradicional e atualmente no estilo europeu. Hoje os tanques são importados. Há ao todo cerca de 200 vinícolas, das quais, quase que somente aquelas que têm participação estrangeira são conhecidas.

A maior parte dos vinhos chineses é feita com uva produzida na China. A mais conhecida é a uva olho de dragão, que vem da "Great Wall". A Beichun, um híbrido do norte da China com a Vitis amurensis, adaptou-se ao clima . Outras espécies são encontradas, como a Rkatsiteli, Muscat Hamburg (ingrediente principal do vinho "Dynasty") e a Welschriesling. Impressionantes são os vinhos produzidos a partir da uva Chardonnay, Riesling, Pinot noir, Pinot Meunier, Cabernet Sauvignon e Gamay. Em função de lei chinesa, o vinho deve apenas conter 70% de mosto, de modo que esses vinhos servem apenas ao mercado interno. 

Uma novidade no mercado chinês de vinhos é a empresa Lou Lan, do francês Gregory Michel, com investidores de Hong Kong no deserto de Gobi, com uma produção de 400.000 caixas. Em 1998, foram importadas vinhas de Cabernet, Merlot, Syrah, Chenin e Riesling. As melhores vinhas são conhecidas como "Turpan Basin". No ano de 2002, a vinícola Maotai Changli colocou no mercado um Cabernet franc dentre outros vinhos. A família austríaca Swarovski, proprietária da Norton na Argentina, investiu em Shang-Li, onde deverão ser cultivados 300 hectares de Merlot e Cabernet.


Extraído do sítio Adega24.com

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