21 de outubro de 2012

AS OKTOBERFEST NO BRASIL - Christina Weise

A primeira Oktoberfest foi inaugurada no dia 17 de outubro de 1810, em Munique. A maior festa da cerveja do planeta ganhou sua versão brasileira somente 174 anos mais tarde. Blumenau criou a Oktoberfest depois de ter sofrido duas fortes enchentes, entre 1983 e 1984. O objetivo era recuperar a economia local e animar os moradores. Quase 30 anos depois, a festa continua gerando lucro – e diversão.


Blumenau é conhecida pelas casas em estilo europeu, herança dos primeiros imigrantes alemães que chegaram por lá nos idos de 1850. A cidade catarinense com pouco mais 300 mil habitantes ganhou esse nome por causa do farmacêutico alemão Hermann Blumenau, um dos primeiros colonos da região.


A Oktoberfest de Blumenau é a segunda maior do mundo e a segunda maior festa popular do Brasil, depois do Carnaval. Durante os dias de Oktoberfest, a cidade catarinense recebe cerca de 600 mil foliões brasileiros e estrangeiros. Neste ano, os ingressos custam entre 6 e 20 reais. Mas quem chegar de "Dirndl" (vestido típico) ou "Lederhose" (calça de couro) entra de graça.


Todos as Oktoberfest celebradas no Brasil têm seus próprios mascotes – tradição brasileira que não existe na Alemanha. Os bonecos participam de todas as atividades festivas e logo ganham a simpatia das crianças. Na cidade de Igrejinha, por exemplo, os mascotes são Hans e Hannah. Em 2008, para comemorar seus 10 anos, eles ganharam um casal de herdeiros: Frederico e Alice.


A rainha da Oktoberfest e suas princesas representam suas cidades ao longo de todo o ano. Cada celebração tem a sua própria tradição. Em Blumenau, pode-se ver a influência dos concursos de beleza internacionais dos Estados Unidos.

A cidade de Itapiranga também tem sua rainha e suas duas princesas da Oktoberfest (foto). Apesar de não existir na Oktoberfest de Munique, a escolha das rainhas e princesas é tradição na região de vinhedos dos rios Reno e Mosela, na Alemanha. As belas moças representam o vinho alemão durante um ano.


Os desfiles de rua são uma das maiores atrações da Oktoberfest. Em algumas cidades, como em Santa Cruz do Sul, há até mais de uma parada. Os carros alegóricos extravagantes, os trajes típicos coloridos e as bandas de música, assim como os bonecos e o carro da realeza, lembram os desfiles carnavalescos que acontecem na Renânia.

Os grupos folclóricos fazem suas apresentações durante os desfiles e também nos pavilhões – sempre ao som de bandas típicas e sob os aplausos do público. As mulheres vestem o tradicional "Dirndl" e os homens, "Lederhose".

Nas Oktoberfest do Brasil há muitas atrações que não existem em Munique. Entre elas estão os jogos germânicos. As modalidades incluem corrida de carrinho de mão, serra de duas pontas, cabo de guerra e, como aqui em Santa Cruz do Sul, bolão de bola presa.

Na Alemanha, o tradicional "Dirndl" vai até a altura do joelho. Já no Brasil, eles costumam ser mais curtos. Uma razão para isso é o clima. Em outubro a temperatura chega aos 30 graus – na Alemanha, não passa dos 20 graus.



Os Concursos de Tomadores de Chope em Metro são muito populares nas Oktoberfest do Brasil. Vence que beber um metro de chope em menos tempo, sem derramar ou tirar a tulipa da boca. O vencedor é anunciado no último dia da festa. A cerveja vem de fábricas nacionais ou de cervejarias locais com nomes alemães, como "Unser Bier", "Eisenbahn" ou "Wunder Bier".

* Autoria: Christina Weise - Edição: Alexandre Schossler / Mariana Santos.

Extraído do sítio Deutsche Welle

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