14 de maio de 2013

ANO DO BRASIL EM PORTUGAL "SUPERA EXPECTATIVAS"

Antônio Grassi: o Ano do Brasil conseguiu “trazer um olhar e uma descoberta do brasileiro sobre Portugal” e “mostrar uma nova faceta do Brasil aos portugueses, para além das telenovelas”.

Entre os dias 7 de setembro de 2012 e 10 de junho de 2013, são celebrados em simultâneo o Ano de Portugal no Brasil e o Ano do Brasil em Portugal.

O comissário-geral do Ano do Brasil em Portugal, Antônio Grassi, celebra o sucesso do evento, que visa transmitir mutuamente a verdadeira imagem dos dois povos, promovendo a cultura, fomentando os laços educacionais e comerciais e estreitando os vínculos entre as sociedades civis dos dois países.

Abaixo, uma reportagem com a palavra de Antônio Grassi e dos sucessos do Ano do Brasil em Portugal.

Ano do Brasil em Portugal “supera expectativas” 

Da Agência Lusa e do Observatório da Língua Portuguesa - 6 de maio de 2013


Antônio Grassi, o comissário-geral do Ano do Brasil em Portugal, disse que o evento “está a superar as expectativas”, mas que a avaliação do seu sucesso só poderá ser feita após o seu término.

“O nosso grande desafio é esse: saber o que vai acontecer a partir do dia 10 de junho, quando se encerra o Ano do Brasil em Portugal”, afirmou à Agência Lusa. “É com o que vai acontecer a partir daí que nós podemos dizer se o ano foi bem-sucedido ou não.”

Para já, o comissário-geral acredita se têm criado “muitas oportunidades de intercâmbio através das companhias e produções brasileiras aqui em Portugal” e que se conseguiu “trazer um olhar e uma descoberta do brasileiro sobre Portugal” e “mostrar uma nova faceta do Brasil aos portugueses, para além das telenovelas”.

Encenação de peça brasileira ao ar livre diante da coluna de D. Pedro IV (D. Pedro I do Brasil), no Rossio em Lisboa.

Antônio Grassi esteve no Porto em uma altura em que decorre O Ano do Brasil no Teatro Nacional de São João com cerca de 30 espetáculos, entre teatro e dança até dia 10 de junho. O evento está dividido nos ciclos “infanto-juvenil”, “dança, música e novas linguagens”, “teatro, cinema e literatura”, “FITEI” [Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica] e “Nélson Rodrigues”.

Este último ciclo, baseado na obra de um dos mais importantes dramaturgos brasileiros [que viveu entre 1912 e 1980], é um dos orgulhos de Antônio Grassi: “Era uma seleção que estávamos perseguindo muito, como figura muito importante na dramaturgia brasileira. Apesar de ser sempre sendo taxado de reacionário, porque teve posições muito dúbias durante a ditadura, a sua obra é absolutamente revolucionária porque mostra o cidadão, o ser humano de uma maneira muito profunda.”

Antônio Grassi destaca que esta vai ser “uma mostra muito forte” até pela diversidade das companhias presentes e pelo facto de virem ao Porto “montagens que no Brasil foram muito consagradas”.

A dois meses do final da iniciativa, o comissário-geral garante que “está a superar as expectativas, tanto em relação ao número de espetáculos e eventos que se conseguiu trazer como principalmente a receptividade do público português até em alguns tipos de eventos mais ligados à experimentação”.

Sobre a polémica sobre o Acordo Ortográfico, o brasileiro confessa que percebeu o “incômodo” que estava criado, mas considera que a polémica “acabou por passar ao largo” do Ano do Brasil em Portugal.

“Hoje passam milhares de brasileiros pelo Aeroporto de Lisboa – dizem que 900 mil – que não descem, o que é um absurdo”, conclui Antônio Grassi, para quem “Portugal é um país fascinante para os brasileiros, e a cultura é fundamental para fazer esta aproximação”.

Antônio Grassi, ator, ex-secretário de Cultura do Rio de Janeiro, lembra que “no início, a adesão de Portugal à União Europeia deixou meio de costas voltadas” os dois países, mas que “agora é o momento de Portugal nos estar a olhar mais”.

Um pouco, confessa, como faz o resto do mundo “que quando fala do Brasil abre logo um sorriso e tem uma simpatia imediata, e isso é uma conquista que é muito importante”. 

Ano de Portugal no BrasilAno do Brasil em Portugal

Extraído do sítio Ventos da Lusofonia

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