O poeta sueco Tomas Tranströmer ganhou o prêmio Nobel de Literatura de 2011.
A Academia Sueca, que confere o prêmio, justificou a escolha do escritor dizendo que "por meio de suas imagens condensadas e translúcidas, ele nos dá novo acesso à realidade".
Aos 80 anos de idade, Tranströmer é o 108º agraciado com o prestigioso prêmio, concedido no ano passado ao escritor peruano Mario Vargas Llosa.
O prêmio de quase US$ 1,5 milhão de dólares é concedido apenas a escritores vivos.
Formado em psicologia, Tranströmer sofreu um derrame em 1990, o que afetou sua fala.
As obras de Tranströmer foram traduzidas em 50 idiomas, entre eles, o português (de Portugal) e o espanhol.
Seus poemas foram descritos pela editora inglesa Publishers Weekly como "místicos, versáteis e tristes".
Há anos, tem havido especulações de que o nome do poeta estaria sendo cogitado para levar o prêmio.
Tranströmer é o oitavo europeu agraciado com um Nobel de Literatura nos últimos dez anos e o primeiro sueco a recebê-lo desde 1974, quando os escritores Eyvind Johnson e Harry Martinson dividiram a honraria.
Nascido em abril de 1931, em Estocolmo, Tranströmer formou-se em psicologia em 1956 e mais tarde trabalhou em uma instituição para jovens infratores.
Sua primeira coletânea de poemas, intitulada Dezessete Poemas, (em tradução literal) foi publicada quando ele tinha 23 anos.
Em 1966, o poeta ganhou o prêmio Bellman, um entre muitos que viria a receber no decorrer de sua vida.
Em 2003, um dos seus poemas foi lido durante uma cerimônia em memória de Anna Lindh, a ministra sueca das Relações Exteriores, que morreu assassinada.
Histórias de Marinheiros - Tomas Trantömer
Há dias de inverno sem neve em que o mar é parente
de zonas montanhosas, encolhido sob plumagem cinza,
azul só por um minuto, longas horas com ondas quais pálidos
linces, buscando em vão sustento nas pedras de à beira-mar.
Em dias como estes saem do mar restos de naufrágios em busca
de seus proprietários, sentados no bulício da cidade, e afogadas
tripulações vêm a terra, más ténues que fumo de cachimbo.
(No Norte andam os verdadeiros linces, com garras afiadas
e olhos sonhadores. No Norte, onde o dia
vive numa mina, de dia e de noite.
Ali, onde o único sobrevivente pode estar
junto ao forno da Aurora Boreal escutando
a música dos mortos de frio).
Ler também: Nobel de Literatura 2011 assistiu a leitura de poemas em vez de dar tradicional palestra
Extraído do blog Alfabeto
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