Acendimento da chama crioula marca abertura do Acampamento Farroupilha. Crédito: Fabiano do Amaral
A patrona dos Festejos Farroupilhas do Rio Grande do Sul, Nilza Gonçalves Lessa, primeira mulher a ocupar o cargo, e o patrono da Acampamento Farroupilha de Porto Alegre, o tradicionalista José Alencar da Silva, reuniram as centelhas da chama crioula e da Pira da Pátria no ponto alto da cerimônia de abertura oficial do Acampamento Farroupilha.
Segundo a Brigada Militar, mais de 5 mil pessoas participaram da abertura do acampamento e 80 mil passaram pelo Parque da Harmonia no primeiro dia de vivência entre os piquetes. Os festejos seguem até o dia 20 no Parque da Harmonia.
“Essa é uma das principais festas populares do Estado e uma forma de socializar as heranças de nossa cultura. Porque essa tropa xucra que nos trouxe até aqui e que insistimos em passar adiante tem grande valia, deixou e deixará rastros”, declarou o coordenador do Acampamento Farroupilha, Vinícius Brum, após o canto do Hino Nacional.
Assim que transferiram o fogo das tochas para a pira principal, os homenageados, cavaleiros, autoridades e presentes entoaram o Hino Rio-Grandense. “Eu me sinto honrada por ser a primeira mulher. Penso que essa homenagem não é à minha pessoa, mas à memória de Barbosa Lessa. Mesmo assim, ser mulher nessa posição, em um mundo de patrões, é motivo de orgulho”, afirmou Nilza.
Para a artesã, viúva do tradicionalista, nascida em 1932 em Livramento, o ser gaúcho se refere a uma convivência familiar em que se alimentam valores humanos. “O gaúcho preza pela família, e nessa família pai e mãe são soberanos”, afirmou.
Conforme Alencar José da Silva, a honestidade e o amor ao trabalho caracterizam a cultura do Sul. Esse é o primeiro de 40 anos seguidos que Silva não acampa no parque, por questões de saúde. “Isso aqui é uma maravilha”, visualiza.
Acendimento da chama crioula marcou a abertura do Acampamento Farroupilha. Foto: Fabiano do Amaral
Extraído do sítio Correio do Povo
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