3 de novembro de 2011

O FERIADO NA 57ª FEIRA DO LIVRO

Cerca de 200 mil pessoas estiveram hoje na Feira do Livro

Conforme a Brigada Militar, cerca de 200 mil pessoas passaram pela 57ª Feira do Livro de Porto Alegre nesta quarta-feira, 2 de novembro, feriado.


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Mesa redonda aborda influência do cinema na obra de Caio F. Abreu

Uma boa combinação de cinema e literatura está nas obras de Caio Fernando Abreu. O autor gaúcho escreveu muitos contos que serviram de inspiração para adaptações no cinema. Este foi o tema da mesa redonda Caio Fernando Abreu e o cinema, realizada às 17h30, na sala dos Jacarandás, no Memorial.

O cineasta brasileiro e professor de cinema Carlos Gerbase foi um dos convidados. Ele contou sobre a sua experiência com adaptações, citando como exemplo a minissérie Memorial de Maria Moura. “Adaptações tem coisas praticas e pragmáticas, não só estéticas”, acrescentou Gerbase.

Os gaúchos Fabiano de Souza, diretor, e Bruno Polidoro, cineasta, além da astróloga, escritora e professora de literatura Amanda Costa foram os outros convidados para o debate. Juntos, eles comentaram sobre a influência dos filmes na obra de Caio Fernando Abreu até as adaptações para as telas.
Fabiano de Souza é autor do livro Caio Fernando Abreu e o Cinema: o Eterno Inquilino da Sala Escura (Editora Sulina), enquanto Bruno Spolidoro está finalizando o media-metragem Sete ondas verdes espumantes, documentário poético sobre a obra e vida de Caio Fernando Abreu, com lançamento previsto para o começo de 2012. Amanda Costa era amiga pessoal de Caio Fernando Abreu. Ela conheceu o escritor na década de 80, na Jornada de Literatura de Passo Fundo.

Saiba mais: Caio Fernando Abreu faleceu em 1996 e teve seus contos frequentemente relacionados à estética de Clarice Lispector, apresentando uma visão dramática e fotográfica do mundo moderno.

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Encontro com Humberto Gessinger lota Sala dos Jacarandás

O público jovem compareceu em peso à Sala dos Jacarandás, no Memorial, para assistir a programação das 16h com o músico e escritor Humberto Gessinger. Com o tema Letra, música & poesia: a arte da criação, o encontro resgatou momentos especiais da intimidade do cantor, além de contar ”novas velhas” histórias do grupo Engenheiros do Hawaii nunca antes publicadas.

Sobre memória afetiva e imaginação, o vocalista e líder da banda disse que costuma escrever sobre o que viveu, ”mantendo as dúvidas e assumindo os enganos”. Para Gessinger, a memória é uma confissão. “Tem que se ser muito honesto com as nossas lembranças e tratá-las com carinho”, acrescenta.

Os jovens presentes registraram o encontro com câmeras e celulares. Muitos carregavam nas mãos um ou mais livros do músico para autografar, às 17h30, na Praça de Autógrafos. Gessinger é autor de Pra ser sincero (2009), Mapas do acaso (2011) e o livro-agenda 366 variações sobre o mesmo tema (2011), todos pela editora Belas Letras.

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Padre Fábio Melo é sucesso de público no Teatro Sancho Pança

Em conversa com os leitores sobre a dinâmica das esperas e a construção do humano, o Padre Fábio de Melo lotou o Teatro Sancho Pança no final da tarde desta quarta-feira (2/11). Uma hora antes de iniciar a programação, marcada para as 19h, o público já formava a fila para entrada.

Foram distribuídas 600 senhas para o bate-papo e 400 para a sessão de autógrafos, marcada para as 20h30. Logo que apareceu no palco, ele foi aplaudido de pé. O debate teve mediação do jornalista Elton Bozzetto, da Arquidiocese de Porto Alegre.

Sobre o seu livro Tempo de espera (Editora Planeta), ele comentou que, atualmente, em função da tecnologia que deu nova dinâmica ao tempo, as pessoas são muito impacientes. “Vivo o tempo todo a necessidade de dar conta do tempo”, pontuou.

O padre falou sobre a importância de “dar significado ao presente sem esperar demais do futuro”. Para ele, “a grande dificuldade humana é articular os três tempos: passado, presente e futuro, conciliar memórias e perspectivas”.

Fábio de Melo disse que ama Porto Alegre, uma cidade que já conhecia antes mesmo de pisar. Ele teve seu primeiro contato com o Rio Grande do Sul através dos livros, quando ainda era criança e já era um leitor apaixonado por Erico Verissimo. 

Confira um trecho da participação do padre Fábio de Melo na 57º Feira do Livro de Porto Alegre.
Tempo de espera é a décima obra de autoria do padre, que também tem 13 CDs e dois DVDs.


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Material extraído do sítio da 57ª Feira do Livro de Porto Alegre