31 de julho de 2013

FEIRA DO LIVRO 2013 TERÁ PARTICIPAÇÃO DE ESCRITOR PORTUGUÊS EM FOZ DO IGUAÇU - Natalia Souza

A vinda de Gonçalo M. Tavares, um dos escritores mais consagrados da nova geração de autores portugueses, inaugura uma programação literária que vai movimentar a agenda cultural de Foz do Iguaçu nos meses de agosto e setembro.


O bimestre literário terá início no dia 20 de agosto, às 19h30, no auditório da Fundação Cultural, com o lançamento da Feira Internacional do Livro de Foz do Iguaçu.

Na ocasião, será apresentada a programação completa da feira, que acontece no período de 30 de agosto a oito de setembro, na Praça do Mitre. 

Como convidado especial para a abertura, Gonçalo M. Tavares falará sobre a sua obra e a literatura contemporânea. 
“É um privilégio lançar a feira com a presença de um escritor de grande prestígio internacional”, destaca Arinha Rocha, diretora da Fundação Cultural e coordenadora do evento.

Nos próximos dois meses, haverá lançamento de livros, aula-show sobre o poeta Paulo Leminski e, ainda, a Semana Literária & Feira do Livro, que o Sesc realizará simultaneamente em 23 cidades paranaenses, incluindo Foz do Iguaçu.

Diálogos de Fronteira

Quem traz o escritor Gonçalo M. Tavares a Foz do Iguaçu é o projeto Diálogos de Fronteira, do Instituto Poloiguassu, patrocinado pela Itaipu Binacional.

Nos dias 21 e 22, o escritor português ministrará o curso livre “Escrita, Ideia e Imaginação”, com 20 vagas para jovens escritores e pessoas interessadas em Literatura.

Os critérios para as inscrições, bem como os horários e o local, ainda serão definidos e divulgados.

A vinda de Gonçalo M. Tavares a Foz do Iguaçu foi facilitada pela participação dele no festival Litercultura, evento literário que ocorrerá entre os dias 16 e 18 de agosto, em Curitiba. 

Como a Itaipu Binacional também é uma das patrocinadoras desse evento, Paulino Motter, assessor do diretor-geral brasileiro da empresa, Jorge Samek, entrou em contato com os organizadores e conseguiu incluir a cidade na programação do escritor português, que seguirá depois para outros compromissos em São Paulo.

Gonçalo M. Tavares é um dos escritores europeus da atualidade mais conhecidos e reconhecidos nos círculos literários brasileiros. Ele já tem mais de 30 livros publicados e caminha para tornar-se um autor consagrado no mundo inteiro. Várias das suas obras já foram traduzidas e publicadas em mais de 40 países.

Rachel Caiano

A artista plástica portuguesa Rachel Caiano, que ganhou o Prêmio Jovens Criadores 2007 por seu trabalho como ilustradora, também tem compromisso em Foz do Iguaçu, como convidada do projeto Diálogos de Fronteira.

No dia 23 de agosto, ela ministrará a oficina infantil “Eu desenho, os animais falam”, no Ecomuseu de Itaipu.

A atividade oferecerá 25 vagas para crianças de 9 a 12 anos, que terão a oportunidade de aprender um pouco sobre a arte da ilustração e desenvolverão, junto com Rachel, a criação de uma fábula, em texto e desenhos. Esta iniciativa será realizada em parceria com o Programa Ñandeva.

Extraído do sítio CBN Foz do Iguaçu

PEÇA SOBRE FLORBELA ESPANCA CHEGA AO BRASIL E À POLÔNIA EM 2014 - José Maria Pinheiro

Escola do Porto desenvolve projecto sobre autores portugueses.


É já no próximo ano que a Vocare vai internacionalizar a peça Espanca – Eu Não Sou de Ninguém, um projecto que pretende dar a conhecer a vida e obra de autores portugueses como Ary dos Santos, Bocage, Fernando Pessoa e Florbela Espanca. O Brasil e a Polónia vão ser palco deste espectáculo.

A produção Espanca – Eu Não Sou de Ninguém conta com a participação de quatro actores, dois cantores e dez músicos, e a banda sonora é da autoria de Isabel Maya, responsável também pelo argumento e logística da peça. Os arranjos e a produção musical estão a cargo de Francisco Reis e Emma Sørås. A peça, encenada por Roberto Merino, debruça-se sobre a vida da escritora Florbela Espanca. Poemas tão celébres como Charneca em Flor, Realidade e Alvorecer são declamados pelo elenco.

“Pretendíamos acima de tudo tornar a poesia acessível a todas as pessoas”, explica Isabel Maya ao PÚBLICO. “Sempre que falamos de poesia parece que estamos a falar de uma doença, uma vez que esta é proferida num tom de voz muito baixo. Queremos com este espectáculo mostrar a obra de Florbela, que é um pouco pesada mas de uma maneira mais leve, com pequenas notas biográficas e adereços”, acrescenta.

Depois das exibições no Rivoli Teatro Municipal, no Porto, a peça será apresentada no próximo ano em São Salvador da Bahia, Brasil, e em Varsóvia, Polónia. “Existem os acasos e os não acasos. A peça foi vista por pessoas que estavam ligadas à indústria e depois tudo acabou por acontecer”, justifica Isabel Maya sobre a internacionalização.

A próxima produção Fernando Heteronimamente Só, sobre a vida de Fernando Pessoa, estreia a 10 de Outubro. A Vocare - Instituto Profissional da Voz e da Comunicação é uma escola de ensino artístico, sedeada no Porto.

Extraído do sítio Público.pt

30 de julho de 2013

LÍDIA JORGE ELEITA EM FRANÇA UMA DAS "DEZ GRANDES VOZES DA LITERATURA ESTRANGEIRA"

A escritora Lídia Jorge foi eleita uma das "dez grandes vozes da literatura estrangeira" pela revista francesa Magazine.


A escritora Lídia Jorge foi eleita uma das "dez grandes vozes da literatura estrangeira" pela revista francesa Magazine Littéraire, ao lado de Zadie Smith, Mo Yan, Enrique Vila-Matas e Alice Munro, de acordo com a edição de Agosto.

A próxima edição da publicação francesa coloca na capa uma selecção de dez escritores estrangeiros (não franceses) e entre eles surge a autora portuguesa, de quem é traçado um perfil biográfico e literário.

"Lídia Jorge invoca, de uma forma polifónica, os múltiplos estratos do século XX português, privilegiando o olhar das mulheres sobre uma sociedade patriarcal, antes de mais frio, depois atormentado", sustenta a publicação, num artigo assinado pela professora universitária Maria Graciete Besse.

Lídia Jorge, 67 anos, nascida em Boliqueime, estudou Filologia Românica, deu aulas em Angola e Moçambique e é autora de mais de dezena de romances, entre os quais "O dia dos prodígios" e "O vento assobiando nas gruas", contos, teatro e ensaio.

