15 de setembro de 2012

DRUMMOND VOLTA PARA FEIRA DO LIVRO

Estátua passa por restauro para ganhar sustentação mais forte.

Escritor retornará para o lado de Quintana. Crédito: RICARDO GIUSTI / CP MEMÓRIA

A estátua de bronze de Carlos Drummond de Andrade, que deixou de ler para Mario Quintana no banco da Praça da Alfândega em novembro, a fim de receber uma sustentação mais confiável, atualmente descansa aos pés da réplica da estátua Samaritana, cujo original foi depredado e retirado da mesma praça em 2002. As duas encontram-se na sede do Programa Monumenta, no Mercado Público. A volta para a praça está programada para ocorrer antes da Feira do Livro, segundo a arquiteta Dóris Saraiva de Oliveira. "Nesses dias úmidos o trabalho atrasou, mas ainda estamos em tempo", afirma.

O responsável pelas melhorias na estátua de Carlos Drummond é o artista plástico e restaurador Gutê, de Porto Alegre. Segundo relatos de Dóris, a estátua não está danificada. Foi retirada para se criar uma forte sustentação em sua base. "Ela estava pendendo, poderia cair ou ser retirada facilmente. Muitas crianças sobem nela, pessoas se escoram para interagir", comenta.

O trabalho de Gutê é criar sustentação pelas pernas da estrutura oca de bronze até a base de bloco de concreto. Criada por Eloisa Tregnago e Xico Stockinger, a escultura que integra a obra "Monumento à Literatura" junto com a figura do poeta Mario Quintana foi inaugurada em 2001.

Um ano depois, a personagem bíblica Samaritana, em estátua de bronze que guardava água de uma fonte na Praça da Alfândega, foi depredada, inclusive quebrada em pedaços, e retirada do local. Instalada em 1925 na praça Montevidéu, ela mudou de lugar para dar lugar à Fonte Tavalera de La Reina, em frente à prefeitura, no ano de 1935.

O original, restaurado após a depredação pelo mesmo Gutê, está à mostra desde o início do ano no Paço dos Açorianos. Na Praça da Alfândega será instalada uma réplica, feita com liga de alumínio, sem bronze e, portanto, sem valor comercial.

O Programa Monumenta está responsável pela revitalização da Praça da Alfândega, que recebeu restauro para adquirir novamente o desenho original dos anos da década de 1930, tida como a época de principal efervescência urbana do local onde Porto Alegre viveu sua infância. Há alguns dias foi cavado o buraco para dar lugar à estrutura da estátua de Drummond.

Extraído do sítio Correio do Povo

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