26 de janeiro de 2013

QUADROS DE DEMI MOORE PARTICIPAM DE LEILÃO DE OBRAS - Evan Mantyk

Grande obra-prima: ‘A Descoberta de Moisés’, pintada pelo artista britânico Sir Lawrence Alma-Tadema (1836-1912). (Cortesia da Sotheby’s de Nova York)

NOVA YORK – Primorosas pinturas europeias do século XIX, que eram de posse da atriz Demi Moore, estiveram à venda na Sotheby’s de Nova York no dia 4 de novembro de 2012. A exposição inteira, que incluiu 82 peças, esteve disponível para visualização pública no dia 3 de novembro.

As obras que pertenciam a Demi Moore foram feitas pelos mestres pintores William Bouguereau (1825-1905) e Alfred Stevens (1823-1906). Ambas as pinturas têm como foco mulheres daquela época e retratam suas vidas cotidianas. As pinturas estão no auge dessa forma de arte, com técnicas dos mestres do Renascimento do século XV ao XII.

“Eu amo a combinação [de Bouguereau] de temas mitológicos, clássicos e seu estilo de fotografia realista. Há uma delicadeza, uma serenidade, particularmente em sua representação de mulheres, combinadas com uma força incrível, que me inspirou”, disse Moore, segundo a Sotheby’s.

A pintura de Moore feita por Bouguereau, Frère et Soeur (Irmão e Irmã), possui duas irmãs em uma composição cuidadosamente equilibrada e alegre. Estimava-se que o valor de venda fosse de R$ 2 a 3 milhões.

Sua pintura feita por Stevens, Mère et ses Enfants (Mãe e Filho), retrata uma mãe com suas duas filhas. A mãe segura sua filha bebê, enquanto a filha mais velha olha a distância para um brilho estranho no céu.

“Curiosamente, o pôr do sol vermelho que fascina a jovem pode resultar da terrível erupção vulcânica de Krakatoa em 1883, o mesmo ano em que a pintura de Stevens foi terminada. Este desastre natural na Indonésia provocou padrões climáticos caóticos, um dos quais foi um distintivo brilho vermelho visível ao pôr do sol em todo o mundo”, segundo a Sotheby’s.

Estimava-se que o valor de venda da pintura Mère et ses Enfants fosse de R$ 300 mil a R$ 400 mil.

Demi Moore, que atuou nos filmes Ghost e Questão de Honra, vendeu as pinturas porque estava reformando sua casa.

“Eu tive essas pinturas por… 15 anos e, embora eu as adore, com a renovação e nova direção que a nossa casa está tomando, é hora de uma mudança. Estou animada para que um novo proprietário possa compartilhar a alegria que essas pinturas nos trouxeram”, disse Moore, que era casada com o ator Ashton Kutcher na época.

Outros destaques

“A Inspeção”: A pintura do artista austríaco Ludwig Deutsch (1855-1935) é um ótimo exemplo de sua maestria e fascínio pelo Egito (Cortesia da Sotheby’s Nova York)

Ainda que as pinturas de Moore fossem impressionantes, outras que estavam à venda no dia 4 de novembro são consideradas tão ou mais impressionantes, e estimava-se que alcançassem preços ainda mais elevados.

O trabalho mais valorizado era a pintura de Sir Lawrence Alma-Tadema, A descoberta de Moisés, e era estimado que alcançasse de R$ 6 a R$ 10 milhões. A pintura retrata uma cena bíblica onde o bebê Moisés, em uma cesta, está fugindo da morte nas mãos do Faraó e é providencialmente encontrado por uma princesa egípcia.

“Se a definição de A descoberta de Moisés pareceu familiar, é porque cópias da pintura foram usadas mais tarde pelos roteiristas e designers de Cecil B. De Mille como inspiração para cenas dos filmes Cleópatra (1934) e Os Dez Mandamentos (1956)”, de acordo com a Sotheby’s.

Outras obras impressionantes à venda incluíam a pintura contemplativa de Jean-Léon Gérôme, Após o banho, que requintadamente retrata um grupo de banhistas reunido em torno de uma piscina em um harém. Era esperado que esta pintura rendesse de R$ 3 a R$ 5 milhões.

A pintura orientalista de Ludwig Deutsch, A inspeção, deveria render de R$ 1,2 milhão até R$ 1,8 milhão. Segundo a Sotheby’s, “o trabalho, que mostra um homem árabe examinando um capacete indiano ou Qajar iraniano, é uma façanha visual que mostra a habilidade e atenção do artista aos detalhes. A deslumbrante pilha de objetos e tecidos – estampas contra estampas, detalhes dentro de detalhes – transmitem o fascínio de Deutsch pela cultura oriental visual”.

Extraído do sítio The Epoch Times

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