20 de setembro de 2012

COMO SÃO POBRES OS POBRES DO MEU PAÍS - Luiz Coronel

“Manifestación”, de Berni. O quadro, de 1934, pode ser visto no Museu de Arte Latinoamericana de Buenos Aires, o MALBA. Crédito: Estadão

Como são pobres os pobres,
os pobres do meu país.
Na pele morena da América
ferida sem cicatriz.

Como são pobres os pobres,
os pobres do meu país.
Pobres de beira de estrada
e dos degraus da matriz.

Como são pobres os pobres,
os pobres do meu país.
Na pele morena da América
ferida sem cicatriz.

Como são pobres os pobres,
os pobres do meu país.
Todo mundo oculta as culpas
só é maldito quem diz.

Como são pobres os pobres,
os pobres do meu país.



LUIZ CORONELNascido em Bagé em 1938. Bacharel em Direito, Sociologia e Política, reside em Porto Alegre, onde trabalha como diretor de publicidade. Criou e dirige a Exitus, empresa de publicidade. É compositor musical, possuindo diversos prêmios como letrista nas Califórnias da canção nativa. Poeta, sua obra é voltada preferencialmente para a temática da terra, no que retoma a tradição do cancioneiro sul-rio-grandense. Dentre suas obras literárias, destacam-se: Mundaréu, Retirantes do sul, Cavalos do tempo, Baile de máscaras, Pirâmide noturna, Clássicos do Regionalismo Gaúcho. sua obra recebeu diversos prêmios, entre os quais: Prêmio Influência Poesia Espanhola, Universidade de Pamplona, Espanha, em 1990, e Premio Octavio Paz, da Revista Plural, Universidade do México, pelo livro Pirâmide Noturna. Será Patrono da 58ª Feira do Livro de Porto Alegre (2012).

Extraído do sítio Antônio Miranda

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