10 de março de 2013

POETA TIBETANA DISSIDENTE É PROIBIDA DE DEIXAR A CHINA

Tsering Woeser, crítica do governo chinês, teve passaporte negado para receber um prêmio do governo americano, nos Estados Unidos. 


A poetisa tibetana Tsering Woeser afirmou, nesta sexta-feira, que autoridades de Pequim negaram a ela um passaporte para que recebesse um prêmio nos Estados Unidos. O prêmio, concedido todo ano pelo Departamento de Estado americano a mulheres que demonstrem coragem e abnegação na defesa pelos direitos humanos, será entregue nesta sexta-feira em Washington, na presença do secretário de Estado americano, John Kerry, e da primeira-dama, Michelle Obama.

O governo da China classificou a entrega do prêmio a Tsering Woeser como uma "interferência" em seus assuntos internos. "Atribuindo uma recompensa a uma pessoa assim, os Estados Unidos dão apoio público a suas reivindicações separatistas", declarou Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa.

Uma das vozes mais críticas sobre a presença chinesa no Tibete, Tsering teve seu passaporte negado, segundo ela mesma, por motivos de "segurança nacional". A posição da China, para a escritora, denota "sua fragilidade". 

Esta postura recorda a que foi adotada por Pequim em 2010, por ocasião do Prêmio Nobel da Paz ao dissidente e intelectual Liu Xiaobo, que, desde 2009, cumpre uma pena de onze anos de prisão. Na época, Pequim criticou o Comitê Nobel por uma "interferência injustificável" em seus assuntos internos.

Extraído do sítio CenárioMT

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