O romance mais recente chama-se "A noite das mulheres cantoras", com o qual é semifinalista do prémio Portugal Telecom de Literatura 2013. Em Maio foi distinguida pela Associação de Escritoras e Escritores em Língua Galega com o galardão "Escritora Galega Universal", prémio que se junta a uma série de distinções literárias, como o prémio D. Dinis e o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores.

De acordo com a editora Dom Quixote, Lídia Jorge irá editar um novo romance em 2014.Além de Lídia Jorge, a Magazine Littéraire escolheu ainda a escritora inglesa Zadie Smith, a contista canadiana Alice Munro, a poetisa norte-americana Laura Kasischke, o romancista espanhol Enrique Vila-Matas, o norte-americano Richard Powers e o islandês Arnaldur Indridason.

Há ainda dois prémios Nobel: o escritor turco Orhan Pamuk (2006) e o chinês Mo Yan (2012).

Extraído do sítio Economico.pt

XVI BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO RIO COMEMORA 30 ANOS COM NOVOS ESPAÇOS

Com uma programação cultural desenvolvida para aproximar o público do universo literário, a XVI Bienal do Livro Rio completa 30 anos apostando em novos ambientes de interação com os visitantes e prepara uma grade de atividades diversificada e dinâmica. Consolidada como um dos principais marcos do calendário cultural do Rio de Janeiro, a Bienal acontece em 2013 entre 29 de agosto e 8 de setembro.

O objetivo maior dos organizadores da Bienal − o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e a Fagga, empresa do grupo GL events Brasil − é oferecer novas experiências ao público.

“Nossa intenção é unir às novidades o que já temos de consagrado, o que é sucesso há várias edições. Teremos uma atividade para cada público, todos serão contemplados”, conta a presidente do SNEL, Sônia Jardim.

Dois espaços inéditos prometem surpreender os visitantes. No clima da Copa das Confederações e abrindo caminho para a Copa do Mundo, o Placar Literário, com curadoria do jornalista João Máximo, será dedicado à literatura de futebol. Já os leitores adolescentes terão um novo território: além de, mais uma vez, poderem encontrar seus ídolos no Conexão Jovem, eles conhecerão o Acampamento na Bienal, que, comandado por João Alegria, terá como foco a tecnologia e a cultura de convergência − o livro que vira filme, que vira game, que vira site, que vira livro – mostrando que a narrativa faz parte do dia a dia.

Mantendo o tradicional ambiente dedicado aos pequenos leitores, a XVI Bienal do Livro Rio prestará uma homenagem lúdica e interativa a Ziraldo, autor que, presente a cada edição, se tornou parte indissociável do evento. No Planeta Ziraldo, seus muitos personagens inesquecíveis, como Menino Maluquinho e Pererê, ganharão vida por meio da cenografia de Daniela Thomas e Felipe Tassara.

E os espaços que mais fizeram sucesso em outras edições permanecem na programação. O tradicional Café Literário, pelo terceiro ano com curadoria do escritor e crítico Italo Moriconi, convidará o público a participar de descontraídos debates sobre livros, estilos e ideias dos quais farão parte os mais celebrados autores − prosadores, poetas, ensaístas − nacionais e estrangeiros.

Já o Mulher & Ponto terá à frente, pela primeira vez, a jornalista Bianca Ramoneda, que levará novidades aos bate-papos sobre os mais diversos aspectos do universo feminino que chamaram a atenção de homens e mulheres nas duas últimas edições da Bienal. No Conexão Jovem, o visitante adolescente terá a oportunidade de encontrar seu ídolo literário, em um bate-papo animado sobre seus livros preferidos e assuntos do seu cotidiano.

Quinze nomes internacionais já foram confirmados para a programação cultural: Nicholas Sparks, um dos mais lidos no mundo por meio de títulos como O melhor de mim (Arqueiro); Emily Giffin, grande expoente da chamada chic lit, que lançou recentemente Presentes da Vida (Novo Conceito); Allan Percy, do sucesso de Nietzsche para estressados (Sextante); James C. Hunter, do fenômeno O monge e o executivo (Sextante), que vendeu três milhões de exemplares; Sylvia Day, responsável por dois dos livros mais vendidos em 2012, Toda sua e Profundamente sua (Editora Paralela); Matthew Quick autor de O lado bom da vida (Intrínseca), romance que acumula mais de 100 mil exemplares comercializados no Brasil; e Mia Couto, autor do romance Terra sonâmbula, considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX.

Completam a lista Cheryl Strayed, do autobiográfico Livre (Objetiva), um dos livros mais celebrados em 2012 nos EUA; Mary Gabriel, biógrafa de Karl Marx em Amor e capital (Zahar); Francine Prose, autora de Anne Frank — A história do diário que comoveu o mundo (Zahar); Javier Moro, que escreveu, entre outros, O sári vermelho (Planeta); Will Gompertz, editor de arte na BBC, que vai lançar Isso é arte? (Zahar); Emma Donoghue autora de quatro livros relacionados à história da literatura e finalista do Man Booker Prize em 2010 com o romance Quarto (Verus); César Aira, conhecido aqui por títulos como As noites de flores e Um acontecimento na vida do pintor-viajante (Nova Fronteira); e Corey May o principal roteirista da série de jogos eletrônicos Assassin’s Creed, que inspirou a série de livros de mesmo nome (publicada pela Galera Record) que já vendeu no Brasil mais de 450 mil exemplares.

No total, mais de 100 escritores, dos mais variados estilos e nacionalidades, estarão entre os convidados da Bienal do Livro. Uma parceria com o Instituto Goethe trará ainda expoentes da literatura alemã contemporânea e promoverá encontros para trocas de experiências entre escritores e profissionais do livro do Brasil e da Alemanha − país homenageado da Bienal em 2013.

A Bienal ocupará três pavilhões numa área de 55 mil m² do Riocentro e praticamente todos os espaços destinados aos expositores já foram vendidos. Em 2011, ao longo de 11 dias, 670 mil pessoas passaram pelo evento, sendo 145 mil estudantes. Com 950 expositores, a edição tem um investimento total de R$ 32 milhões.

Extraído do sítio SNEL

PORTO ALEGRE TERÁ PROGRAMAÇÃO PARA MARCAR CENTENÁRIO DE LUPICÍNIO RODRIGUES


A prefeitura de Porto Alegre irá realizar homenagens ao centenário do cantor Lupicínio Rodrigues, a partir de janeiro. Dentre outras ações, a Semana de Porto Alegre de 2014 será chamada de Semana Lupicínio Rodrigues. 

“Queremos relembrar a obra e também levar ao conhecimento dos jovens todo o belo trabalho que deixou como legado para a música popular brasileira”, afirmou o prefeito José Fortunati, nesta segunda-feira.

Conforme o secretário municipal da Cultura, Roque Jacoby, a intenção é unir eventos já consolidados na agenda da cidade, como o Carnaval e o Viva o Centro a Pé, a projetos específicos como seminário, exposições, roteiro teatral, concertos temáticos e premiação a jovens músicos. A proposta é desenvolvida a partir de projeto básico da Coordenação de Música da SMC. 

