31 de maio de 2012

LITERATURA: HISTÓRIAS SOBRE O VINHO BARCA VELHA CONTADAS EM LIVRO

Porto, 30 mai (Lusa) - O livro Barca Velha - Histórias de um Vinho, que foi posto à venda esta semana, relata "as histórias que fazem a história deste vinho", disse a sua autora, Ana Sofia Fonseca.

"No fundo, esta é uma grande reportagem" elaborada entre o Douro, berço do Barca Velha, e o Porto, acrescentou Ana Sofia Fonseca, uma jornalista com trabalhos publicados em diversos órgãos de informação.

A obra surgiu pela primeira vez em 2004 e foi agora reeditada pela Oficina do Livro, mas para Ana Sofia Fonseca "é também um livro novo, pois contém mais três capítulos e mais histórias e alguns capítulos foram revistos".

Extraído do sítio Expresso.pt


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«Barca Velha, Histórias de um Vinho», de Ana Sofia Fonseca

É fazer as contas: já lá vão sessenta anos desde 1952. A data não é escolhida ao acaso. 1952 corresponde ao ano da primeira colheita do mais afamado vinho de mesa português, o Barca Velha.

Apesar das seis décadas já decorridas, ainda só se fizeram dezassete colheitas de Barca Velha. Talvez esse seja o primeiro segredo da marca: saber fazer-se esperar. Neste novo século ainda só surgiram duas colheitas de Barca Velha, a de 2000, e agora, neste mês de Maio, oito anos depois de terem sido vindimadas as uvas, o Barca Velha 2004.



Apesar da marca ter nascido no início dos anos 50 do século XX, a história do Barca Velha é bem mais antiga: remonta ao século XIX e ao empreendimento lendário de D. Antónia Adelaide Ferreira, a Ferreirinha, que morreria afogada no Douro. Foi a Ferreirinha que criou a Quinta do Vale Meão, um chão árido, conquistado às fragas e à inclemência do tempo, com os célebres «nove meses de inverno e três de inferno».

No fundo, a história do Barca Velha - contada pela jornalista Ana Sofia Fonseca - é a história dos vários protagonistas que, desde D. Antónia, souberam tirar do Meão, à beira Douro, o que de mais precioso ele tem para dar. Por isso, esta história do Barca Velha é, capítulo por capítulo, a história de quem o fez, de Fernando Nicolau de Almeida, que não gostava do Douro, ao atual enólogo, António Braga, um antigo forcado que, para ganhar o lugar, respondeu a um anúncio no Expresso.

Como se conclui nesta biografia de um vinho: «Enólogos, quintas, proprietários, adegas... Devagar, para não se perceber, na história do Barca Velha muda tudo. Menos o vinho.»

Livro do Dia: «Barca Velha, Histórias de um Vinho», de Ana Sofia Fonseca, edição Oficina do Livro.

Extraído do sítio TSF Rádio Notícias

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