17 de agosto de 2012

MUSEU-PARQUE NACIONAL DO KREMLIN DE MOSCOU


O museu – parque nacional Kremlin de Moscou é uma instituição estatal que cuida da organização de excursões pelo Kremlin e da preservação de monumentos culturais, situados no seu território. A data da sua fundação é o dia 10 de março de 1806.
O museu – parque nacional obteve a sua forma atual em 1991, tendo como base os Museus Estatais do Kremlin de Moscou. A diretora geral deste complexo é Elena Gagarina, filha do primeiro cosmonauta do planeta Yuri Gagarin.

O conjunto do museu – parque Kremlin de Moscou engloba numerosas catedrais, situadas dentro do Kremlin, e o museu estatal Câmara de Armas.

A Câmara de Armas, um museu e tesouraria ao mesmo tempo, é uma parte do Grande Palácio do Kremlin. Está situada no prédio, construído em 1851 pelo arquiteto Konstantin Ton. A base da coleção do museu é constituída por objetos preciosos feitos nas oficinas do Kremlin ou recebidas na qualidade de oferendas das embaixadas estrangeiras. Durante séculos eles eram guardados na tesouraria dos czares e na sacristia dos patriarcas. O nome do museu vem da denominação de uma das tesourarias mais antigas.


Na Câmara de Armas são guardadas antigas insígnias estatais, trajes de gala, paramentos dos hierarcas da Igreja Ortodoxa Russa, uma coleção de objetos de ouro e de prata dos artífices russos, - a maior e única quanto a suas qualidades artísticas, - obras de artífices estrangeiros, uma coleção de carruagens antigas, arreios de gala, armas ricamente adornadas com pedras preciosas embutidas, etc.

As coleções do museu incluem cerca de quatro mil objetos únicos da arte decorativo-aplicada da Rússia, dos países da Europa e do Leste, que abrangem o período desde o século IV até os princípios do século XX. O seu nível artístico altíssimo e um valor histórico-cultural especial tornaram a Câmara de Armas do Kremlin de Moscou um estabelecimento mundialmente famoso.

A Catedral de Anunciação, que existe atualmente, serviu durante quase um século e meio na qualidade de igreja doméstica dos czares e dos grão-príncipes de Moscou. Era uma parte do palácio e estava ligada por um corredor a seus aposentos de gala e residenciais.

O arcipreste da Catedral de Anunciação era, via de regra, confessor do grão-príncipe e guardião do Selo de Estado.

O conjunto do campanário de Ivan, o Grande, formava-se durante dois séculos. Esta torre de sinos foi construída no período de 1505 a 1508 pelo arquiteto italiano Bon Friazin. Um século depois ela foi sobreedificada por mais um pavimento de sinos e a sua altura chegou a 81 metros. Em meados do século XVI o arquiteto italiano Petrok Mali construiu junto do campanário uma igreja. Em fins do século XVII ela foi transformada em torre de sinos e recebeu o nome Uspenskaia.

Em 1812 as tropas de Napoleão, que se retiravam de Moscou, explodiram o conjunto de igrejas, mas o campanário de Ivan, o Grande, resistiu. Já em 1814 – 1815 todo o conjunto foi restabelecido na sua forma anterior. Atualmente no campanário e na torre de sinos existem 24 sinos dos séculos XVI – XVII.

No primeiro andar da torre de sinos Uspenskaia está a sala de exposições dos Museus do Kremlin de Moscou em que se encontram obras de arte pertencentes a coleções do Kremlin e a outros museus russos e estrangeiros. Um outro monumento único, - o campanário de Ivan, o Grande, - é a sede do Museu da história do conjunto arquitetônico do Kremlin de Moscou.

Durante seis séculos a Catedral de Anunciação foi um centro de atos estatais e de cultos da Rússia: aí coroavam os imperadores, aí os príncipes feudais juravam fidelidade ao grão-príncipe de Moscou. Na Catedral Uspenski eram sagrados os bispos, metropolitas e patriarcas, eram anunciados os atos estatais e realizavam-se orações públicas na véspera de campanhas militares e em homenagem a vitórias.

