9 de janeiro de 2013

LITERATURA BRASILEIRA É POUCO VISÍVEL NO EXTERIOR - Josilene Rocha


Nos últimos anos, o mercado editorial brasileiro vem crescendo. Em 2012 mesmo, a Bienal do Livro de São Paulo atraiu um público recorde – 750 mil pessoas – e multinacionais do ramo livreiro se instalaram em terras tupiniquins. Isso sem falar nos autores que vêm ganhando traduções para diversas línguas e viajam ao redor do mundo, como Luiz Ruffato e Michel Laub. Apesar de tudo isso, a visão destes escritores não é das mais otimistas em relação à visibilidade da literatura brasileira no exterior.

De acordo com Laub, publicar livros em outros países é um primeiro passo para a divulgação da nossa literatura, mas isso não quer dizer que ela fará sucesso e será absorvida por outros mercados editoriais de forma permanente.

Para Ruffato, a questão é ainda mais complexa e vai além do gosto dos possíveis novos leitores: “Para mim, [o sucesso da literatura brasileira no exterior] depende muito mais não da qualidade dos nossos livros, mas da importância que o Brasil vai ter ou não vai ter daqui a 5, 10 ou 20 anos”. Esta importância à qual ele se refere corresponde aos campos econômico e político.

Quando o assunto é a visibilidade atual dos livros brasileiros em outros países, os dois escritores admitem: ela praticamente não existe. E se a situação já é difícil para os escritores contemporâneos, nomes mais antigos, porém de grande importância para a literatura nacional, como Machado de Assis e Clarice Lispector, também são quase desconhecidos lá fora.

Para tentar reverter a situação, uma das medidas do Ministério da Cultura é oferecer, por meio da Fundação Biblioteca Nacional, bolsas de tradução a editoras estrangeiras.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Os comentários serão moderados. Não serão mais publicados os de anônimos.