A Associação Portuguesa de Editores e Livreiros suspendeu a edição 2013 da Feira do Livro, alegando falta de meios financeiros. A câmara do Porto anunciou um evento alternativo, para julho.
Foto: Artur Machado/Global Imagens
A dúvida manteve-se durante alguns meses mas foi esclarecida, esta quinta-feira. Em comunicado, a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) afirma que "não é possível a realização da feira nas mesmas condições de dignidade e qualidade dos anos anteriores".
O protocolo entre a Câmara Municipal do Porto (CMP) e a APEL, que vigorou nos últimos quatro anos, chegou ao fim e, sem acordo, não há apoio financeiro que permita "aos livreiros e editores participarem no evento", argumentam aquela associação.
O prazo "possível para a concretização da Feira do Livro" foi também ultrapassado, o que tornou inviável, desde logo, a realização do evento na cidade do Porto, este ano.
Também em comunicado, a CMP já reagiu. O executivo de Rui Rio diz que "compreende e lamenta a decisão da APEL" e assegura ter "já em preparação uma iniciativa que permita, no próximo mês de julho, proporcionar aos portuenses um evento de lazer e cultura que colmate, na Avenida dos Aliados, esta suspensão da Feira do Livro".
Para a realização da feira era necessário "a manutenção do apoio financeiro" da CMP, no mesmo montante , a aposta num programa "cultural mais forte", defende a APEL, que pretendia, ainda "a regularização do pagamento da dívida em atraso", bem como a mudança da data do evento para "um mês mais tarde".
A Câmara do Porto diz ter "comunicado à APEL que era inviável o apoio financeiro excecional nos mesmos moldes e valores do que fora pago nas últimas quatro edições da Feira do Livro".
A autarquia recorda o acordo feito em 2009 com a APEL para "o regresso da Feira do Livro à Av. dos Aliados", tendo para o efeito celebrado um protocolo no valor de 300 mil euros, repartidos ao longo de quatro anos, destinados ao investimento em novos equipamentos.
A APEL diz que a Câmara do Porto considera a feira como "uma atividade comercial com fins lucrativos para os livreiros e editores" e, como tal, apenas mostrou disponibilidade de apoiar o evento através da cedência de espaço e da "isenção de taxas camarárias".
A APEL reforça a vontade de recuperar a Feira do Livro para os portuenses "com qualidade e dignidade".
Extraído do sítio Jornal de Notícias
Extraído do sítio Jornal de Notícias
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