18 de agosto de 2013

ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS E MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA: TERMO DE COOPERAÇÃO TÉCNICA


O acordo de cooperação entre as duas instituições brasileiras visa o desenvolvimento de projetos e o apoio a pesquisas sobre a Língua Portuguesa. 

O Museu da Língua Portuguesa, de São Paulo, e a Academia Brasileira de Letras assinaram no dia 5 de agosto um termo de cooperação técnica para desenvolvimento de projetos conjuntos.

A cerimônia do termo de cooperação foi realizada na Sala dos Presidentes, na sede da Academia, no Rio de Janeiro.

O Museu da Língua Portuguesa foi representado por Antonio Carlos de Morais Sartini, presidente e diretor técnico, bem como por Pedro Sotero de Albuquerque, diretor executivo, e Francisco Vidal Luna, presidente, ambos da ID Brasil, Cultura, Educação e Esporte – organização social que cuida da administração do museu paulistano.

A Academia Brasileira de Letras foi representada por sua presidente, Ana Maria Machado; por seu secretário-geral, Geraldo Holanda Cavalcanti; por seu primeiro secretário, Domício Proença Filho; e por seu tesoureiro, Evanildo Bechara – todos acadêmicos membros da instituição.

Também participou da cerimônia o secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Marcelo Mattos Araújo.

O acordo visa o desenvolvimento de ações de implementação de projetos entre o Museu, já reconhecido como referencial quanto aos estudos da Língua no Brasil e no mundo, e a Academia, com a larga experiência e respeitabilidade de uma entidade secular. Ambas as instituições atuarão conjuntamente na criação de mostras, programas e projetos e no apoio a pesquisas relativas à Língua e à literatura.

Representantes da Academia Brasileira de Letras (à esq.) e do Museu da Língua Portuguesa (à dir.) na reunião do acordo técnico. Ao centro, a presidente da Academia, Ana Maria Machado.

Aliança da tradição cultural com a modernidade tecnológica 

Ana Maria Machado, presidente da Academia Brasileira de Letras, afirmou que a grande novidade na assinatura do termo de cooperação técnica estava na constatação de que essa parceria não existia, e que somente agora estava sendo formalizada.

“Fundada no século XIX por intelectuais do porte de Machado de Assis e Joaquim Nabuco, seus primeiros dirigentes, a Academia Brasileira de Letras já em seus estatutos afirma ter por fim a cultura da Língua e da literatura nacional. Fundada no século XXI por uma proposta do poder público e desenvolvida em conjunto com uma fundação privada, com parcerias de empresas dos dois setores, o Museu da Língua Portuguesa é um espaço vivo sobre a Língua Portuguesa, considerada como base da cultura brasileira”, disse a presidente da Academia.

“Evidentemente, esta colaboração que agora foi assinada e sacramentada só tem a acrescentar às duas parceiras, ao aproximar formalmente a instituição cultural que certamente é a mais tradicional de nossa história e aquela que seguramente representa um marco absoluto em modernização tecnológica e oportunidade de interação para o público.”

A acadêmica e escritora afirmou, ainda, “que o documento que ora assinamos tem tudo para ser um ponto de partida para o crescimento mútuo e a abertura de novos caminhos de atuação direta na fruição e aproveitamento de seus benefícios, por parte da sociedade e da cultura que ambas as instituições refletem e a que ambas devem servir”, disse Ana Maria Machado. “Compartilhemos, pois, o que estiver ao nosso alcance e em nossas possibilidades, para que nessa partilha somemos nossos esforços, nosso empreendedorismo, nossos tesouros linguísticos acumulados e nossas inquietações, e, assim, cada cidadão brasileiro possa receber mais daquilo que lhe cabe por direito.”

Parceria entre “instituições irmãs” 

Para o secretário de Estado da Cultura de São Paulo, Marcelo Mattos Araújo, a parceria entre a Academia e o Museu da Língua Portuguesa cria condições de aumentar ainda mais o trabalho que vem sendo feito em seu Estado.

“É uma satisfação imensa para a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo ter o Museu da Língua Portuguesa, um dos seus equipamentos de maior visibilidade, agora associado à Academia Brasileira de Letras, instituição tão importante para a vida intelectual do País.”

“São instituições irmãs que cuidam da Língua Portuguesa cientificamente. E se estavam antes separadas, teremos agora a participação das duas num trabalho unido, com essa proximidade física. Tenho certeza de que essa parceria fomentará novas ideias e novas abordagens sobre nossa Língua. Certamente, o público será o maior beneficiado desta cooperação”, disse o secretário paulista.


Um acordo técnico foi assinado no dia 5 de agosto de cooperação entre a Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro, e o Museu da Língua Portuguesa de São Paulo.

“Vivemos um momento especial para a Língua Portuguesa” 

E para o diretor técnico do Museu da Língua Portuguesa, Antonio Carlos de Moraes Sartini, a assinatura do termo fortalecerá ainda mais a valorização da cultura brasileira.

“Vivemos um momento especial para a Língua Portuguesa que, nos últimos anos, vem conquistando mais e mais falantes em todo o mundo. Certamente as ações que nascerão a partir desta parceria entre o Museu da Língua Portuguesa e a Academia Brasileira de Letras fortalecerão ainda mais o reconhecimento às nossas Língua e cultura.”

Sartini concluiu dizendo que a parceria vinha se delineando há algum tempo: “Unimos duas grandes instituições, independentemente da diferença de idade. O Museu nasceu em 2006 e tem apenas sete anos. A Academia Brasileira de Letras completou 116 anos. Vislumbramos nessa parceria a grande oportunidade de colaborarmos na difusão da cultura e na valorização da Língua Portuguesa.”

Extraído do sítio Ventos da Lusofonia

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