15 de abril de 2013

PRESSÃO ALTA E INFARTO: QUAL É A RELAÇÃO?

De acordo com pesquisas do Ministério da Saúde, mais de 17 milhões de brasileiros são hipertensos. A hipertensão arterial (ou pressão alta) está entre as principais causas de morte no país.

A hipertensão (ou pressão alta como é popularmente conhecida) é uma das grandes causas do infarto agudo do miocárdio, por sua característica de constante elevação dos valores de pressão arterial, o que aumenta desproporcionalmente o trabalho realizado pelo coração. Mas os reais impactos da doença na saúde do coração não são bem difundidos no País.

Estando entre as principais causas de infarto no Brasil, a hipertensão arterial pode triplicar os riscos de complicações e doenças cardiovasculares. Segundo pesquisas do Ministério da Saúde, mais de 17 milhões de brasileiros são hipertensos. Atualmente, 63,2% das pessoas com 65 anos ou mais sofrem de hipertensão, enquanto 14% da população de até 34 anos é atingida. A ocorrência de hipertensão é mais comum no sexo feminino, acometendo 27,2% das mulheres e 21,2% dos homens brasileiros.

Apesar dos altos números, a população muitas vezes não tem conhecimento sobre os reais impactos da doença na circulação sanguínea. “A hipertensão arterial é caracterizada pela constante elevação dos valores sistólicos (pressão máxima) e/ou diastólicos (pressão mínima) da pressão arterial medida em condição de repouso”, explica o Dr. Marcelo Cantarelli, cardiologista intervencionista e coordenador da campanha Coração Alerta da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI).

Segundo o Dr. Cantarelli, a falta de controle da hipertensão pode levar a acontecimentos muitas vezes fatais: “a pressão alta não controlada ao longo do tempo pode levar ao infarto do miocárdio, ao acidente vascular cerebral (derrame), à insuficiência renal e à dissecção de aorta”. No caso do infarto, o cardiologista fala sobre o fator de risco: “a hipertensão oferece alto risco para o desenvolvimento de obstruções nas coronárias (aterosclerose) que podem levar ao infarto do miocárdio. Além disso, a elevação da pressão arterial aumenta o trabalho do coração, o que pode agravar um quadro de angina ou infarto”.

Maiores riscos: período da manhã

Para os hipertensos, o período da manhã é o que oferece mais riscos para a ocorrência de um infarto agudo do miocárdio. Estatisticamente, o infarto tem maior índice de acontecimento pela manhã. A explicação para isso é que “caso a pessoa não esteja com a pressão arterial adequadamente controlada, suas medidas costumam ser mais elevadas pela manhã e também no início da noite”, salienta o Dr. Marcelo Queiroga, presidente da SBHCI.

A fim de evitar os riscos ocasionados pela pressão arterial elevada, o hipertenso deve tomar algumas medidas de prevenção descritas pelo Dr. Marcelo Queiroga: “a principal medida é manter a pressão controlada com o uso adequado dos medicamentos, dieta com pouco sal e atividade física regular. Além disso, deve-se cuidar dos outros fatores de risco; colesterol elevado, diabetes, obesidade, stress, tabagismo e sedentarismo”.

Campanha Coração Alerta

A SBHCI e a SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia – uniram-se para promover a Campanha Coração Alerta. No site (www.coracaoalerta.com.br), a população tem acesso às matérias e vídeos que, de maneira informativa, abordam temas relacionados à saúde do coração e os riscos de doenças cardíacas. Além disso, o conteúdo é divulgado por meio dos perfis nas redes sociais: Facebook (www.facebook.com/CoracaoAlerta) e Twitter (www.twitter.com/CoracaoAlerta, @CoracaoAlerta).

SBHCI

Fundada em 1975, a Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista é uma entidade sem fins lucrativos que tem como principais objetivos zelar pelo nível ético, eficiência técnica e sentido social do exercício profissional da Cardiologia Intervencionista. A entidade é responsável por regulamentar a concessão do título de especialista, estabelecer normas e fiscalizar os serviços de cardiologia intervencionista, denunciando às autoridades competentes o não cumprimento das exigências mínimas de funcionamento. Além disso, a SBHCI promove cursos de atualização para estimular os estudos, à pesquisa científica, tecnológica e à educação continuada.

* Fonte: Grupo Ogilvy Brasil: http://www.facebook.com/ogilvyprbrasil

Extraído do sítio Portal do Envelhecimento

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