7 de junho de 2012

AS ENTREVISTAS DA PARIS REVIEW - Toinho Castro



Fundada em 1953 a Paris Review é uma referência básica quando a gente fala de literatura, publicou trabalhos de nomes como Jack Kerouac, Italo Calvino e Ezra Pound, entre muitos outros que marcaram ppara sempre o cenário mundial da produção literária. E bom mesmo são o acervo de entrevistas que essa revista realizou ao longo de décadas de existência, criando um arquivo que merecia ter sido enviado na Voyager junto com os marcos da presença humana no universo.

Exagero? Pois pense numa seleção de entrevistas que reune Jorge Luis Borges, Paul Auster, Billy Wilder, Céline… esses são apenas alguns nomes da coletânea de entrevistas da Paris Review que a Comapanhia das Letras acabou de lançar no Brasil. As Entrevistas da Paris Review – Vol. 1 traz 14 das mais de 300 entrevistas realizadas pela revista; pode-se dizer que é a ponta do iceberg. Imagino a dificuldade de de fazer a seleção dessas entrevistas, de escolher quem entra e quem não entra quando se trata de um Alberto Moravia (entrevistado em 1959) ou W. H. Auden (entrevistado em 1974). Para sua curiosidade, nesse volume 1 temos Jorge Luis Borges, William Faulkner, Ernest Hemingway… vá matar sua curiosidade na Blooks, agora!

A edição é caprichadíssima, como merece semelhante panteão das artes literárias. Um detalhe: as capas das primeiras 3000 edições são individuais. É isso aí, uma capa diferente para cada exemplar. Quando eu li sobre isso lembrei do último disco do Led Zeppelin, In through the Outdoor, que tinha oito capas diferentes. As capas são, na verdade, variações sobre um tema que pode nos dar ainda mais de 60 sextilhões de combinações diferentes. Falando assim parece uma brincadeira de análise combinatória, mas revela um cuidado com o livro e uma vontade de fazer diferente, de brincar, no sentido lúdico. Para saber um pouco mais dessa história da capa, leia aqui.

No mais, a Paris Review está até hoje fazendo entrevistas, publicando artigos e trabalhos dos mais diversos escritores mundo afora. Sua edição online é excelente e traz todas as entrevistas feitas pela revista desde a primeira, feita em 1953, com E. M. Forster (Uma Passagem para Índia) até os dias de hoje. Naturalmente as entrevistas estão todas em inglês e ler na internet não tem o charme de abrir um livro assim num dia de outono.


Extraído do sítio Blooks Livraria

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