Como não poderia ser diferente, o ano de 2012 teve grandes estreias no cinema. Houve belas surpresas surgidas de filmes pouco comentados, como Holy Motors, do diretor francês Leos Carax. Outros muito aguardados, a exemplo do novo Batman, não decepcionaram. Teve até polêmica envolvendo deputado que pedia censura do filme Ted. Confira alguns destaques.
No início do ano, dois ótimos filmes sobre a magia do cinema estrearam por aqui. O longa-metragem francês O Artista, de Michel Hazanavicius, transporta o telespectador à década de 20, quando o cinema mudo dá lugar ao cinema falado. O filme retrata a angústia de um ator de cinema mudo em declínio por não acompanhar as mudanças trazidas pelo cinema falado. Mudo e em preto e branco, o filme foi o grande vencedor do Oscar 2012, levando cinco estatuetas, incluindo a de Melhor Filme e Melhor Diretor.
Já em A Invenção de Hugo Cabret, o diretor Martin Scorsese se aventura pela primeira vez em um filme infantil – mas o belo trabalho de Scorsese não agrada apenas ao público infantil. O filme – repleto de nostalgia, mostra a magia das primeiras projeções e recebeu o maior número de indicações ao Oscar.
No último trimestre do ano estreou por aqui o surreal Holy Motors. O filme acompanha um homem que divide suas existências vivendo diferentes vidas - empresário, mendigo, assassino, pai de família, para citar alguns. Difícil de ser interpretado, é o tipo de filme que deixa o espectados com muitas perguntas e pouquíssimas respostas. Esta característica é um dos baratos do filme, pois passa longe da mastigada formula hollywoodiana. Na sua estreia em Cannes, o filme foi recebido com estranheza, mas também entusiasmo. Holy Motors é "um pouco de ficção científica sobre como é viver no mundo real", descreveu Carax.
Cena do filme Holy Motors |
A comédia politicamente incorreta Ted, gerou polêmica, depois que o deputado federal Protógenes Queiroz afirmou que iria entrar na Justiça a fim de impedir o filme de ser exibido no país. Após levar o filho ao cinema para assistir ao filme, o deputado escreveu indignado, em seu twitter, acusando-o de “incentivar o uso de drogas”.
Urso de pelúcia aprecia maconha, cerveja e garotas no filme 'Ted' |
Ted mostra um ursinho de pelúcia que ganha vida graças ao desejo de um menino solitário. O pedido se realiza e com o passar do tempo Ted se torna um ursinho adulto. E é este detalhe que rende boas risadas no filme. É engraçadíssimo ver a adorável figura de um ursinho de pelúcia já adulto, desbocado, beberrão e fumante de maconha.
O ano também contou com estreias de franquias já conhecidas do público. Destaque para o elogiado Batman – O Cavaleiro das Trevas Ressurge, último da trilogia. A estreia de Amanhecer – Parte 2, marcou o fim da série de cinco filmes ‘Crepúsculo’, febre entre os adolescentes. Também estrearam por aqui O Espetacular Homem-Aranha, Homens de Preto 3, Resident Evil 5, American Pie: O Reencontro, Os Mercenários 2 e Alvin e os Esquilos 3.
Festival do Rio
Os cariocas ainda puderam aproveitar o Festival do Rio 2012, que transformou a cidade na capital oficial do cinema entre 27 de setembro a 11 de outubro. A sexta edição do festival trouxe 400 filmes de 60 países, exibidos em 30 locais e 25 salas de cinema.
O longa-metragem O som ao redor, do pernambucano Kleber Mendonça Filho, foi o ganhador do Troféu Redentor de melhor longa-metragem de ficção da Première Brasil, a mais importante mostra do festival. O filme mostra um grupo de moradores de classe média no Recife que têm suas vidas mudadas com a chegada de uma milícia que oferece serviço de proteção.
Premiado também nos festivais de Gramado e na 36ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, além dos festivais internacionais de Copenhage e Roterdã, O som ao redor foi incluído na lista dos dez melhores filmes do ano pelo New York Times.
Cena do premiado filme nacional O Som ao Redor
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"Em seu primeiro lançamento, 'Mr. Mendonça', um ex-crítico de cinema, faz crônica do ritmo diário da vida em um próspero condomínio de apartamentos na cidade litorânea brasileira do Recife. O que surge é um retrato sutil de uma sociedade em meio a uma rápida transformação social, ainda assombrada pela crueldade do passado feudal", descreveu o crítico Anthony Oliver Scott no "New York Times".
Extraído do sítio Jornal do Brasil
Extraído do sítio Jornal do Brasil
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