O mesmo ano em que será comemorado o centenário do músico também marca os 40 anos da morte de Lupicínio, que compôs o hino do Grêmio, além sucessos como “Nervos de Aço” e “Nunca”.

Extraído do sítio Portal Vitrine

DEPRESSÃO: ESTATÍSTICAS INTERESSANTES - Sandra de Souza Batista Abud


A depressão causa:

* Risco 3 a 20 vezes maior de distúrbios de ansiedade, fobia, pânico e transtorno obsessivo-compulsivo, entre os principais. Os transtornos de ansiedade possuem mecanismos fisiológicos parecidos com os que se associam à depressão. A desregulação das monoaminas, os neurotransmissores reguladores da emoção, comportamento e humor, é a principal causa conhecida. Com vários sintomas sobrepostos, os problemas costumam vir juntos e um pode predispor o surgimento de outro. Cerca de 85% dos pacientes depressivos apresentam ansiedade concomitante. Em casos como esse, o tratamento é o mesmo para as duas condições, com base no uso de antidepressivos e psicoterapias associadas.

* Risco 15 vezes maior de insônia. A insônia e a depressão caminham juntas. Muitas das vezes, a relação entre as duas é tão estreita que fica difícil definir o que é causa e o que é consequência. Os insones têm três vezes mais riscos de desenvolver depressão do que pessoas sem alterações no padrão de sono.

* Risco 4 vezes maior de alterações cardiovasculares. Um organismo em depressão tende a aumentar a síntese de corticol, o hormônio do stress. Essa alteração se associa a uma liberação maior de adrenalina, uma espécie de acelerador do metabolismo. Em quantidades elevadas, essas duas substâncias fazem com que a pressão arterial aumente e ainda desregulem o ritmo cardíaco, fatores associados à doença cardíaca e derrames. O excesso de cortisol pode também elevar a quantidade de plaquetas circulantes no sangue, facilitando a coagulação e, consequentemente, o entupimento de um vaso sanguíneo. Nesse contexto, a depressão também está relacionada ao aumento dos níveis de colesterol ruim e à diminuição das taxas do bom, o que predispõe a afecções cardiovasculares. Depois de um infarto, a depressão duplica o risco de morte.

* Risco 0,5 vezes maior de doenças de Parkinson e de Alzheimer. A depressão compromete a vitalidade e a comunicação neural. Sem tratamento, leva à morte de neurônios, e a perda de monoaminas pode ser definitiva. A doença favorece também as alterações vasculares, o que pode afetar diretamente a cognição, em especial a memória e a concentração. Com isso, os depressivos tendem a sofrer com mais frequência de doenças neurológicas degenerativas como as doenças de Parkinson e Alzheimer.

* Risco 0,17 vezes maior de diabetes. O distúrbio psiquiátrico mais comum entre os diabéticos é a depressão. Os mecanismos biológicos envolvidos na associação entre as duas doenças não estão completamente claros. Além do fato de que os depressivos em geral não se preocupam com qualidade de seu estilo de vida, sabe-se que a depressão aumenta a resistência das células à ação do hormônio insulina, o que predispõe ao excesso de açúcar no sangue. A probabilidade de um diabético sem tratamento adequado ter depressão triplica em relação à de um não diabético.

Extraído do sítio JM Online

28 de julho de 2013

MICK JAGGER COMPLETA 70 ANOS - Jürgen Brendel


Ícone da rebeldia jovem nos anos 60, o vocalista dos Rolling Stones completa sete décadas de vida longe da imagem de rebelde, mas ainda nos palcos e ganhando muito dinheiro.

O sucesso já era um velho conhecido de Mick Jagger em 1965. Mas o que seria do líder dos Rolling Stones se ele não tivesse sido pego urinando na parede de um posto de gasolina em março daquele ano?

Ao lado dos colegas de banda Brian Jones e Bill Wyman, Jagger foi acusado de atentado ao pudor. A multa, ele pagou com prazer. O caso foi amplamente coberto pela mídia e cimentou de vez a imagem de "malvados" dos Rolling Stones, dando aos fãs uma prova definitiva – ainda que de gosto duvidoso – de que Jagger e companhia eram mesmo rebeldes.

Pouco depois, a canção (I can't get no) satisfaction projetaria os Rolling Stones mundialmente, virando um dos hinos de toda uma geração. O Olimpo das grandes bandas do rock havia sido alcançado, em definitivo.

Talentos raros

O ex-estudante de economia sempre teve um bom tino para os negócios. Jagger soube combinar dois talentos difíceis de harmonizar: o do homem de negócios frio e calculista e o do líder carismático de uma banda de rock especializada em protagonizar escândalos.

O hino "(I can't get no) satisfaction" foi escrito por Jagger e Richards em 1965
Ocupar o espaço de bad boys do rock também foi um cálculo brilhante, já que os Beatles já eram os "bons" meninos. Até que ponto o comportamento desregrado dos Stones era calculado, nem mesmo Jagger deve ser mais capaz de responder. Mas hoje ele minimiza os escândalos e diz que os Stones eram apenas uma banda que despertava as paixões adolescentes e que nunca teve a intenção de ser rebelde.

Para o amigo de Jagger e guitarrista dos Rolling Stones Brian Jones, essa "inofensiva banda adolescente" terminou em tragédia, com dependência de drogas e morte por afogamento, em 1969. Jones fora um dos fundadores dos Rolling Stones, ao lado de outro amigo de Jagger, Keith Richards, e do próprio Jagger.

Química no palco

Mick Jagger nasceu em Dartford, no sudeste da Inglaterra, em 26 de julho de 1943 como Michael Philip Jagger. Segundo a lenda, ele e Richards se reencontraram na estação de trem de Dartford em 1960, quando Jagger deixava a cidade rumo a Londres, onde estudava economia. Richards também estava a caminho de Londres.

Os dois se conheciam dos tempos de escola, já que Richards também era nativo da cidade. Eles combinaram de se encontrar para fazer música e um ano depois surgiram os Rolling Stones. Junto com Jagger, Richards é responsável pelos maiores sucesso da banda – uma parceria similar a de John Lennon e Paul McCartney. Jagger impulsiona as apresentações dos Stones com energia e entusiasmo, enquanto Richards oferece brilhantes e inigualáveis riffs de guitarra.

Fãs eufóricos no primeiro show dos Rolling Stones na Alemanha em 1965
Os Stones na Alemanha

Em 1965, Jagger e os Rolling Stones pisaram pela primeira vez em solo alemão. O primeiro concerto da banda na Alemanha aconteceu em 11 de setembro, na cidade de Münster.

O público reagiu eufórico, a exemplo dos fãs ingleses e americanos. O potencial de rebeldia da banda ficou evidente quatro dias depois, quando os Rolling Stones tocaram na Waldbühne, em Berlim. A arena ao ar livre foi completamente destruída. O conflito entre os fãs e a polícia, munida de jatos d'água, durou horas.

