Foto: RIA Novosti |
A passagem do 100º aniversário da fundação do Museu de Belas Artes Pushkin será assinalada com um gala-concerto a realizar em 31 de maio no palco do lendário Teatro Bolshoi de Moscou.
"O Museu é como se fosse para mim um irmão mais velho", - dizia Maria Tsvetaeva a ilustre poetisa russa e a filha do fundador do Museu de Belas Artes, Ivan Tsvetaev. O professor catedrático Tsvetaev, pelos vistos, nem podia imaginar que magníficos frutos teria a sua obra ao cabo de 100 anos. Todavia, gostava de repetir: "O nosso papel é como o de um jardineiro velho que planta árvores a crescerem no século seguinte." E acontece que este século seguinte ficou mais do que beneficiado. A Pequena Exposição de Belas Artes e Antiguidades, fundada por Tsvetaev na Universidade de Moscou se transformou numa das maiores coletâneas de obras de arte mundial.
Nos dias de hoje, o Museu Pushkin conta com mais de 670 mil obras de pintura, artes plásticas e gráficas, achados arqueológicos e moedas de coleções numismáticas. Aliados ao Museu operam várias oficinas de restauro e uma das melhores bibliotecas da capital russa. O Museu, por sinal, ocupa várias instalações, embora o prédio principal mais bonito fosse construído em estilo clássico antigo há mais de 100 anos. Ao lado do edifício se situam a Galeria dos Países da Europa e da América, a Secção de Coletâneas Particulares e o Centro Infantil Museion. Há mais duas filiais, incluindo a Casa Memorial do grande pianista russo, Sviatoslav Richter. Enfim, hoje em dia, o Museu de Belas Artes pode ser designado de um local de encontro e diálogo de culturas, afirma a sua diretora lendária Irina Antonova que o dirige há mais de meio século e que é 10 anos mais nova do que o Museu.
"Para dizer verdade , nunca na minha vida estive tão ocupada como agora. A razão é simples – assinalamos o 100º aniversário da fundação do Museu e, como é obvio, temos projetos ambiciosos de curto prazo. Por outro lado, temos que refletir bem e, sem esquecer o passado, pensar no futuro."
Na foto: Museu no ano 1971. Foto: RIA Novosti |
"Prefiro a organização de exposições ao exercício das funções de dirigente, confessa Irina Antonova a acrescentar que intervém no processo de conceitualização, preparação e distribuição de amostras no âmbito de cada certame, sendo esse o seu trabalho predileto."
Cumpre referir ainda que, nos 100 anos da existência, no Museu de Belas Artes foram promovidas mais de 1200 exposições a exibirem objetos dos acervos próprios, de coletâneas estrangeiras e de museus russos. Moscovitas puderam apreciar tesouros do tumulo de Tutancâmon, a Madona Sistina de Rafael e a mais notável obra de Leonardo da Vinci - Mona Lisa, as obras da autoria de Caravaggio e Rembrandt. A arte do século XX foi representada mediante os quadros dos pintores gênios da época contemporânea – Amadeo Modigliani, Salvador Dali, Pablo Picasso e futuristas italianos. Segundo Irina Antonova, um dos pratos fortes deste ano será a exibição de algumas obras do modernista Le Corbusier. Referindo-se à correlação das obras clássicas e vanguardistas, Irina Antonova chama atenção para um aspecto seguinte.
Nos dias de hoje, o Museu Pushkin conta com mais de 670 mil obras de pintura, artes plásticas e gráficas, achados arqueológicos e moedas de coleções numismáticas. Foto: RIA Novasti |
Deste modo, o Museu de Belas Artes entra no segundo século da sua existência caminhando a passo largo e se tornando cada vez mais aberto e acessível a todos, conforme sonhavam os seus fundadores. As amostras digitais vêm enchendo o espaço virtual, enquanto que as cópias reais de quadros e esculturas se preparam para preencher o espaço subterrâneo, devendo servir de revestimento para uma estação de metro em vias de construção ali perto. Ao que parece, dentro de cinco anos, o Museu transformar-se-á em uma área espaçosa a abranger algumas quintas vizinhas e a ocupar novas instalações super-modernas. Tal será o seu aspecto no início do século XXI.
Extraído do sítio Voz da Rússia
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