1 de novembro de 2012

FUSÃO ENTRE PENGUIN E RANDOM HOUSE CRIA MAIOR GRUPO EDITORIAL DO PLANETA


Editoras dos grupos britânico Pearson e alemão Bertelsmann anunciaram joint venture com objetivo de dividir custos e se adaptar às rápidas mudanças no mercado livreiro.

O grupo editorial britânico Pearson firmou acordo para unir sua divisão de livros Penguin com a rival Random House, que pertence à Bertelsmann, gigante alemã do setor editorial.

A Bertelsmann será dona de 53% da recém criada joint venture, a Pearson ficará com os restantes 47%. A união dará origem ao maior grupo editorial do mundo, a Penguin Random House, que terá em seu catálogo autores como Ken Follet, E.L. James e o vencedor do Prêmio Nobel de Literatura 2012, Mo Yan.

"A fusão reúne duas líderes mundiais no mercado editorial em língua inglesa com habilidades altamente complementares. Random House é a líder do mercado nos Estados Unidos e Reino Unido, enquanto a Penguin é a marca mais famosa no mundo editorial", declarou o comunicado das empresas.

Mercados emergentes

A fusão foi confirmada um dia depois de Rupert Murdoch, presidente do grupo de comunicação News Corp, ter dito em entrevista ao jornal inglês Sunday Time que a empresa poderia fazer uma oferta direta pela Penguin.

Penguin entrou no mercado brasileiro por meio de parceria com a Companhia das Letras

Além de sua forte marca no mercado editorial, a Penguin tem presença em mercados de rápido crescimento em desenvolvimento como Índia, China e Brasil, onde se tornou a primeira editora de língua inglesa a publicar clássicos em português ao entrar no mercado em 2010, por meio de uma parceria com a Companhia das Letras.

A Bertelsmann é a maior multinacional de mídia da Europa e uma das cinco maiores do mundo. Em 2012, a Random House teve um sucesso especular com a trilogia Cinquenta Tons de Cinza, de E.L. James, que só nos países de língua inglesa vendeu mais de 30 milhões de cópias – metade das quais em versão digital.

A multinacional alemã nomeará cinco diretores para o conselho da Penguin Random House; a Pearson será responsável por quatro.

"Nossa nova companhia reunirá a experiência de duas das mais bem sucedidas e sólidas editoras comerciais. Essa fusão vai criar uma casa editorial que dará aos funcionários, autores, agentes e comerciantes de livros acesso a recursos sem precedentes," disse o novo diretor executivo da Penguin Random House, Markus Dohle.

Fusão ajudará a ambos os grupos a reagirem ao rápido avanço no mercado de eBooks
Mudanças no mercado

Os grupos informaram que o empreendimento em conjunto ajudará ambos a se adaptarem às rápidas mudanças no mercado livreiro, que vem passando por transformações devido ao avanço dos livros digitais (eBooks) e à pressão de pontos de venda populares, como supermercados, pela redução nos preços.

"Juntos, os grupos poderão dividir grande parte dos custos, investir mais em autores, leitores e ser mais ousados em testar novos formatos neste universo de rápida evolução dos livros e leitores digitais," disse a diretora executiva da Pearson, Marjorie Scardino.

Ambos os grupos tiveram que investir no lançamento de livros digitais. A Random House declarou que expandiu seu programa digital para quase 42 mil títulos, aumentando substancialmente sua oferta de publicação digital. A receita da Penguin no mercado digital subiu 33% no primeiro semestre, contribuindo com quase 20% de seu faturamento.

Extraído do sítio Deutsche Welle

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