3 de julho de 2013

O HERMITAGE IRÁ SE TORNAR AINDA MAIOR - Olga Bugrova

RIA Novosti

O maior museu da Rússia, o Hermitage de São Petersburgo, está a realizar, inserido no seu 250º aniversário, que se comemora no próximo ano, um projeto de desenvolvimento que tem o nome de “Grande Hermitage”.

Este projeto foi aprovado pelo governo da Federação Russa e deverá estar concluído em 2022. Se tudo correr bem, o Hermitage irá se transformar no melhor museu do mundo, afirma o ministro da Cultura da Rússia, Vladimir Medinsky.

Hoje, o Hermitage de São Petersburgo faz parte dos cinco museus-gigantes mundiais, mas isso não invalida a continuação do seu desenvolvimento e mesmo o seu alargamento.

É verdade que o seu acervo conta com mais de três milhões de obras, no entanto o ministro Medinsky prometeu que no próximo ano serão adquiridos mais alguns quadros para o museu aniversariante.

O Hermitage ocupa sete edifícios amplos, que são, por si só, excelentes monumentos da arquitetura palaciana, mas isso não quer dizer que o museu deixe de se multiplicar por novas filiais na Rússia e no estrangeiro. Hoje, o Hermitage conta com três filiais, incluindo o famoso Hermitage no Amstel, em Amsterdã, que brevemente passarão a oito, incluindo os “satélites do Hermitage” letão e espanhol.

Tudo isso, e muito mais, é proposto pelo programa de desenvolvimento “Grande Hermitage”. O diretor do museu, Mikhail Piotrovsky, falou sobre as vantagens desse projeto:

“Nós criamos um conceito dinâmico para um museu global muito ativo. O conceito engloba duas componentes que se autoexcluiriam à partida. São elas a preocupação pela conservação e a preocupação pela acessibilidade da coleção. Nós propomos um modelo à escala global que permita conjugar ambos os aspetos.”

Esse modelo inclui, na realidade, uma estrutura aparentemente auxiliar do museu como é o fundo de reserva. O Hermitage tem o maior fundo de reserva do mundo, que se encontra num dos bairros históricos de São Petersburgo e funciona pelo princípio do “armazenamento aberto”. Ou seja, está acessível ao público, continua Mikhail Piotrovsky:

“Aqui temos salas de exposição, auditórios e um parque, ou seja, isto praticamente não é um acervo armazenado, mas uma verdadeira filial do Hermitage.”

Em princípio, o Hermitage tenta exibir as suas riquezas ao maior número possível de pessoas. Mais do que isso, manter as pessoas no museu durante mais tempo, talvez incluindo uma sala de cinema para mostras de cinema não-comercial. Essa é, nomeadamente, a ideia apresentada pelo realizador Alexander Sokurov, que filmou no Hermitage o seu filme “A Arca Russa”.

Ainda existe um outro caminho: o desenvolvimento da vertente virtual, explorar o espaço da Internet, tão do agrado da juventude, promover o site do Hermitage, criar bibliotecas digitais, televisão online, blogs e demais formas tecnológicas de comunicação. Aliás, a ideia da virtualização do Hermitage foi apoiada pelo ministro da Cultura russo, Vladimir Medinsky:

“Nós já temos em funcionamento vários museus virtuais, cerca de trinta, em diversas fases de desenvolvimento, porque o nível de virtualização não tem limites. Nós esperamos que este museu venha a ser o melhor do mundo.”

Mas, por enquanto, o elemento essencial, e também o mais dispendioso, é a reconstrução e o restauro do edifício do Estado-Maior na praça Dvortsovaya, que foi entregue ao museu e onde antigamente estava instalado o Estado-Maior das Forças Armadas do Império Russo. Esses trabalhos já estão quase terminados e nalguns salões já foram inauguradas exposições. Até à comemoração do aniversário, aqui deverá ficar instalada a arte russa e europeia dos séculos XIX-XX, assim como o Museu das Condecorações, o Museu da Guarda e o Museu Fabergé.

Extraído do sítio Voz da Rússia

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