8 de janeiro de 2012

QUAL É A SAÍDA PARA LIVRARIAS DA CHINA?

Para muitos amantes de livros, a livraria é mais do que simplesmente uma loja onde você pode comprar material de leitura, é também um lugar cujo ambiente garante um amor constante pela leitura. Mas, com o crescimento das vendas online, muitas livrarias tradicionais acabaram fechando. Em outubro do ano passado, a O2, uma cadeia de livrarias, teve o mesmo destino. No entanto, reportagens na imprensa que dizem que novas livrarias O2 voltarão a ser abertas. A notícia faz com que muitas pessoas questionem o futuro das livrarias tradicionais.

Com uma xícara de café, um trecho de música e um livro, você está pronto para aproveitar confortavelmente uma tarde em uma livraria durante o inverno congelado de Beijing. Hoje em dia, cada vez mais livrarias na cidade começam a oferecer serviços adicionais para os clientes, como chá, café e até eventos culturais.

Um cliente diz que a livraria oferece café e ela quer comprar um livro e se sentar para leitura. Outra diz que gosta de ler livros num ambiente confortável.

Wu Yanping, dono de uma livraria privada diz que os seus negócios não são apenas a venda de livros.

"Nós estamos no negócio de publicação. Oferecemos também outros produtos como marcadores de páginas e bolsas. Se for possível, queremos ainda produzir CDs. Essas são as possibilidades a partir das quais podemos fazer lucro. Os produtos que você fornece devem ser diversificados."

Vendedores tradicionais de livros, como o Edifício de Livros de Beijing, situado no centro da cidade, também fornecem mais do que apenas publicações nos últimos anos. Qin Hui, vice-gerente, explicou:

"Nós também fornecemos outros produtos, incluindo aparelhos digitais, produtos de ginástica, brinquedos, de modo a atender diferentes demandas dos clientes."

De pequenas livrarias privadas para supermercados de livros, todos estão envolvidos na competição feroz do mercado. E a concorrência com as compras online significa, para muitas livrarias, mudar seu modelo de negócio. Wu Yanping disse.

"As livrarias não devem só vender livros, ou café, devem formar uma plataforma pública para incentivar os jovens a relaxar e conversar. Eu acredito que essa será a tendência de desenvolvimento futuro das livrarias de propriedade privada."


Hoje em dia, mais livrarias privadas criaram um canto de café ou organizam eventos para que os leitores possam conhecer autores.

O vice-gerente do Edifício de Livros de Beijing, Qin Hui, acha que a livraria do futuro deve ser definida como uma indústria cultural diversificada ao invés de simplesmente um local de venda a varejo. Especialistas apontam que as livrarias desempenham um papel importante na conscientização da responsabilidade social, então, o governo deve adotar políticas preferenciais para apoiá-las.

O fechamento de muitas lojas tradicionais tem sido acompanhado pelo crescimento de vendedores de livros online. Esse último é considerado como uma forma conveniente e uma via que economiza tempo na compra de livros a preços mais baratos, pois os custos de operação das empresas virtuais são muito mais baixos.

Extraído do sítio da CRI

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