Esconderijo foi encontrado após retirada de uma parede da biblioteca.
Foto: Ilia Varlamov. |
Nos calabouços da biblioteca do Museu Politécnico foi encontrado um verdadeiro tesouro – um depósito secreto de livros e revistas antigos. Quando, quem e, o mais importante, por que motivo alguém escondeu as publicações ninguém sabe, mas todos os livros são de valor único e sem precedentes não apenas como antiguidade, mas também do ponto de vista do conhecimento científico que eles contêm.
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A maior parte dos livros do "tesouro", como o esconderijo foi chamado pelos funcionários, entrou na biblioteca do Politécnico através de um depósito público que mantinha todas as coleções privadas nacionalizadas. Ex-proprietários nobres de alguns livros podem ser localizados de acordo com antigos livreiros. Assim, em um catálogo completo de aves na língua francesa, estão registrados desenhos dos famosos comerciantes Mámontov.
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Dos livros em russo, merece atenção especial o tomo "As Forças Produtivas da Rússia", sobre todas as fábricas em todos os setores. "Quando você lê um livro desses você entende que tudo prosperou no nosso país, e houve tanto progresso. Progresso que talvez não tenha acontecido em vários países ocidentais", comenta Olga Plechkova, bibliotecária-chefe do espaço.
Datado de 1906, o livro de história do estudante do segundo ano do ginásio Serguêi Tchelnokov conservou uma vida antiga subterrânea. Dentro, folhas foram acondicionadas com as anotações a lápis do menino. Nelas, vê-se claramente que a princípio ele começara a escrever uma lição ou a fazer anotações, e quando se cansou, ele desenhou alguma coisa e ficou exercitando a escrita do nome do comandante Barclay de Tolly.
Após essa descoberta maravilhosa no porão da biblioteca, foi encontrada ainda outra parede de madeira compensada. Ela foi quebrada sem demora, e foram achados dois nichos também cheios até o teto de periódicos estrangeiros do século 19 – revistas sobre a história da ciência e da tecnologia, sobre as artes e arquitetura. "Agora nós podemos não apenas complementar a nossa coleção de periódicos, mas também substituir as revistas copiadas sem valor por aquelas encontradas no esconderijo", conta Svetlana.
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Nos tempos soviéticos, a biblioteca fazia parte do Comissariado de Educação do Povo.
Ela organizava exposições relacionadas a todos os avanços científicos e tecnológicos do país, de "Literatura popular científica sobre a agricultura" a "Engenharia da luz".
A biblioteca recebeu exemplares de leitura obrigatória sobre ciência e tecnologia, publicados na Rússia. Hoje, nos arquivos, absolutamente todos os livros sobre história da ciência e tecnologia têm sua versão escrita em russo.
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Não ficou nenhuma evidência de que a gerência da biblioteca ou o governo soviético deu uma diretriz específica para destruir os livros. Mas talvez por medo de perder essas publicações valiosas, os funcionários do museu decidiram escondê-las. Segundo Kukhtévitch: "Nós ficávamos imaginando que em algum lugar na biblioteca poderia ter um esconderijo com livros, mas não sabíamos onde. A antiga diretora trabalhou aqui 30 anos e não encontrou nada". Os bibliotecários têm em mente ainda um lugar onde pode haver outro esconderijo.
Extraído do sítio da Gazeta Russa
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