A vida pessoal de Jagger

A vida privada de Mick Jagger é tão movimentada quanto sua banda no palco. Em 1970, ele declarou em entrevista a revista alemã Musik Express que não planejava se casar ou ter filhos (até porque isso não combina mesmo com uma imagem de rebelde) – um ano depois, estava casado com Bianca Perez Morena de Marcias.

Sua primeira filha ilegítima, Karis, nasceu em 1970. A mãe era a cantora Marsha Hunt. O primeiro casamento de Jagger durou até 1979 e seu acordo de divórcio foi de supostamente 2,5 milhões de dólares.

O segundo casamento, com a modelo Jerry Hall, durou de 1990 até 1999. Durante seu relacionamento com Hall, Jagger engravidou a modelo brasileira Luciana Gimenez. Atualmente, ele namora a estilista americana L'Wren Scott.

Jagger é pai de sete filhos e tem dois netos, mas parece não ter muito tempo para passar com a família. Quando não está excursionando com os Rolling Stones, está trabalhando em algum projeto solo ou dividindo o microfone com algum colega famoso.

Jagger colaborou com grandes nomes da música pop, como Tina Turner
Artista além dos Stones

Jagger só lançou seu primeiro disco solo em 1985, depois de alguns companheiros de banda, mas She's the boss foi um grande sucesso entre os fãs. Ele lançou mais três álbuns solo e uma compilação dos seus maiores sucessos em 2007.

Desde 1972, Jagger trabalhou com diversos artistas, como músico e cantor. A lista é longa e cheia de nomes famosos, como Carly Simon, Tina Turner e Jerry Lee Lewis. Ao lado de David Bowie, ele gravou Dancing in the street para o projeto de caridade Live Aid. A parceria foi um grande sucesso em todo o mundo.

Ele também brilhou como ator. Sua estreia no cinema foi em A Forca será tua recompensa (1970). Em 2011, Jagger atuou em seu último filme, Confissões de um sedutor, ao lado de Anjelica Huston e Andy Garcia. Seu talento como ator foi várias vezes elogiado. O cineasta alemão Werner Herzog disse que Jagger tem talento suficiente para ter sido um grande nome do cinema.

Um sir nos palcos

Os Rolling Stones em show no Hyde Park, em Londres, em julho de 2013
Em 2003, Michael Philip Jagger foi nomeado cavaleiro britânico pelo príncipe Charles, pelos seus "serviços para a música popular". Ele recebeu o título de sir.

E a história dos Rolling Stones ainda está longe do fim. Em 2013, a banda saiu para mais uma turnê mundial – não como rebeldes, mas como artigos de luxo: os preços dos ingressos variam entre 255 e 1.995 euros.

Mais uma vez, o empresário sir Mick fez um bom negócio e vai continuar faturando alto, mesmo depois de seu aniversário de 70 anos, no dia 26 de julho. Enquanto outros se aposentam, Jagger segue no palco.

O companheiro Keith Richards tocou no assunto em uma entrevista: "Por que deveríamos parar de fazer algo tão divertido. A aposentadoria pode esperar". Uma opinião certamente compartilhada por Jagger.

Extraído do sítio Deutsche Welle

MOSTRA EM HOMENAGEM AO PAPA TRAZ OBRAS INÉDITAS SOBRE SÃO FRANCISCO DE ASSIS - Fernanda Cruz


São Paulo - A exposição São Francisco de Assis, das Chagas de Todo Mundo, em cartaz no Museu de Arte Sacra da capital paulista, traz um acervo praticamente inédito de 28 peças que fazem referência ao santo, entre esculturas, pinturas, desenhos e fotografias. A maior parte das obras é desconhecida do público, pois está guardada na reserva técnica do museu.

Maria Inês Coutinho, diretora do museu e curadora da mostra, conta que a exposição foi montada em homenagem à visita do papa Francisco ao Brasil. “Temos uma pintura do século 17, desenhos que também são inéditos, do início do século 20, e várias esculturas do século 19”, disse ela.

A Igreja de São Francisco, localizada em São João del Rei (MG), foi escolhida para ambientar a exposição, cuja decoração remete ao interior da construção histórica. “A igreja [de São João del Rei] tem um altar que mostra uma imagem de São Francisco reverenciando Cristo, nós demos destaque para isso”, contou.


Segundo Maria Inês, desde a abertura no dia 13 de julho, foram batidos recordes de visitação – cerca de mil pessoas estiveram no museu no último sábado. De acordo com a curadora, o público médio diário que visita o espaço, normalmente, não passa de 70 visitantes. O museu comporta 150 pessoas por vez.

Uma das obras que podem ser vistas, a São Francisco das Chagas, do século 17, está entre as raridades. “[A obra] mostra o santo recebendo o abraço do chamado Cristo Seráfico. É uma representação do amor e devoção de São francisco com Cristo”. A peça produzida em barro veio da Capela de Nossa Senhora dos Aflitos, na capital.

A curadora destaca que o visitante notará diferentes representações enquanto percorre a exposição. “São Francisco, na visão da iconografia, na forma de representação mais tradicional, vem com os animais, tem pássaros, lobos. As diversas representações enriquecem muito.”

A mostra termina no dia 1º de agosto e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, e sábado e domingo, das 10h às 18h. Os ingressos são vendidos por R$ 6 ou R$ 3 (meia-entrada). O Museu de Arte Sacra fica na Avenida Tiradentes, 676.

Extraído do sítio Agência Brasil

PULAR CAFÉ DA MANHÃ AUMENTA RISCO DE INFARTO, MOSTRA ESTUDO

Pessoas que não se alimentam nas primeiras horas do dia são até um quarto mais propensas a ter um ataque cardíaco.

Pular o café da manhã pode aumentar o risco de ataque cardíaco, foi o que revelou um estudo da Universidade Harvard (EUA). Pessoas mais velhas que não se incomodam em comer depois de se levantar são até um quarto mais propensas a ter um ataque cardíaco ou morrer de doença coronária do que aqueles que tomam café da manhã.

Homens que não comiam de manhã tinham um risco 27% maior de ataque cardíaco ou morte por doença coronária

"Pular o café da manhã pode levar a um ou mais fatores de risco, como obesidade, pressão arterial alta, colesterol alto e diabetes, que, por sua vez, podem levar - com o tempo - a um ataque cardíaco", disse Leah Cahill, principal autor do estudo e pesquisador da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard.

A pesquisa, que aconteceu entre 1992 e 2008, analisou a saúde de 26.902 profissionais de saúde do sexo masculino de 45 a 82 anos. Todos os participantes tiveram que completar uma série de questionários. No total, 1.572 homens tiveram algum “evento cardíaco” pela primeira vez durante esse período.

Os homens que não comiam de manhã tinham um risco 27% maior de ataque cardíaco ou morte por doença coronária. Mesmo após a contabilização de diferenças modestas no estilo de vida, o vínculo persistiu. “Não tomar café da manhã pode levar a um ou mais fatores de risco, incluindo obesidade, pressão alta, colesterol alto e diabetes, que, por sua vez, aumentam as chances de um ataque cardíaco ao longo do tempo”, explica a pesquisadora Leah Cahill.

