24 de maio de 2012

ANDRÉ RIEU: APRESENTAÇÕES EM CASA E NO BRASIL - Philip Smet



Entre as quinze datas de concertos programados no Brasil – de 29 de maio a 5 de julho -, o violinista e maestro André Rieu volta à Holanda para tocar em casa, onde fará quatro apresentações no teatro Vrijhof, em Maastricht, sua cidade natal.

André Rieu é o artista holandês vivo mais conhecido em todo o mundo. Mas como se explica este megassucesso? Entre os amantes da música erudita, Rieu não é um nome muito respeitado. Eles estão acostumados a interpretações profundas de um tipo de música que Rieu raramente toca.

Na verdade, música orquestral não é para rir, mas para ouvir em silêncio e só ao final comentar que foi bonito. De preferência só com aplausos, talvez um ‘bravo’, mas sem assovios. Muito menos cantarolar junto. É assim no Concertgebouw. Quando criança, Rieu, que é filho de um maestro, presenciou isso com frequência.

As cenas nos concertos de André Rieu, nascido em 1949, são totalmente diferentes. Sua orquestra Johann Strauss, composta de 50 a 60 músicos, fica em frente a um cenário luxuoso; as mulheres em figurinos coloridos de eras passadas. A música é principalmente a do rei das valsas vienenses Johann Strauss (1825-1899) e seus contemporâneos, e na época era música para dançar. Nunca foi, portanto, música para que o público ficasse quieto e parado. Rieu entendeu isso muito bem.

Aulas de violino

André Rieu começou a estudar violino aos 5 anos de idade. Mais tarde, teve aulas com grandes músicos holandeses, como Herman Krebbers e Jo Juda, além de ter estudado em conservatórios na Holanda e na Bélgica. Paralelamente a seu trabalho como violinista da Orquestra Sinfônica de Limburg, ele deu início em 1978 à sua própra Orquestra de Salão de Maastricht.

André Rieu - © foto: André Rieu Productions
Em 1987, ela foi substituída pela Orquestra Johann Strauss, que fez seu primeiro concerto em 1 de janeiro daquele ano. E o que começou como um trabalho paralelo passou a ser cada vez mais importante para Rieu. O número de concertos é crescente. Em 1989, ele pede demissão da orquestra sinfônica e investe todo o tempo em sua própria orquestra e em sua própria produtora.

Em 1994, André Rieu lança seu primeiro CD: ‘Strauss & Co’. Seu grande sucesso é a ‘Second Walz’, uma composição do frequentemente cínico compositor russo Dmitri Shostakovich, que com sua melodia açucarada na verdade queria zombar das autoridades soviéticas. Mas com Rieu ela se transforma numa peça capaz de ser cantada até por uma torcida de futebol. O CD também é lançado na Alemanha, onde Rieu é contratado para apresentações em enormes salas de espetáculo e na televisão. Sua orquestra aumenta de tamanho e ganha um coro e cantores solistas.

Emocionado e alegre

Desde então, André Rieu lançou muitos CDs e DVDs e viaja por todo o mundo com sua orquestra. Em toda parte, dezenas de milhares de pessoas vão assistir a André Rieu com seu sorriso e seu violino. E naturalmente com sua orquestra e um enorme palácio vienense como cenário. Seu espetáculo é perfeito, profissional e bem acabado. O público reage com emoção e fica imensamente alegre com a música.

Rieu recebe prêmios internacionais do mundo da música, da televisão, da cultura europeia e pela promoção internacional da Holanda. Problemas com sua saúde levaram a momentâneas preocupações com dinheiro, mas agora o rei da valsa está recuperado.

A linguagem da música é universal e em todo o mundo ele emociona milhões de pessoas. E não será diferente em suas apresentações em Maastricht e no Brasil. Seus fãs o amam e Rieu os ama também.

* Concertos no Brasil - Ginásio do Ibirapuera, São Paulo: 29, 30 e 31 de maio; 1,2,3,5,6,7,8,9 e 10 de junho; 3,4 e 5 de julho.

* Concertos em Maastricht - Teatro Vrijhof: 22, 23, 24, 26 de junho.


Extraído do sítio RNW

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados. Não serão mais publicados os de anônimos.