23 de setembro de 2012

NELSON MOTTA EXALTA MÚSICA PRODUZIDA NO PARÁ NA FEIRA DO LIVRO - Camila Barros

“Esse processo começou em Belém com o fenômeno do tecnobrega", garantiu Nelson Motta. Crédito: Geraldo Ramos

“Vocês devem ficar orgulhosos pela música popular do Pará. Podem dar fé, pois eles ainda vão dar muitas alegrias a vocês”, assim o crítico musical e jornalista, Nelson Motta, iniciou a palestra “Música na era digital”, no Hangar Convenções e Feiras da Amazônia, durante a programação deste sábado (22), da XVI Feira Pan-Amazônica do Livro.

Reunidos na Sala Pará, o público acompanhou atentamente as colocações de Nelson Motta sobre a democratização da música, que se deu através da popularização da divulgação musical na internet, a partir dos anos 80 nos EUA e os efeitos criados por esse movimento. Entre eles, destaca-se a pirataria. 

O crítico musical e jornalista Nelson Motta palestra sobre "Música na era digital", durante a XVI Feira Pan-Amazônica do Livro. Crédito: Elza Lima/Secult
“O avanço e popularização da música na internet criou a pirataria. Mudou-se a forma de se comercializar e ouvir música. A tecnologia digital trouxe, entre vários benefícios, a digitalização de joias musicais. As pessoas passaram a conhecer sons dos anos passados”, pontuou Nelson.

A importância da juventude na fomentação da cultura, a indústria fonográfica e o uso da internet para a promoção ou divulgação da música foram alguns dos pontos abordados pelo jornalista. “Hoje a internet não limita os músicos, nem os prende às gravadoras. Ela é um meio espetacular para divulgar áudio, vídeo e fotos totalmente de graça. Antes a promoção era mais cara que a produção do produto”,comentou Motta.

A disponibilização de música para download na internet viabiliza a movimentação econômica no cenário musical. Ao invés de ganhar apenas uma porcentagem através da venda de CDs, os músicos que se produzem faturam nos shows.

“Esse processo começou em Belém com o fenômeno do tecnobrega. As novidades foram levadas ao exterior como um novo modelo de negócios: como ganhar dinheiro com a música através da venda de CDs nos camelôs e do faturamento nos shows. E este modelo já se espalha pelo mundo e está aliada ao gosto do povo”, ressaltou. Nelson Motta completou, ainda: “Fiquem orgulhosos. Aqui (no Pará) sacaram o ‘pulo do gato’ para o futuro do cenário musical”.

Representante da nova música produzida no Pará, a cantora Aíla Magalhães ressaltou pontos importantes no cenário local. “Belém sempre produziu muito e tem vários fatores que a incentivam, como o próprio Nelson Motta, que sempre apostou na música brasileira e que há muito tempo atrás, quando ninguém falava em música produzida no Pará, ele já falava em tecnobrega. Dizem que esse é o ano do Pará. Acredito que muita coisa ainda vem pela frente e sinto-me feliz em fazer parte dessa cena musical”. 

Após a palestra, o público teve a oportunidade de fazer perguntas sobre a temática abordada ao crítico musical, que após as respostas, seguiu para o Ponto do Autor para a sessão de autógrafo de sua obra literária.

Ao final da palestra, o jornalista autografou suas obras para os seus leitores. Crédito: Tamara Saré/Secult
A programação completa pode ser conferida no site: www.secult.pa.gov.br.

* Camila Barros -  comunicacao@estacaodasdocas.com.br

Extraído do sítio Agência Pará de Notícias

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados. Não serão mais publicados os de anônimos.