No estudo, os homens que não tomavam café da manhã eram mais propensos a ser mais jovens, fumantes, empregados em tempo integral, solteiros, menos fisicamente ativos e a beber mais álcool. Os homens que comiam depois de ir para a cama tinham um risco de doença coronária 55% maior do que os que não comiam tão tarde, mas essa era uma pequena minoria do total de participantes do estudo.

Extraído do sítio Opera Mundi

27 de julho de 2013

FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA DIVULGA LISTA DE INDICADOS

James Franco está entre os indicados ao Leão de Ouro por “Child of Gold” (Getty Images)

A 70ª edição do Festival de Cinema de Veneza acontece entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro. Entre os indicados ao Leão de Ouro estão 19 produções. O cineasta Bernardo Bertolucci, diretor do clássico “O Último Tango em Paris” será presidente do júri desta edição.

A divulgação dos candidatos ao Leão de Ouro teve forte presença de obras americanas e inglesas. Entre os favoritos na disputa da premiação estão filmes de diretores americanos como o vencedor do Oscar Errol Morris, por um documentário que fala sobre Donald Rumsfeld, ex-secretário de Defesa dos EUA; Terry Gilliam, que recebeu em 1991 o Leão de Prata como melhor diretor pelo longa metragem “O Pescador de Ilusões” e James Franco, com a adaptação de “Child of God”, livro de Cormac McCarthy que também deu título ao filme.

Um dos favoritos para receber a estatueta na categoria animação é Hayao Miyazaki, com “Kaze tachinu”. O diretor também assinou o desenho “A Viagem de Chihiro”, vencedor do Oscar em 2003.

A abertura do festival acontece com a exibição do filme “Gravity”, do mexicano Alfonso Cuarón, interpretado por Sandra Bullock e George Clooney. O diretor tem no currículo produções como “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, de 2004 e recebeu duas indicações ao Oscar pelos filmes “Filhos da Esperança”, de 2006 e “E Sua Mãe Também”, de 2001.

Extraído do sítio The Epoch Times

GALEGOS QUEREM APROXIMAÇÃO COM PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

Em Portugal, há preocupação de que o apoio à participação possa eventualmente alimentar o espírito separatista da região.


No mês de setembro, o Parlamento da Comunidade Autônoma Espanhola da Galícia (equivalente a uma assembleia legislativa estadual no Brasil) deverá votar a Iniciativa Legislativa Popular Vicente Paz-Andrade (que tem 17 mil assinaturas) com três artigos prevendo a incorporação progressiva do ensino do português na grade curricular e futura exigência em concursos públicos; a recepção aberta em rádio e televisão de programação falada em português; e a participação formal da Galícia em eventos e em instituições internacionais que tenham o português como língua oficial.

A proposta foi apresentada em maio de 2012 e admitida em abril deste ano, com apoio de todos os partidos do parlamento – desde os que defendem a independência da Galícia até os de linha não nacionalista. Há razões políticas, culturais e econômicas para o consenso da província espanhola. Ao estimular a disseminação do português, os galegos resguardam o próprio idioma que é a origem da língua lusitana e anterior à formação de Portugal (século 12); o que ajuda a fortalecer o galego diante do avanço do castelhano (idioma que os brasileiros habitualmente chamam de espanhol).

Além do resgate histórico, a aproximação pode render dividendos financeiros. O interesse econômico é destacado na exposição de razões para a aprovação da lei. “É conhecido que a economia do Brasil é a quinta maior do mundo e a primeira de toda a América Latina. (…) Também os países africanos de língua portuguesa, e em particular Angola, mantém algumas das economias que crescem de forma mais pronunciada nos últimos anos. (…) A vantagem competitiva que para as pessoas da Galícia representa a língua não se limita à potencialidade de estabelecer novas relações comerciais ou culturais diretas, mas ter um estatuto mediador entre blocos geográficos e linguísticos”. O Produto Interno Bruto dos oito países lusófonos fechou a última década em cerca de US$ 2,5 trilhões.

Em entrevista à Agência Brasil, Néstor Rego membro da executiva do partido Bloco Nacionalista Galego (BNG), que tem representação no parlamento da Galícia, salientou que “nas relações econômicas, o fator da afinidade linguística, junto com outros, como a proximidade e a complementaridade, ganham importância. Com Portugal, podemos explorar os dois primeiros. E com o Brasil, aliás uma potência econômica mundial, poderíamos, apoiando-nos na língua comum, estabelecer uma relação econômica muito interessante e mutuamente beneficiosa”. Além de apoiar a lei de iniciativa popular, o BNG apresentou ao parlamento galego a proposta de que a Comunidade Autônoma da Galícia peça a incorporação oficial à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Os galegos já tentaram por duas vezes aproximação formal com a CPLP. Em ambas ocasiões a tentativa foi frustrada. A primeira vez foi em julho de 2011 quando Angola, ocupando a presidência pro-tempore da comunidade, propôs na 16ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da CPLP (realizada em Luanda) a candidatura da Fundação Academia Galega de Língua Portuguesa (entidade particular) como observadora consultiva. O pedido foi aceito inicialmente e publicado na internet. Posteriormente, o nome da entidade galega foi retirado. A ABr teve acesso às duas versões da resolução.

Cerca de 20 dias após a reunião do Conselho de Ministros, a mesma fundação apresentou candidatura como observadora consultiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa (IILP), durante a 6ª Reunião Ordinário do Conselho Científico do instituto. Segundo registro publicado no Boletim da Academia Galega da Língua Portuguesa (nº 5, de 2012), o pedido deveria ter sido submetido ao Conselho de Ministros da CPLP, que se reuniu este mês em Maputo (Moçambique) mas não apreciou a demanda.

O Brasil e outros seis países da comunidade são simpáticos à participação galega. Em Portugal, há preocupação de que o apoio à participação possa eventualmente alimentar espírito separatista na Galícia e contrariar o governo central da Espanha, principal parceiro comercial de Portugal. A Agência Brasil tentou ouvir a direção do IILP e o Instituto Camões, que representa o governo português junto ao instituto, mas não obteve retorno. Na CPLP, a assessoria de imprensa informou que “não dispunha de informações”.

Apesar da indefinição diplomática, Néstor Rego salienta que há colaboração entre a Galícia e os países da CPLP e que estão disponíveis, por exemplo, ferramentas eletrônicas de revisão de texto e auxílio à escrita nas diferentes variantes do galego-português. “O caminho está, portanto, aberto. Agora é preciso também que portugueses e brasileiros voltem os olhos para esta velha nação em que, há já mais de mil anos, nasceu a sua e nossa língua [castelhano]”.

Extraído do sítio Opera Mundi

26 de julho de 2013

CONSUMO GLOBAL DE VINHO AUMENTOU EM 2012

O consumo de vinho no mundo todo cresceu 0,6% no ano passado, chegando aos 245.2 milhões de hectolitros, de acordo com dados do Office International Du Vin. A associação afirma que o crescimento se deu, principalmente, pela alta demanda vivenciada pelos EUA e China.


