11 de abril de 2013

SEDENTARISMO X FISICULTURISMO: MAIS INFARTO ENTRE JOVENS


Estressados, fumantes e comendo mal, jovens na faixa etária entre 20 e 40 anos estão sofrendo mais infartos do miocárdio, sendo que cerca de 60% são homens. Soma-se a isso o duplo aspecto que relaciona as doenças cardiovasculares ao exercício físico. Tanto o exagero de atividade física quanto a falta dela (sedentarismo) são importantes vilões para o crescimento desse problema, que mata um terço da população brasileira. 

Segundo o cardiologista Marco Aurélio de Almeida, existem aqueles que praticam a atividade física aeróbica de maneira saudável, mas esse grupo tem perdido espaço para o número crescente de jovens que vem adotando o fisiculturismo como bandeira de vida. “Muitos vão para a academia e, ao invés de praticar algum exercício aeróbico ou intercalar, basicamente praticam musculação ou fazem fisiculturismo, ou seja, levantam peso especialmente para ganhar massa. Do ponto de vista cardíaco, exercícios que aumentam massa muscular são péssimos, já que o coração é um grupo de músculos que se desenvolve assim como os demais no corpo e que precisa se exercitar para estar bem”, explica.

O especialista destaca que, embora a cultura dos músculos avantajados esteja se alastrando entre os jovens, ainda existe o grupo dos que não praticam nenhuma atividade física e se enquadram na população predisposta a ter infarto ainda jovem.

“É preciso rever porque a população antiga não era sedentária: saímos de uma geração agrícola para entrar em uma urbana, baseada no comércio e na indústria, e hoje esses jovens são os filhos dessa segunda geração, que foi automatizada. No passado, aquela pessoa que estava na roça exercia um trabalho intenso. Hoje, o jovem que não faz atividade física também não se movimenta em nenhum outro momento, porque está no banco da faculdade, do trabalho ou dirigindo, o fast food de dia e o barzinho à noite”, frisa o cardiologista.

Marco Aurélio lembra que, mesmo que uma pessoa tenha muitos compromissos ao longo do dia, pode tirar um tempo para uma caminhada leve ou pedalar e se alongar por pelo menos 40 minutos diários. 

Extraído do sítio Jornal da Manhã

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