22 de setembro de 2012

AI WEIWEI VAI REPRESENTAR A ALEMANHA NA BIENAL DE VENEZA DE 2013

Ai Weiwei é especialmente conhecido na Alemanha, onde é professor convidado na Universidade das Artes de Berlim (AFP)

O artista chinês Ai Weiwei (n. Pequim, 1957) foi escolhido para ser um dos representantes da Alemanha na Bienal de Arte de Veneza de 2013. O artista e activista social, que nos últimos tempos tem mantido um braço-de-ferro com as autoridades do seu país, vai juntar-se aos fotógrafos Dayanita Singh, indiano, e Santu Mofokeng, sulafricano, e também ao cineasta e produtor franco-alemão Romuald Karmakar. A escolha foi feita por Susanne Gaensheimer, directora do Museu de Arte Moderna de Frankfurt e comissária do pavilhão da Alemanha na 55ª edição da bienal italiana – que vai decorrer de 1 de Junho a 24 de Novembro.

“A produção de arte contemporânea na Alemanha, como, de resto, noutros países, caracteriza-se por uma grande variedade de formas de cooperação entre artistas do mundo inteiro, e por trocas culturais e intelectuais internacionais”, justifica o comunicado do museu de Frankfurt, que anuncia as escolhas. E acrescenta que na Bienal de Veneza “a Alemanha não será representada como uma unidade nacional hermética, mas como uma participante activa numa rede mundial complexa”.

O comunicado nota ainda que Ai Weiwei, Dayanita Singh, Santu Mofokeng e Romuald Karmakar são “artistas com obra representada nos maiores museus e colecções no mundo inteiro, tendo já participado em exposições e festivais internacionais de grande relevo. Além de que todos eles têm também um forte vínculo com a cena artística alemã.

No caso de Ai Weiwei, o artista chinês – que participou na concepção do Estádio Nacional de Pequim (conhecido como o Ninho de Pássaro), que foi o principal palco dos Jogos Olímpicos de 2008 – é especialmente conhecido na Alemanha, já que, para além da sua actividade artística, é também professor convidado, desde o Verão, na Universidade das Artes de Berlim. Weiwei tem sido notícia recorrente no mundo igualmente pela sua oposição ao regime comunista no seu país, cujas autoridades o sujeitaram a detenção, durante três meses, na Primavera do ano passado, acusado de pornografia e de fuga aos impostas – a decisão motivou vários protestos a nível internacional. Depois de ter sido libertado no final de Junho de 2011, Ai Weiwei continuou a ser vigiado muito de perto pelas autoridades de Pequim, que o têm impedido de sair do país.

Extraído do sítio Público.pt

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