Foi o primeiro metropolita de Moscou Piotr e o príncipe Ivan Kalita que construíram em 1326 o primeiro prédio de pedra da catedral. Em fins do século XV, o grão-príncipe Ivan III, que tinha unido todos os principados russos sob o poder de Moscou, deu início à reconstrução da Catedral Uspenski a fim de criar a sua nova residência, cuja construção foi confiada ao arquiteto italiano Aristóteles Fioravanti, convidado a Moscou especialmente para este fim.

A função solene que o templo devia cumprir determinou uma atenção especial em relação ao seu adorno. Nos séculos XIV – XVII a Catedral Uspenski servia na qualidade de sepulcro dos hierarcas da igreja russa – os seus metropolitas e patriarcas. Mas o atual aspecto da catedral é determinado por adornos dos meados do século XVII, – pelas pinturas feitas em 1642 e 1643 e pela magnífica iconóstase de 1653.

Os aposentos do patriarca foram construídos por artífices russos em 1653 – 1655 especialmente para o patriarca Nikon.

Hoje no segundo andar dos aposentos do Patriarca funciona uma exposição muséica, dedicada à cultura russa do século XVII, - época na véspera de reformas do imperador Pedro, quando se mudavam as concepções de vida, tradições e todo o modo de vida da sociedade russa. Neste museu estão expostos louças preciosas, adornos de ourivesaria, objetos da caça real, moveis antigos, amostras de quadros bordados e de costura ornamental. Na igreja domestica dos Doze apóstolos representa um interesse especial a iconóstase dourada, criada no limiar dos séculos XVII e XVIII. Nesta igreja existe também uma exposição de ícones que mostra a evolução de arte de pintura sacra durante todo o século. As obras dos maiores artistas da corte – Simon Uchakov e Fedor Zubov, - tornam bem claras as novas tendências da pintura.

A historia da Catedral Arkhanguelski do Kremlin de Moscou remonta para o século XIV: em 1333 o primeiro grão-príncipe de Moscou Ivan Kalita empreendeu a construção de uma igreja de pedra branca, dedicada ao Arcanjo Miguel, venerado de há muito na Rússia na qualidade de patrocinador de guerreiros e de príncipes nas suas façanhas militares. Em 1505 – 1508 no local do antigo templo foi construída uma catedral magnífica. A direção da obra foi confiada ao arquiteto veneziano Aleviz Novi, convidado pelo grão-príncipe especialmente para este fim.

As lápides tumulares dos grão-príncipes com palavras de orações e epitáfios estão dispostas em rigorosa ordem nas lajes de pedra branca, debaixo das abóbadas do templo. Os túmulos da dinastia dos Riurikovich e dos czares da dinastia Romanov estendem-se ao longo dos muros do templo. O primeiro czar russo Ivan, o Terrível, e os seus dois filhos estão sepultados numa cripta, construída especialmente para os czares na parte do altar da catedral.

Entre os santuários mais venerados da Catedral do Arcanjo Miguel convém apontar à parte as relíquias do santo príncipe Mikhail, de Tchernigov, que tinha sofrido o martírio durante a invasão mongólica, e do santo czaréviche Dmitri, filho – caçula de Ivan, o Terrível. Os restos mortais dos santos não eram dados à terra mas se colocavam em cofres especiais, destinados parda a veneração dos crentes.

Depois da revolução socialista de 1917 a Catedral Uspenski foi transformada em museu. Ao criar a exposição deste museu o seu pessoal cuidou de preservar ao máximo o seu interior. Graças a obras de restauração, realizadas em regime permanente, praticamente todos os ícones e pinturas vieram à luz depois da retirada de camadas de tinta que as cobriam. A partir de 1990 na Catedral são celebradas novamente as missas.

Extraído do sítio Voz da Rússia

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