2 de janeiro de 2012

UMA FESTA QUE SE PROLONGA POR NOVE HORAS - A RÚSSIA COMEMOROU O ANO NOVO

Foto: RIA Novosti
Na Rússia começaram férias, longas férias de nove dias: o país comemora o Ano Novo e o Natal do Cristo. Na noite passada os russos festejaram nove vezes, - de acordo com o número de fusos horários, - o advento do ano de 2012. Na Sibéria a gente andou festejando pelas ruas a 30 graus negativos na escala de Celsius, em Sochi o povo dançou debaixo das palmeiras. Houve quem viesse propositadamente à praça Vermelha de Moscou, mas alguns russos, - os que gostam de sensações mais fortes, - festejaram o Ano Novo ao pé da letra em pleno voo.

Os russos comemoram a sua festa mais predileta do ano. No nosso país existe a crendice – qual for a festa do Ano Novo, tal será o ano. Por isso, os russos preparam-se de uma forma especialmente cuidadosa para as comemorações desta festa hibernal. A versão clássica é afim à tradição dos países ocidentais de comemorar o Natal no círculo da família. É obrigatório uma árvore de Natal, surpresas debaixo desta árvore e o Papai Noel, - diz o politólogo Kirill Tanaiev, diretor do Fundo de Política Eficiente.

Sempre festejamos o Ano Novo em família. Na nossa opinião, esta é uma festa familiar, por isso reunimo-nos todos junto e comemoramos. O Papai Noel traz para a criançada um grande saco de presentes e toda a família procura-os debaixo da árvore de Natal.



O principal símbolo do Ano Novo na Rússia além do Papai Noel é certamente o relógio da Torre Spasskaia do Kremlin, chamado também carrilhões do Kremlin. Precisamente o décimo segundo toque festivo deste relógio é que anuncia o advento do Ano Novo. Mas antes do repique das carrilhões o presidente do país faz os seus votos aos habitantes do país. Para Dmitri Medvedev esta mensagem é última no quadro do seu atual mandato presidencial.

Com efeito, nós todos somos diferentes. Mas precisamente nisso consiste a nossa força. Assim como, na habilidade de atender, compreender e respeitar um a outro, na habilidade de vencer em conjunto quaisquer dificuldades e conseguir o êxito. Caros amigos! O Ano Novo já está bem perto. É hora de abrir a champanha e pensar em desejos. E nesta noite desejo saúde e bem-estar a vocês e aos seus próximos, desejo que na sua vida haja o amor, que todos os seus sonhos se cumpram. Acreditem em si e eu acredito em qualquer um de vocês. Vocês conseguirão tudo! Felicidade! Congratulações pela festa! Feliz ano de 2012!

Show de fogos no Réveillon na Praça Vermelha, em Moscou
Em Moscou o centro de solenidades foi, como é claro, a Praça Vermelha. Este é um sonho pequeno – o Ano novo, a neve, o repique dos carrilhões, a champanha e salvas debaixo dos muros do Kremlin. É em prol disso que milhares de estrangeiros e dezenas de milhares de russos vêm em fins de dezembro à capital russa.

Viajamos de carro 23 horas. A gente fica enfadada de sentar à mesa. Quer-se um pouco de adrenalina e algo interessante. Na minha opinião para isso servia somente Moscou e somente os carrilhões.

O politólogo russo Aleksse Vlassov procura festejar cada ano novo à sua maneira.

Não existe uma determinada tradição ou hábito. Quanto à mim, a minha vida é uma série de viagens. Por isso, o Ano Novo sempre decorre no ambiente de mudança de um local para outro. E todos os anos festejo o Ano Novo num outro ponto. Às vezes, num restaurante, às vezes, em casa. Há vários anos passo esta festa fora dos limites da Rússia. No ano passado estive em Riga.

Os habitantes da cidade de Tiumen, na Sibéria, encontraram um dos modos mais incomuns de festejar o Ano Novo. Alguns amadores de aventuras extremas puseram pára-quedas, puseram champanha em cantis e comemoraram a troca de datas do calendário em pleno vôo livre, no céu.

Foi muito incomum, é algo que jamais vimos. Enquanto descíamos, começou o disparo de salvas. Foi legal! Eu nem sequer recordei dos carrilhões. Pensei: o ano trocou-se e nós estamos no mesmo lugar.



Apenas em Moscou cerca de meio-milhão de pessoas participaram dos festejos de rua. Quanto ao país em geral, foram dezenas de milhões: uns dançavam nos bailes estilizados de São Petersburgo, outros bailavam à temperatura de 8 graus positivos em Sochi, futura capital das Olimpíadas de Inverno, houve quem brincasse de roda a 25 graus negativos debaixo de uma árvore de Natal em Blagoveschensk, no Extremo Oriente. Ao todo a Rússia comemorou o advento do Ano Novo nove vezes – é precisamente este o número de fusos horários que o nosso país abrange.


Extraído do sítio da Voz da Rússia

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