10 de setembro de 2012

ANALFABETISMO NA EUROPA: PROBLEMA CADA VEZ CRESCE

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75 milhões de habitantes adultos da União Europeia não sabem ler, nem escrever. Portanto, é analfabeto um de cada sete europeus adultos, pois de acordo com o serviço europeu de estatística na União Europeia vivem 503,5 milhões de pessoas.

Esta tendência assustadora foi apontada no informe, preparado a pedido da Comissão Europeia, do grupo de peritos de alto nível. A princesa da Holanda, Laurentien, presidente desta comissão que dedicou muitos anos de vida à luta contra o analfabetismo, referiu este informe “como um sinal de alarme por causa da crise que tinha afetado todos os países da Europa”.

Os especialistas supõem que a solução do problema seria um sistema de instrução primária bom, gratuito e acessível para todos. Os autores do informe consideram que uma outra medida, capaz de elevar o nível de instrução geral, seria a criação de bibliotecas nos locais incomuns, por exemplo, nos Centros Comerciais. Um outro meio de resolver o problema é a incorporação de professores a este trabalho – homens que irão servir de modelo para os meninos que lêem normalmente muito menos do que as meninas. Ao comentar esta situação, o politólogo Pavel Sviatenkov disse à Voz da Rússia.

"Creio que os europeus caíram na mesma armadilha que os americanos. A idéia consistia em levar a cabo a segregação da população em conformidade com o nível de instrução. Isto é, a parte da população que pertence à elite faz cursos nas escolas boas, a seguir vai cursar universidades elitizadas e recebe uma instrução excelente, enquanto que a maioria, que pertence às classes baixa e média conclui cursos em escolas muito fracas. Mas tanto americanos quanto europeus se depararam com o problema de diminuição da população intelectual, o que influencia, em particular, no processo de crescimento econômico. Nestas condições aumenta também a tensão social".

Na opinião de Pavel Sviatenkov, os europeus compreenderam que é preciso reformar com urgência o sistema. Caso contrário, isto vai acarretar problemas sociais seriíssimos. Aliás, o número destes problemas já ultrapassa todos os limites imagináveis: a crise na zona do euro torna-se cada vez mais profunda, a situação na esfera de desemprego nos países da União Europeia é catastrófica. Um outro problema grave da sociedade são os imigrantes mal instruídos que vêm dos países do Próximo Oriente e do Magreb. Visto que muitos chamados europeus são pessoas oriundas precisamente destas regiões, esta situação na esfera de educação não representa nada de surpreendente. Um de cada cinco adolescentes, menores de 15 anos, - além de 75 milhões de analfabetos adultos, - não possui hábitos de alfabetização básica. Além das medidas descritas no informe, os peritos pronunciam-se a favor da criação de diversas formas de ensino não somente para crianças, mas também para adultos. Em particular, a favor da criação de cursos de erradicação do analfabetismo logo nos locais de trabalho. Na opinião dos autores do informe, uma importante medida seriam os investimentos na elevação do nível da alfabetização, o que vai surtir efeito sensível. Numa perspectiva de longo prazo, isto vai proporcionar benefícios no valor de bilhões de euros.

A situação na Europa faz lembrar o filme De volta para o passado. A Rússia conhece bem as situações deste tipo, pois a campanha de erradicação do analfabetismo foi levada a cabo no nosso país nas primeiras décadas da existência do poder soviético, isto é, nas décadas de vinte e trinta do século passado. E agora, em pleno século XXI – época de tecnologias de ponta, é difícil de imaginar que a Europa instruída chegasse a este resultado. Foi preciso fazer esforços bem grandes para conseguir um resultado destes...

Extraído do sítio Voz da Rússia

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