2 de maio de 2013

VINICIUS É HOMENAGEADO EM FEIRA ARGENTINA - Sylvia Colombo


O centenário do poeta Vinicius de Moraes (1913-1980) esteve no centro das homenagens que a Feira do Livro de Buenos Aires de 2013. A 39ª edição do evento, que aconteceu na Sociedade Rural, em Palermo, teve como tema, ainda, a cidade de Amsterdã.

Vinicius de Moraes: obra do poeta brasileiro foi celebrada em feira internacional, em Buenos Aires

Integraram a comitiva brasileira na cidade os escritores Luiz Ruffato e Milton Hatoum, além do cantor Toquinho, e da neta de Vinicius, Mariana.

Foi a primeira vez que a literatura brasileira contemporânea teve uma representação significativa no evento. "Nos últimos anos tem-se traduzido muito do português, quebrando um desconhecimento profundo que tínhamos da produção brasileira", disse Gabriela Adamo, diretora da feira.

Ela destacou o trabalho editorial de Adriana Hidalgo, que tem trazido ao mercado vários autores brasileiros. Hatoum e Ruffato têm traduções na Argentina. Da Holanda foram autores como Cees Nooteboom e Jan van Mersbergen. Entre os autores internacionais presentes, estão ainda nomes como J.M. Coetzee (África do Sul), Pérez-Reverte (Espanha), Juan Villoro (México), Vladimir Sorokin (Rússia), Laura Esquivel (México), Javier Cercas (Espanha) e Leonardo Padura (Cuba).

Pérez-Reverte, um dos mais importantes autores espanhóis contemporâneos, chegou com "El Tango de la Guardia Vieja", um romance sobre a Buenos Aires dos anos 1920. Já Juan Villoro participou de uma mesa para discutir literatura e futebol com o argentino Eduardo Sacheri ("O Segredo de Seus Olhos").

Adamo diz que as pretensões da feira portenha são as de alinhar-se a eventos grandes e comerciais, sem perder de vista o lado artístico. "Um pouco como a feira de Guadalajara e as bienais do livro do Rio e de São Paulo". O pavilhão da Sociedade Rural localiza-se nos parques de Palermo. Este deve ser o último ano do evento nessa região, uma vez que será levado ao gigantesco parque Tecnópolis, recém-construído nos subúrbios da cidade. "É uma transição meio dura, sei que São Paulo já passou por isso", diz Adamo.

Extraído do sítio Diário do Nordeste

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