12 de novembro de 2012

LIVRO E LEITURA NA BIENAL


Fortaleza abriu, desde quinta-feira, a 10ª edição da Bienal Internacional do Livro, desta vez, ocupando os amplos espaços do Centro de Eventos do Ceará, que permite aumento de 40% nas vendas em relação ao último evento. Ao lado da meta comercial, a Bienal deste ano acrescenta um elemento fundamental em sua programação: a difusão do gosto pela leitura.

Oportunidade ímpar de aproximar o leitor das variadas fontes editoriais, essa grande feira está expondo 100 mil títulos em 160 estandes, distribuídos por 23 mil metros quadrados de espaço privilegiado. Por isso, há maior comodidade para visitantes e para expositores, com a diversidade enorme possibilitada por 450 selos editoriais de 13 países convidados.

O Brasil alinha-se entre os grandes mercados editoriais, despertando interesse nos gigantes grupos internacionais do segmento. A Associação Internacional dos Editores coloca o País no nono lugar da relação internacional do mercado livreiro. Isso, em razão de haver seu faturamento alcançado R$ 4,8 bilhões resultantes da venda de 469,5 mil exemplares por ano.

Ao contrário do que ocorre com os veículos de comunicação, não há impedimento legal para a penetração de grupos estrangeiros no mercado editorial. Daí advêm as demonstrações de interesses por parte de grupos externos pelas editoras nacionais. A aproximação se ampliou com a compra de 45% do controle acionário da Companhia das Letras pela britânica Penguin, no fim de 2011.

Os primeiros grupos editoriais atuantes no País foram os espanhóis. Em seguida, a editora portuguesa LeYa adquiriu a Casa da Palavra, também em 2011. Agora, os mercados brasileiro, chinês e indiano estão no foco da Random House Penguin, união de duas das maiores editoras do mundo. Portanto, as empresas nacionais estão no centro da cobiça externa.

Em meio às oscilações de preços, a cotação do livro caiu 6,1%, no ano passado no País, levando-se em conta apenas os valores praticados no mercado privado. Quando o cálculo inclui as compras governamentais, o preço médio se mantém praticamente estável. O governo, como cliente, absorve 39% do mercado comprador.

No transcurso de 2011, as vendas cresceram 7,2% em volume. O governo comprou 13,7 a mais, enquanto o mercado privado absorveu 3,34%. Diante do mercado potencial e da estabilidade econômica, há muito espaço para a associação com capitais externos. A situação confortável exibida pelas editoras e o profissionalismo da administração são fatores atrativos para as incorporações.

A Bienal Internacional do Livro foi programada para se estender até o dia 18 de novembro. Esse calendário elástico permite a realização de programas educativos, planejados para carrear maior número de estudantes ao Centro de Eventos, em todos os níveis, de modo a desenvolver a leitura pelo interesse despertado pelas publicações e pelo contato com o acervo editorial disponível.

Além da comercialização das publicações, há intenso programa de conferências, palestras, exposições, fóruns, leituras, colóquios e divulgação de autores e obras nacionais e estrangeiros. A programação vem incluindo, também, uma variedade de shows oferecidos ao público.

A Bienal do Livro proporciona uma forma singular de educação, traz novo universo editorial aos consumidores ávidos de conhecimentos técnicos; aos estudantes, pela oferta de títulos de difícil comercialização no mercado local; e ao leitor interessado nos volumes especiais que lhe darão prazer intelectual.

Extraído do sítio Diário do Nordeste

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