29 de maio de 2012

DÉCIMA EDIÇÃO DA FLIP HOMENAGEIA DRUMMOND

Carlos Drummond de Andrade: entre o clássico e o popular


Para festejar uma década de boa literatura, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) planeja uma comemoração marcante para esta edição (de quatro a oito de julho), 40 escritores vindos de 14 países recheiam a agenda agitada das mesas de bate-papo e transformam a charmosa cidade do Estado do Rio em terra de muitos sotaques e de muitos encontros programadamente inusitados. Para quem vive ou visita Paraty nessa época de inverno das letras, há grandes chances de protagonizar um esbarrão com o americano Ian McEwan, o frânces Le Clézio, os “pratas da casa” Luís Fernando Veríssimo e Antônio Cícero e até com o espírito que norteia os primeiros dez anos de festa e grande homenageado da vez, Carlos Drummond de Andrade.

Posicionadas à margem esquerda do rio Perequê Açu, as tendas da programação principal – Tenta dos autores, Tenta dos autógrafos e Tenda do telão – se armam para receber grandes nomes da literatura mundial. Na escalação de peso, três dos autores mais relevantes da produção atual, Jonathan Franzen, Jennifer Egan e Le Clézio ajudam a compor a seleção de impacto da 10ª Flip. 

A lista de escritores brasileiros, por sua vez, encorpa uma amostra da fase rica vivida pela ficção nacional. Entram no ciclo de discussões a narrativa urbana de Rubens Figueiredo, a recriação do sertão de Francisco Dantas e o lirismo de João Anzanello Carrascoza, entre outros nomes. Uma das principais novidades da edição de aniversário é a conferência de abertura, que é excepcionalmente dividida em duas partes: primeiro, o cronista gaúcho Luis Fernando Veríssimo reflete sobre os dez anos da Flip e, em seguida, acontece a primeira homenagem a Drummond, com os poetas Antonio Cícero e Silviano Santiago.

Por sinal, no ano em que Drummond completaria 110 anos, a jovem Flip colhe os frutos da sua curta e promissora trajetória e presta tributo à obra do mineiro que contempla a um só tempo impulso inovador e rigor poético, oferecendo de modo simples a dimensão dos conflitos humanos.

Os cinco dias de evento também marcam os lançamentos de dois livros comemorativos, o Dez/Ten, com textos inéditos de autores nacionais e estrangeiros, e o Flip – Dez anos, escrito em forma de reportagem por jornalistas convidados. Um DVD, com uma seleção temática de momentos marcantes de todas as edições da festa, e uma exposição ao ar livre com fotos de Walter Craveiro, que registrou todas as etapas da trajetória da Flip, também celebram uma década da mostra literária. 

Além disso, um blog, com depoimentos de autores, curadores e amigos que fazem parte da história da mostra, já está em plena atividade literária. Os eventos paralelos da Flipinha, voltada para as crianças, e da FlipZona, direcionada para público adolescente, também reúnem bate-papos, ciranda com autores infanto-juvenis, mostra de curtas metragens, shows, peças de teatro, musicais e saraus.

Os ingressos para a programação principal da Flip começam a ser vendidos no dia quatro de junho pela internet, por telefone e nos pontos de vendas oficiais.


Extraído do sítio A Voz da Cidade

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