7 de novembro de 2012

SERGIO NAPP AUTOGRAFA TRÊS OBRAS NA FEIRA DO LIVRO - Deborah Cattani

Sergio Napp autografa Ana K, Meu amigo Zac e Dias de verão na Feira. Foto: Luciana Thomé/JC

Aos 74 anos, Sergio Napp é incansável. Escreve, faz poemas, compõe músicas há mais de 50 anos. O autor, que costumava ser engenheiro e professor universitário, achou seu caminho no mundo das letras e segue nele até hoje. Nesta 58ª Feira do Livro de Porto Alegre, ele lança três títulos diferentes: Ana K (Besourobox), Meu amigo Zac (WS Editor) e Dias de verão (Instituto Estadual do Livro/Corag). 

“Eu me dedico a isso praticamente o tempo todo. Desde que me aposentei eu só faço isso: escrevo e palestro sobre literatura. Nesse sentindo, eu estou sempre criando, escrevendo algo, rabiscando uma frase que deixo em algum lugar”, conta Napp. Bem humorado, ele explica que seu processo criativo é bem variado. Às vezes, leva 20 dias para cunhar uma obra, outras, fica dois anos debruçado em um único projeto.

O autor é do interior do Rio Grande do Sul, natural de Giruá, e já participou de outras edições da Feira. Ganhador de diversos prêmios, Napp afirma ser um batalhador no ramo. Segundo ele, é preciso ir atrás das editoras, dos concursos e dos incentivos para se conquistar uma posição no mercado editorial.

As obras que ele estreia nessa Feira não tem relação uma com a outra. “Ana K é uma novela jovem que aborda a gravidez na adolescência e o relacionamento de um pai com sua filha. Meu amigo Zac é infantojuvenil, mas para a garotada. E Dias de verão é uma coletânea de contos adultos”, revela.

Essa miscelânea no portfólio de Napp não demonstra só sua versatilidade, mas também, como coloca o autor: “Isso reforça minha loucura de estar escrevendo um pouco de tudo. Vou passando da área juvenil, da poesia, do romance, eu nunca paro, estuo sempre fazendo alguma coisa.”

Dos adultos às crianças, ele não faz distinção. Gosta de agradar todos os públicos, mas garante que os pequenos são bastante críticos. “Eu gosto muito da criançada, porque eles são muito espontâneos, gostam ou não gostam, e dizem. É muito bom trabalhar com eles”, conta. Distante das novas gerações, Napp esclarece que é muito observador e baseia-se nos próprios filhos. Além disso, busca conversar com os jovens e se inserir no mundo deles.

Apesar de suas obras não se conectarem, o escritor tenta trabalhar temas que gerem reflexões. “Principalmente nestes livros focados para um público ainda em formação. Não faço juízo de valor, não dou receita. Não creio que um escritor tenha que indicar caminhos, mas acho que ele pode levantar problemas. Nos meus livros eu sempre levanto problemas”, sustenta. 

Os autógrafos ocorrem na seguinte ordem: Meu amigo Zac, segunda-feira (5), às 18h no deck de autógrafos; Dias de verão, quarta-feira (7), às 18h na praça da Alfândega; e Ana K, sábado (10), às 17h no deck.

Extraído do sítio Jornal do Comércio

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