No ano passado, o país asiático aumentou em 9% a quantidade de vinho consumida, enquanto nos EUA o valor foi de 2% e na Europa se manteve estável. A Itália continua a ser o maior exportador da Europa, com 21.5 milhões de hectolitros vendidos para fora, seguida da França e Espanha, com 19.1 e 15 milhões de hectolitros, respectivamente.

Em questão de volume, os cinco maiores exportadores do Novo Mundo, Itália, Espanha, França, Alemanha e Portugal, viram sua fatia de mercado cair de 64.5% em 2011 para 62.3% em 2012, de acordo com a International Organization for Vine & Wine (OIV).

Extraído do sítio Revista Adega

25 de julho de 2013

TRAJETÓRIA DO BAR OCIDENTE É TEMA DE SÉRIE DE FICÇÃO


Encravado no Bom Fim desde 1980, o Bar Ocidenteconsolidou-se como uma referência cultural de Porto Alegre: reuniu punks, gays e hippies, viu nascer bandas fundamentais como Graforréia Xilarmônica e Os Cascavelletes e serviu de palco para teatro, cinema e até desfiles de moda.

É essa a trajetória que os diretores Carlos Gerbase, Fabiano de Souza, Bruno Polidoro e João Gabriel de Queiroz têm a missão de contar na minissérie Ocidentes, com estreia prevista para 2014, na TVE.

– Queremos retratar a história da cidade e de uma sociedade por meio de seus hábitos noturnos, e o Ocidente é perfeito porque é um lugar mítico, que atravessou muitas gerações e sempre aglutinou tribos – diz Souza, diretor-geral da série.

Com orçamento de R$ 200 mil, o projeto da Rainer Cine, dirigida por Souza, venceu edital de financiamento do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), do governo do Estado, para produções audiovisuais. Serão quatro episódios – três para cada década de história do Ocidente, e o último sobre o futuro do bar. Não resultará em um documentário, mas em um trabalho que contará "visualmente o que se sentiu naqueles momentos", diz Souza.

Zero Hora acompanhou, na semana passada, a filmagem do primeiro capítulo, referente à década de 1980. Dirigido por Carlos Gerbase, As Bateristas acompanha uma banda só de meninas. Baterista (e, depois, vocalista) de uma das bandas seminais do punk rock gaúcho, Os Replicantes, Gerbase conta que muitas das situações retratadas são memórias suas ou de companheiros de festa de 30 anos atrás.

– O primeiro show dos Replicantes, em maio de 1984, foi aqui. Ninguém sabia bem o que era punk rock, então começaram a atirar ovos. O bar é importante para a história da banda – conta Gerbase.

Uma das preocupações da produção é ser fiel às mudanças que ocorreram no Ocidente em seus mais de 30 anos. Desde a fachada do prédio, pintada de amarelo, sua cor original, à iluminação precária, todos os detalhes foram observados. Se no primeiro episódio praticamente só o salão principal é filmado, nos últimos há cenas no fumódromo e no corredor lateral, obras mais recentes. Para não haver imprecisões, a consultoria artística é de Fiapo Barth, diretor de arte e dono do bar:

– A maneira como montaram foi impressionante. Retrata perfeitamente o espírito de cada época.

Nesta semana, está sendo filmado o episódio dos anos 1990, de Fabiano de Souza. A produção busca figurantes para as próximas filmagens. Interessados devem enviar e-mail para figuracao.bar.ocidente@gmail.com .

Os episódios:

As Bateristas, de Carlos Gerbase: Lembra a primeira década do Ocidente, nos anos 1980, acompanhando uma banda de meninas.

A Última Festa do Século, de Fabiano de Souza: No episódio referente à década de 1990, quando o bar passou dois anos fechado, o protagonista lembra de três aniversários que comemorou no bar.

5 Cigarros e um Beijo, de Bruno Polidoro: Se passa em 2007, praticamente só na área de fumantes do Ocidente. Um jovem se sente solitário em meio a tantos tipos que passam pelo local.

Aurora, de João Gabriel de Queiroz: Três amigos se encontram na pista de dança do Ocidente no último capítulo, que tenta prever o futuro do bar, na década de 2010.

Extraído do sítio Portal Vitrine

CIENTISTAS ELABORAM TESTE DE QUATRO PERGUNTAS PARA DETECTAR DEPRESSÃO -Tobias Oelmaier e Clarissa Neher


Pesquisadores alemães criaram um exame para identificar sinais de depressão com apenas quatro perguntas. O diagnóstico é rápido, mas o teste tem uma limitação: só é recomendado para mulheres jovens.

Tristeza, indisposição, cansaço e pessimismo são alguns dos sintomas da depressão, doença que atinge mais de 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS estima que, até 2030, a doença seja a mais comum em todo o mundo. No Brasil, mais de 10% da população sofre de depressão. O país apresentou a maior taxa de incidência da doença em estudo da OMS realizado em 18 países, incluindo França, Alemanha, Colômbia, México, Índia e China.

Segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, a depressão era a quinta doença de maior ocorrência no país em 2008. Apenas 37% das pessoas que sofrem da doença no Brasil recebem algum tipo de tratamento, diz a OMS.

Inventário de Depressão de Beck

Testes diponíveis na internet podem auxiliar a identificar a depressão, por meio de questionários com perguntas sobre condições psicológicas.

A maioria desses testes é baseada no Inventário de Depressão de Beck (BDI), um questionário com cerca de 20 perguntas relacionadas a sintomas que apareceram nas últimas duas semanas, como tristeza, pessimismo, sentimento de falha e culpa, perda de alegria e de interesse, pensamentos suicidas, irritabilidade, perturbação, fadiga, abulia e diminuição da libido.

O método BDI avalia, por meio de uma escala, o nível da depressão em pacientes a partir dos 13 anos de idade. Para cada pergunta são dadas quatro opções de resposta, que vão do "nunca" até o "sempre". Em poucos minutos é possível obter um pequeno diagnóstico. Se o resultado revelar algum grau de depressão, é aconselhável a consulta com um médico ou psicólogo.

Diagnóstico em quatro perguntas

Mas a maioria dos afetados não sabe identificar os sintomas e ignora que está doente. Um novo teste desenvolvido pelo Instituto Max Planck para Pesquisas em Educação de Berlim pode auxiliar no diagnóstico e contribuir para que pacientes recebam rapidamente um tratamento adequado.

Segundo os pesquisadores, o novo teste possibilita um diagnóstico seguro de depressão com apenas quatro perguntas. "A simplicidade do teste nos permite explicá-lo de forma simples e compreensível tanto para médicos como para pacientes", disse à Deutsche Welle a coordenadora do estudo, Mirjam Jenny.

