31 de agosto de 2012

A HISTÓRIA DA CIVILIZAÇÃO APRESENTADA EM GEMAS E CAMAFEUS

RIA Novosti
O Museu Pushkin de Belas-Artes de Moscou apresenta pela primeira vez aos seus visitantes a sua coleção de gemas em pedra, de 21 de agosto a 7 de outubro.

A gravação em pedras preciosas e semi-preciosas é uma das formas de arte mais antigas, que teve origem no quarto milénio antes de Cristo. As gemas, como são chamados esses artigos praticamente eternos, são trabalhadas de duas formas: os entalhes, em que por corte é criada uma imagem côncava e os camafeus, com a imagem em relevo convexo. Ainda existem os selos cilíndricos que se usaram durante milénios como marca pessoal. Ainda no início do século XX, figuras de cupidos e perfis da antiguidade eram prensados em cera ou em lacre. Além disso, as gemas se tornaram praticamente no primeiro objeto de coleção. “Já na antiguidade, as pessoas ricas e nobres gastavam somas importantes em coleções de gemas”, conta a curadora da exposição Svetlana Finoguenova. “Um desses colecionadores foi o último governante do Oriente helenístico, Mitrídates Eupator, que se distinguia pela sua cultura e amor à arte. A sua coleção, descoberta na cidade de Kerch no Mar Negro, se encontra no nosso museu”, disse a curadora.

“O rei possuía uma rica coleção que não incluía só pedras gravadas, mas também outras jóias”, continua Svetlana Finoguenova. “Na altura demorámos um mês a conferir o inventário na receção da sua coleção! E há que referir que os gregos possuíam apenas um exemplar de cada pedra.”

Mais tarde, quando a civilização grega foi substituída pela romana, o fabrico de gemas passou a ser em cadeia. Como resultado, a gravação passou a ser mais tosca e as pedras mais baratas. Mas a exposição mostra precisamente os exemplares mais valiosos, mais antigos, cujo fabrico demorava anos. O exemplar em exibição mais antigo é datado do período do Reino de Assad: se trata de um selo cilíndrico de lazurite que representa uma cena de culto à deusa do amor e simultaneamente da discórdia Ishtar. É surpreendente a arte do antigo mestre que entalhou numa superfície minúscula pequeníssimos pormenores decorativos da deusa: as vestes com folhos, a tiara e os atributos – a maçã e o tridente.

É interessante referir que muitos episódios históricos e épicos chegaram até aos nossos dias graças às gemas. É praticamente impossível observar toda a beleza dessas miniaturas à vista desarmada, por isso, foi especialmente construída para a exposição uma pirâmide de vidro dentro da qual são projetados a três dimensões os episódios retratados nas gemas.

Extraído do sítio Voz da Rússia

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