13 de janeiro de 2013

MARSELHA SE TORNA A CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA

Vista do antigo porto de Marselha, que abrigará as festividades iniciais do ano cultural na cidade. REUTERS/Jean-Paul Pelissier

A grande metrópole do sul da França, cuja imagem tem sido manchada recentemente por causa da violência urbana, receberá neste sábado o selo de capital européia da cultura para o ano de 2013. Centenas de eventos estão programados ao longo do ano em toda a cidade e nas regiões próximas.

Arte Contemporânea, circo, intercâmbio cultural entre a Itália e a França, espetáculos pirotécnicos, exposições de Rodi e retrospectiva sobre a pintura moderna. O programa é denso e feito exatamente para agradar a todos os gostos de habitantes e visitantes que aproveitarão a diversidade cultural de Marselha. Outras cidades vizinhas menores também devem realizar eventos, influenciadas pelo título oferecido à Marselha pela União Europeia. Cerca de 90 milhões de euros (250 milhões de reais) foram investidos na estrutura da cidade mais antiga da França.

A capital européia da cultura tem enfrentado dificuldades nos últimos, sobretudo problemas sociais e violência urbana, devido ao seu urbanismo e taxa de imigração desenfreados. Em 2013, Marselha terá a oportunidade de dar a volta por cima, através dos projetos de renovação de centros históricos e a construção de novas instituições culturais de peso. Em todos os lugares,durante todo o ano, o visitante terá a oportunidade de desfrutar da variedade de artes, músicas, danças e outras expressões pela cidade. Por exemplo, a Torre Panorama da Friche receberá, a partir deste sábado(12), a exposição "Aqui além". Outros eventos estão programados para as próximas semanas. O Museu Olhares da Provence será aberto em fevereiro, os museus da Vida Mediterrânea e da Arte Regional Contemporânea serão inaugurados em março. Ao todo, 660 milhões de euros (mais de 1 bilhão de reais) foram investidos na construção de 20 centros culturais por toda a cidade.

Neste sábado, o presidente francês François Hollande, acompanhado do presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, inaugurará o Museu das Civilizações da Europa e do Mediterrâneo (Mucem), qui abrirá totalmente as suas portas em junho, perto do famoso porto da cidade. Uma grande festa de sons e luzes está programada para dar o pontapé inicial do ano, tão esperado pelos marselheses desde o anúncio do título conferido à cidade, em 2008. As 17 horas locais, uma "parada de luzes" tomará conta dos bairros da cidade, enquanto que um grande número de barcos aclamará o início do ano cultural, com um imenso cortejo nas proximidades do porto. Em várias praças de Marselha, artistas cantarão durante toda a tarde, antes que as luzes se apaguem no início da noite, para o tão esperado espetáculo de fogos de artifício à beira do Mediterrâneo. Os organizadores esperam cerca de 300 mil pessoas para o primeiro dia de festas, e quase 400 mil visitantes em toda a região, que também contará com um evento de artes plásticas na vizinha Aix-en-Provence e um espetáculo pirotécnico em Arles.

A ministra da cultura da França, Aurélie Filippetti diz que o ano cultural de Marselha permitirá que mudanças sejam feitas na imagem da segunda mais importante cidade do país. "Nós amamos esta região e nós pretendemos mudar os clichês que, frequentemente, estão associados à Marselha e ao sul da França. Precisamos parar de pensar em Marselha somente como a cidade da insegurança e da violência", afirmou a ministra.

Extraído do sítio RFI

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