22 de outubro de 2012

EXPOSIÇÂO REALISTA REAFIRMA O VALOR DA VIDA HUMANA - Zachary Stieber

Artistas retratam seus trabalhos de realismo contemporâneo, clássico imbuído de beleza pura.

Sophia a filha de Watwood , perdida no seu livro favorito enquanto espera pelo jantar. (Cortesia de Patricia Watwood)
NOVA YORK – Patricia Watwood e dois outros artistas chegam juntos à Galeria Forbes para partilhar as virtudes da arte realista contemporânea clássica, enquanto busca claridade sobre um campo frequentemente mal compreendido. A artista exibiu o seu trabalho em 9 de junho deste ano,

“O nosso trabalho não é tradicionalmente irônico, demasiado introspectivo, mórbido ou niilista”, explicou. “É baseado em métodos tradicionais e abraça a beleza como linguagem retórica e emocional, usa representação naturalista e está edificado nos dois aspectos nucleares da arte ocidental: natureza e design”.

Navved é uma americana de 18 anos de idade e sua família vive no Paquistão. Watwood criou esta imagem depois que um bombista Paquistanês explodiu um carro na Times Square. O artista encoraja o expectador a “olhar atentamente a sua verdadeira face humana”. (Cortesia de Patricia Watwood)
Muitos retratos estão presentes na exposição de Watwood, incluindo o de sua filha perdida em um livro de Harry Potter enquanto aguarda pelo jantar; uma vizinha do Oriente Médio, que representa como todas as culturas são humanas, e dois autorretratos, um realizado enquanto estava grávida.

As figuras provocam contemplação e evocam sensibilidade. Um número razoável delas é de nus, pintados de forma similar aquilo que pode ser visto no Museu Smithsoniam em Washington D.C, dos séculos XIII e XIV.

Ela diz que ela mesma e outros dois artistas “não viram nenhuma necessidade de descartar os estilos tradicionais. Estas formas tradicionais continuam a desempenhar exatamente e perfeitamente a luta das ideias sobre aquilo que significa ser humano, como abordar isso na arte, é nisto que estamos interessados” acrescentou.

As pessoas podem ter a percepção do realismo como sendo apenas visualizar e pintar, O processo na verdade é “uma completa transformação do que é observado, pensando, meditando, criando”, diz Watwood.

Depois leu uma citação de Sabin Howard sua antiga professora.”Eu tento criar arte que reafirma ao expectador que existe valor na vida humana. Deverá despertar a sensação de que uma pessoa não está sozinha, e que faz parte de um grupo com necessidades similares, desejos, esperanças, sonhos, medos, desejos que transcendem o tempo”.

“Existe tempo suficiente para as coisas que valorizamos: tempo para criar uma pintura, para estudar, para aprender, para desfrutar, para estar quieto e para contemplar a imagem e o mundo que a contém”.

Patricia Watwood, uma de 120 artistas convidados por George Lucas que cria novos trabalhos inspirados em ‘Star Wars’, criou este retrato formal de Anakin Skywalker. “Durante este fugaz momento, Anakin é um rapaz e um soldado, belo e valente, honroso e zangado. Ele contém ambas inocência e escuridão que eventualmente vai abraçar”, descreve. (Cortesia de Patricia Watwood)
Trippi acrescentou, “Para além da sua evidente beleza, o que mais me entusiasma nos quadros é a tranquilidade que os envolve”.

O afamado retratista Nelson Shanks juntou se ao historiador de arte e a dois artistas em uma conversa sobre ambas as formas tradicionais e modernistas na arte.

Watwood afirma que Shanks acredita,”A pintura realista é nada menos a meditação sobre a natureza da existência e do indivíduo. Deve criar empatia com o poder de se ligar à imaginação e despertar memórias. Deve incorporar tudo o que o pintor realista vê diante dos seus olhos e por isso sente no coração”.

Por meio da arte, Watwood diz que quer comunicar e fazer com que as pessoas se importem com o mundo e com o sujeito na sua pintura. Em suas notas, expressa o desejo de que as suas pinturas se liguem espiritualmente com ambos, sujeitos e observadores, e que sejam também “poemas visuais aguardando a sua interpretação”.

Pelo padrão atual, todos os três artistas despendem uma quantidade de tempo atípica no seu trabalho. Watwood demora entre seis a oito semanas para realizar as suas obras maiores; Shanks frequentemente começa a pintar às 6 da manha e trabalha sete dias por semana; e Howard despendeu 45.000 horas na sua “obra monumental”.

Todos eles fazem o seu próprio trabalho sem assistentes, em oposição ao moderno movimento artístico em que o trabalho é deixado para os assistentes e o artista faz apenas o trabalho conceitual.

Como exemplo, Watwood referencia a interação de Damien Hirst com o seu trabalho “em pontos” como sendo a sua assinatura.

Alternadamente, em linha com o fascínio pelo trabalho realizado à mão, Trippi diz que viu “muitas pessoas que em pé em frente das imagens de Patty dizendo ‘como ela fez aquilo’”?

“Eu conheço uma pessoa que concebe a imagem e depois a realiza em Photoshop mas não foi isso que aconteceu aqui”, acrescenta. Colecionadores beneficiam com a compra destes trabalhos, acrescenta Trippi. Ele já testemunhou colecionadores muito satisfeitos.

Michael é um cantor de jazz e gospel no coro de igreja de Watwood. Ele é um sem teto, mas tem “uma alma nobre”, diz Watwood na descrição da pintura. O quadro chama-se ‘Destino’: qual será o seu destino?” (Cortesia de Patricia Watwood)
A conversa foi mudando de assunto desde a motivação do artista até o reino da forma de arte ao realismo clássico contemporâneo, e como pode avançar a partir da daí para um lugar de importância no mundo da arte.

Mitos e lendas, nos quais muitos dos trabalhos tradicionais estão baseados, providenciam uma excelente oportunidade para exprimir diferentes ideias sobre o que significa ser humano, espiritualmente sem estar associado a nenhuma religião em particular e sobre as grandes questões do nosso tempo, diz Watwood. Ela e Hotward notam um novo interesse para com o heroísmo na cultura popular, vários dias antes “Os vingadores” estreavam nos teatros.

Howard frequentemente esculpe deuses Gregos, usando a mitologia como uma prancha de lançamento para evocar reações viscerais nas pessoas.

“Quando o faz corretamente, é tão complicada uma pintura ou escultura em que se reveja o resto do universo, porque se tem este sistema hierárquico em que as partes menores se encaixam corretamente nas partes maiores”, acrescenta.

“Essa complexidade visual ativa algo na pessoa que é visceral no sentido em que não há forma de errar. Este é um novo rumo e está mudando tudo para um sentido que eu realmente acredito ser imparável”, diz Howard.

Extraído do sítio The Epoch Times

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