Abandonei-me ao vento. Quem sou, pode
explicar-te o vento que me invade.
E já perdi o nome ao som da morte,
ganhei um outro livre, que me sabe
quando me levantar e o corpo solte
o meu despojo vão. Em toda parte
o vento há-de soprar, onde não cabe
a morte mais. A morte a morte explode.
E os seus fragmentos caem na viração
e o que ela foi na pedra se consome.
Abandonei-me ao vento como um grão.
Sem a opressão dos ganhos, utensílio,
abandonei-me. E assim fiquei conciso,
eterno. Mas o amor guardou meu nome.
* * *
Extraído do sítio da Revista Agulha
Essa poesia,remete-me aos tempos de consultório,onde tive a espetacular experiência de poder compartilhar,outras obras desse autor maravilhoso.
ResponderExcluir... redundante, pois o autor é gaúcho ora (rs). Obrigado pela visita. Mas bah!
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