As quatro perguntas são: nesta semana, você chorou com mais frequência do que antes? Nesta semana, você se sentiu desapontado consigo mesmo ou se odiou? Nesta semana, você encarou o futuro com mais desânimo? Nesta semana, você teve a impressão de ser um fracassado?

Se todas as perguntas forem respondidas com sim, há sinais de depressão e o clínico geral deve encaminhar o paciente a um especialista. Segundo Jenny, a rapidez é um argumento importante a favor do novo teste, apesar de os testes BDI levarem menos de dez minutos. "Os médicos têm cada vez menos tempo, e principalmente em situações de emergência a rapidez é importante", afirma Jenny.

Só para mulheres

O novo teste foi baseado num estudo realizado com 1.300 mulheres entre os 18 e 25 anos, o que o torna limitado na sua aplicação: ele só é indicado para mulheres, especialmente nessa faixa etária.

"Para os homens ainda precisamos desenvolver um teste específico, principalmente reformulando a pergunta sobre chorar. Devido à cultura, homens são menos propensos a chorar ou admitir que choram", diz Jenny.

De qualquer maneira, o teste rápido não garante um diagnóstico definitivo. "Esse só pode ser dado pelo psicólogo ou psiquiatra", diz Jenny. Mas pode auxiliar profissionais sem formação médica ou psicológica na identificação precoce da depressão, por exemplo em escolas ou instituições militares.

Extraído do sítio Deutsche Welle

24 de julho de 2013

LITERATURA INFANTIL EM CARACAS

A IV edição da Feira do Livro de Caracas, que ocorre entre 26 de julho e 4 de agosto na capital da Venezuela, será dedicada à literatura infantil

A Fundação para a Cultura e as Artes da Prefeitura de Caracas (FUNDARTE) informou que a Plaza de los Museos e o Parque Los Caobos acolherão as atividades do evento. Segundo o presidente da Funarte, Freddy Ñañez, estão previstas cerca de 400 atividades acadêmicas e culturais para o evento, o que representa um aumento de 53% em relação a edições anteriores.

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Mais de 80 editoras irão expor seus livros na feira, e haverá um espaço dirigido a crianças e adolescentes, chamado Pavilhão Infantil Miguel Vicente Patacaliente.

Em suas edições anteriores, a Feira do Livro de Caracas dedicou-se aos gêneros narrativa, dramaturgia, ensaio e reflexão. Nesta oportunidade, a literatura infantil terá um importante espaço para o debate e a interação entre crianças e adultos. 

Entre as atividades especiais que a Feira oferecerá, Ñáñez adiantou que será realizado o colóquio 'Leituras sobre a Literatura' e um Congresso de Literatura Infantil para todo público, que contará com a participação de convidados nacionais e internacionais.

* Publicado originalmente em Agência Prensa Latina.

Extraído do sítio Portal Vermelho

UMA FESTA LITERÁRIA PARA SANTA CATARINA - Luiz Carlos Amorim

A literatura de Santa Catarina finalmente passará a ter um evento significativo. Uma empresa baiana de eventos resolveu investir em Florianópolis e vai organizar uma festa literária do tipo da FLIP, de Paraty. Teremos, enfim, escritores nacionais e internacionais como convidados num evento em Florianópolis, dando efervescência ao meio literário da capital.


A primeira edição da Festa Literária Internacional de Santa Catarina – Flisca, a princípio, deverá acontecer em meados ou mais para o final do segundo semestre de 2014 e terá mais de vinte convidados ilustres das letras: 9 locais, 8 nacionais e 7 internacionais. O local deverá ser o Forte de São José da Ponta Grossa, no norte da Ilha de Santa Catarina.

A Flisca deverá se integrar ao calendário cultural de Santa Catarina e será itinerante, sem uma sede definitiva. Poderá acontecer em vários pontos do Estado. O projeto da festa já está elaborado, segundo a empresa realizadora.

Como já mencionamos, a iniciativa é de uma empresa privada, mas esperamos que o Estado seja parceiro nesse grande evento cultural, já que a cultura oficial não tem cuidado com muito carinho, até aqui, as coisas da cultura catarinense.

A perspectiva de uma revitalização nos nossos meios culturais, de grandes nomes entre nós, de uma grande festa para aproximar leitores e escritores é alentadora. Novas ideias, diferentes maneiras de pensar, de ver o mundo, sempre são bem-vindas. Vamos cruzar os dedos para que tudo dê certo e a Flisca aconteça e tenha muito sucesso.

Extraído do sítio Diário da Manhã

FAMOSA PELAS VINÍCOLAS, REGIÃO FRANCESA DE BORDEAUX LANÇA VINHO-COLA

Em português, Rouge Sucette quer dizer "pirulito vermelho"

De olho nos mais jovens e nas mulheres, a vinícola francesa Haussman Famille, da prestigiada região de Bordeaux, lança o vinho-cola. De acordo com o jornal Le Figaro, o Rouge Sucette, que significa "pirulito vermelho", leva 75% de uvas na composição e o restante é água com adição de açúcar e aromatizantes de cola.

O lançamento não é o primeiro vinho aromatizado da companhia, que já tinha versões branca e rosê com suco de maracujá e grapefruit, e vem atender uma demanda crescente por este tipo de produto. Ainda segundo dados do jornal francês, a categoria vendeu 15 milhões de garrafas no ano passado e a estimativa é dobrar esse volume este ano. 

O Rouge Sucette tem 9% de teor alcoólico e sai por três euros, ou quase R$ 9, nos supermercados franceses. Apesar de parecer uma novidade chocante, é apenas a versão comercial de uma mistura já relativamente popular na região conhecida como País Basco, que inclui partes da França e da Espanha. Segundo o jornal americano New York Times o drinque se chama Kalimotxo. 

Extraído do sítio BOL Notícias

CHARLES BUKOWSKI E AS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO - Wolfgang Queiroz Pistori


(...) Charles Bukowski, mais do que qualquer outro escritor da nossa contemporaneidade, nos lembra de quão sintéticas são nossas noções sobre o que seria uma “boa” ou uma “má” literatura; desapontando assim muitos críticos que ainda se acham detentores do poder de “professar” a qualidade de uma obra. Ocorre que, por outro lado, um discurso que antes era visto como marginal, e aqui a palavra significa justamente estar à margem, no entanto, pode ser euforizado pelos leitores e escritores, que, igualmente, veem em Bukowski qualidades de uma “alta” literatura. (ALONSO, Fabiano Garcia Baltazar da Silva. A Imperfeição em Charles Bukowski 2006, p. 49).

Aproxima-se de cinquenta mil o número de pessoas que curtem a poesia, a prosa e mesmo trechos da obra de Charles Bukowski no Facebook. A popularidade do escritor nascido na Alemanha cresceu acentuadamente neste ano entre os jovens usuários de redes sociais da internet no Brasil. As frases mais compartilhadas são de cunho sexual e misantropo. E o que isso tem a ver com o que acontece no Brasil?

