28 de setembro de 2013

O TEMPO E O VENTO É DESTAQUE NOS CINEMAS - Marcel Plasse


O diretor Jayme Monjardim diz que deu a cara para bater ao fazer a adaptação do clássico literário “O Tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo. Foram anos de negociação com o filho do escritor, Luis Fernando Veríssimo, e muito tempo e vento dispendido nos pampas gaúchos para as filmagens. O resultado tem aquelas longas cenas de entardecer que o diretor adora, que fazem alguns elogiarem sua fotografia e outros lembrarem o visual de suas novelas. Mas o filme já se provou um fenômeno de público. Com uma estreia restrita, chegando apenas ao Rio Grande do Sul, conseguiu entrar no Top 5 nacional no fim de semana passado. Agora, expande-se para o resto do país, contando com o boca-a-boca positivo trazido pelos ventos do sul.

Duas outras ampliações e mais duas estreias ajudam a transmitir a ilusão de que as salas estarão cheias de filmes brasileiros. As estreias são “A Última Estação”, drama sobre imigrantes que abriu o Festival de Brasília do ano passado, e “Carreras”, inacreditável “thriller” sobre corridas no interior do país com cara de VHS antigo. As ampliações são o drama de relacionamento “Dores de Amor”, que tinha estreado apenas no Rio na semana passada e agora chega a São Paulo, e “Jardim Atlântico – Um Musical Brasileiro”, lançado originalmente há seis meses em Recife. Os quatro títulos ocuparão um circuito restrito.

O destaque entre as estreias limitadas, porém, é o drama israelense “Preenchendo o Vazio”, que venceu a Mostra de São Paulo do ano passado e também levou o troféu de Melhor Atriz no Festival de Veneza. Sua história de casamento arranjado, tradições e corações partidos é o programa cinéfilo da semana.

Enquanto isso, nos cinemas dos shoppings, segue-se a procissão de lançamentos comerciais, com duas estreias que tiveram desempenhos opostos nos EUA. “R.I.P.D – Agentes do Além” é um “Homens de Preto” genérico, que troca alienígenas por criaturas sobrenaturais, e foi um dos maiores fiascos do ano nos EUA. Custou US$ 130 milhões e rendeu US$ 33 milhões. Faça as contas.

Já “Família do Bagulho” é a segunda maior bilheteria de comédia do ano nos EUA – atrás apenas de “As Bem-Armadas”, lançada aqui na semana passada. Sua premissa – traficante paga prostituta e dois adolescentes para fingirem ser sua família – volta a fazer de Jennifer Aniston uma “Esposa de Mentirinha” (2011), mas o resultado não é tão engraçado quando sua popularidade sugere.

Extraído do sítio Pipoca Moderna

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