21 de outubro de 2012

OS LIVROS - Manuel Antonio Pina


É então isto um livro,
este, como dizer?, murmúrio,
este rosto virado para dentro de
alguma coisa escura que ainda não existe
que, se uma mão subitamente
inocente a toca,
se abre desamparadamente
como uma boca
falando com a nossa voz?
É isto um livro,
esta espécie de coração (o nosso coração)
dizendo "eu"entre nós e nós?

Manuel António Pina: Poeta português, natural do Sabugal (Beira Alta) - 1943. Faleceu  esta semana, em Portugal. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra. Foi, desde 1971, jornalista do Jornal de Notícias, onde exercia as funções de editor. Na literatura infantil reúne as seguintes obras: O País das Pessoas de Pernas para o Ar (1973), O Têpluquê (1976), Os Dois Ladrões (1983), O Pássaro da Cabeça (1983), Os Dois Ladrões (1983), Histórias com Reis, Rainhas, Bobos, Bombeiros e Galinhas (1984), O Inventão (Prémio Gulbenkian: Melhor Livro Publicado em Portugal em 1986/1987), O Tesouro (1993), O Meu Rio é de Ouro (1995), Nenhuma Palavra e Nenhuma Lembrança (2000), entre outras. Publicou também os volumes de poesia Ainda Não é o Fim nem o Princípio do Mundo Calma é Apenas um Pouco Tarde, Aquele que Quer Morrer (1978, Prémio Casa da Imprensa), A Lâmpada do Quarto? A Criança? (1981), Nenhum Sítio (1984), O Caminho de Casa (1988), Um Sítio Onde Pousar a Cabeça (1991), Algo Parecido com Isto da Mesma Substância (Poesia reunida, 1974/1992) (1992), Farewell happy fields (1993), Cuidados Intensivos (1994), O Anacronista (1994, Prémio Nacional de Crónica Press Club/Clube de Jornalistas), Aniki-Bobó (1997). Prêmio Camões de 2011. Foi traduzido em castelhano, dinamarquês, francês, galego e inglês.

Extraído do sítio As Tormentas

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