Charles Bukowski nasceu em 1920, filho de um soldado do exército estadunidense e de uma jovem e pobre alemã. Mudou-se ainda criança, depois de findada a Primeira Guerra Mundial, para os Estados Unidos, mais precisamente para o subúrbio da grande Los Angeles, uma área economicamente frágil e cercada por pouca perspectiva de melhora – hoje o conceito é questionável tanto aqui quanto lá, mas nos limitemos a uma noção superficial das localidades supracitadas.

A sexualidade em protestos

Bukowski teve problemas de espinhas e de crescimento durante a infância. Sem popularidade na escola via seu pai fingir que ia todos os dias para o trabalho apenas para os vizinhos não comentarem do desemprego que, afinal, era real na vida da maioria dos americanos pouco depois da crise de 29. Ele pegou a transição econômica, mas não social, pós-crash. No Brasil, os novos adultos, maioria absoluta que foi às ruas durante o mês de junho, cresceu nas mesmas condições de Bukowski. Cresceram em um período de transição do pós-Collor à consolidação do PT no governo e a imagem de uma classe média ampla e consolidada.

A obra de Bukowski é um emaranhado de reclamações, de descontentamentos com a sociedade, com as pessoas, com a qualidade de vida oferecida pelo Sistema e com o Sistema em si que o obrigava a frequentar a escola e a conseguir um emprego de oito ou mais horas por dia para seguir o roteiro escolhido por alguém, de quem ele também reclamava. Erra, portanto, quem pensa que Bukowski ignorava o que considerava errado em sua volta. Ele poderia ser visto facilmente em meio aos protestos ou escrevendo contra os manifestantes se fosse contemporâneo ao Movimento Passe Livre e suas subdivisões, só para ficarmos no exemplo maior.

O escritor alemão tem mais paralelos com os manifestantes, não se engane. Ignorado – no Brasil, até hoje – pela academia, Bukowski usou sua literatura, arte amplamente analisada pelos teóricos de ciência humana, para elevar-se a condição de referência. A maioria absoluta dos líderes do MPL, por exemplo, são estudantes de universidades públicas brasileiras, angariados à classe média ainda na adolescência. É óbvio que há outros tipos de perfis em meio às milhares de pessoas que participaram ativamente das manifestações de junho, assim como os escritores comparáveis a Charles Bukowski levando em conta o estilo de narrativa também tinham origens diferentes. A geração beat de Jack Kerouac ou Allen Ginsberg tinha gente de diferentes origens sociais, alguns de famílias tradicionais. A sexualidade em protestos pode ser visto através do mal-fadado Femmen pelo mundo que no Brasil perdeu a chance de se destacar ou até mesmo de ganhar novas apoiadoras em época de povo nas ruas após desentendimento entre as integrantes daqui e de lá.

Interno x externo

As pessoas que foram às ruas com cartazes de diferentes conteúdos, aparentemente, buscam melhorias para elas mesmas e para os iguais. A leitura da obra de Charles Bukowski deixa claro que para ele o problema estava na essência, de dentro para fora ao contrário do que pregava os cartazes de que uma mudança no mundo mudaria as pessoas que estão no poder.

Se os manifestantes têm argumentos precisos na revogação do aumento dos vinte centavos que tendem a ficar como exemplo para o futuro próximo, um fato deixa claro que o problema era mesmo muito maior do que os vinte centavos. A primeira morte de um manifestante em ato organizado foi em Ribeirão Preto, interior de São Paulo. A ocorrência nada teve a ver com autoridades ou polícia. Na noite do dia 20 de junho, o empresário Alexsandro Ishisato de Azevedo, de 37 anos, não concordou em ter que desviar o caminho para o grupo de manifestantes passarem e acelerou atropelando o estudante Marcos Delefrate, de 18 anos, que morreu no local, em área nobre da cidade de 600 mil habitantes. Em entrevista seguinte aos acontecimentos, o empresário culpou uma possível Síndrome do Pânico pelo ato desmedido. O problema estava na essência.

“(...) ganhando ou perdendo, vai acabar mesmo. E como uma porção de coisas boas e ruins. A história da humanidade é muito lenta. Eu, por mim, prefiro assistir de camarote” (BUKOWSKI, Fabulário geral do delírio cotidiano - ereções, ejaculações e exibicionismos – Parte II 2007, p. 95).

O gigante que acordou

Bukowski morreu de câncer em 1994. Escolheu como enxergar o mundo, não como viver. Os jovens que vão às ruas hoje escolheram ir. Ninguém foi obrigado até onde sabemos a se enrolar a bandeira nacional e pedir benefícios que, como o cancelamento do aumento da passagem do ônibus, são apenas simbólicos. A maioria das pessoas que reclamava paga metade do valor, mas isso não importa. O que importa é que muita gente tem escolhido a rua num movimento contrário à inércia que a internet ajudou a plantar nas mesmas pessoas que passaram pelas dificuldades quando crianças e pelo elevador da falsa estabilidade da classe média. A mudança de ares pode, consequentemente, mudar algumas estruturas que antes pareciam sólidas. Bukowski estava para a academia da mesma forma que o povo está para o Sistema atualmente: uma ameaça real ao que todos indicavam certo.

Para o filósofo francês e contemporâneo de Bukowski Michel Foucault a relação do individuo com o Estado ou com a sociedade que o cerca poderia resultar em criação na mesma proporção que poderia oprimir, caberia ao individuo usar uma coisa ou outra, o que Foucault chamou de relação “poder-conhecimento”. Conceitos aplicados tanto para Bukowski quanto para os textos de cartazes mais esclarecidos expostos pelo país durante as dezenas de passeatas.

Enquanto Bukowski escancarava a América que ninguém via encoberta pela propaganda do American Drem, o povo foi às ruas mostrar algo que todos já tinham esquecido sob a alcunha de gigante que acordou.

Referências bibliográficas:
ALONSO, Fabiano Garcia Baltazar da Silva. A Imperfeição em Charles Bukowski. 2006. Relatório Final de Iniciação Científica do Departamento de Linguística da Universidade de São Paulo.
BUKOWSKI, Charles. Cartas na Rua. Porto Alegre: L&PM, 2011.
______. Fabulário geral do delírio cotidiano: ereções, ejaculações e exibicionismos parte II. Porto Alegre: L&PM, 2007.
______. Factotum. Porto Alegre: L&PM, 2007.
______. Mulheres. Porto Alegre: L&PM, 2011.
______. Misto Quente. Porto Alegre: L&PM, 2005.
______. Hollywood. Porto Alegre: L&PM, 1990.
______. Pulp. Porto Alegre: L&PM, 1995.
FOUCAULT, Charles. Ditos e Escritos II - Arqueologia Das Ciências e História Dos Sistemas de Pensamento. São Paulo: Forense Universitária, 2013.
______. Tradução Salma Tannus Muchail. As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas - 8ª ed. – São Paulo: Martins Fontes, 1999.
______. O que é um autor? Lisboa: Passagens/Vega, 2002.

* Wolfgang Queiroz Pistori é jornalista, Ribeirão Preto, SP.

Extraído do sítio Observatório da Imprensa