25 de agosto de 2012

MUSEU DO DUNDO É O MAIS MODERNO DE TODA A ZONA AUSTRAL DO CONTINENTE - Roque Silva

Director nacional dos Museus em Angola disse que o projecto da instituição do Dundo está virado para as origens dos povos lunda. Fotografia: Kindala Manuel
O Museu Regional do Dundo é o mais moderno da região da África Austral e corresponde às exigências dos espaços de divulgação dos hábitos e costumes do povo de uma determinada localidade, a nível internacional, afirmou na quinta-feira Manzambi Vuvu Fernando, director Nacional dos Museus em Angola.
Em declarações ao Jornal de Angola durante a reabertura do museu, o também coordenador do Projecto de Renovação daquela instituição disse que, actualmente, o Museu Regional do Dundo não fica atrás de qualquer outro museu do mundo. 


“O Ministério da Cultura cumpriu o seu objectivo, uma vez que a primeira fase do projecto de requalificação da estrutura física foi finalizado com a modernidade exigida pelo Executivo e com as condições requeridas aos museus de renome internacional”. 

A reabertura do Museu Regional do Dundo reveste-se de grande importância para a Lunda e províncias circunvizinhas, por ser um espaço de divulgação e de união das suas culturas e povos.

O projecto do museu, explicou, está virado para as origens, expansão e fixação dos povos lunda, around, tchokwe e aparentados, por terem a mesma origem e história, que apesar das diversidades linguísticas ou culturais existentes pertencem a uma mesma cultura. 


O museu tem no seu acervo mais de 10 mil peças, sendo que 900 estão em exposição, sete mil objectos registados não estão expostos e outros três mil não registados são estudados nos próximos dias por pesquisadores angolanos.

As peças retratam a vivência dos povos da Lunda, Moxico e do noroeste do Kuando-Kubango, desde os primeiros homens. Quanto ao desaparecimento de alguns objectos, referiu que se trata de quatro importantes objectos, pelo seu valor cultural, e que a sua localização é desconhecida. Acrescentou que são imediatamente apreendidas pelas autoridades nacionais ou internacionais caso sejam postas à venda, por estarem registadas. 

As mostras, com duração de seis meses a um ano, têm patentes objectos de estudo, nas salas Endiama, Pré-história, Organização Social, Organização Política, Actividades Económicas, Artes e Actividades Lúdicas, Caça, Caça doméstica, Crenças Religiosas e Resistência à Colonização. A segunda fase do projecto, cujo tempo de conclusão não foi revelado, prevê a ampliação do museu com a construção de um depósito, no primeiro piso, e de um laboratório moderno de Biologia. O primeiro espaço inclui seis salas de depósito de artefactos, uma sala de educação e animação cultural e duas salas de investigação.


O laboratório moderno de Biologia vai albergar laboratórios de investigação, depósitos, salas didácticas, anfiteatro e salas de reuniões e administrativas.

Extraído do sítio Jornal de Angola

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