O projeto do prefeito Mike Bloomberg deveria ter estreado no ano passado, mas falhas técnicas e os estragos provocados pelo furacão Sandy, atrasaram o lançamento.
O CitiBike oferece seis mil bicicletas distribuídas em 330 estações em Manhattan e Brooklyn. Ele já tem mais de 10 mil usuários cadastrados.
O lançamento oficial do sistema será no próximo domingo (02/06) sendo que a maioria das estações para bicicletas azuis já foram instaladas em Manhattan e no Brooklyn.
Apesar do beneficio que o sistema irá oferecer a cidade e as pessoas, alguns comerciantes criticam o sistema e acusam as estações de diminuir o espaço para o estacionamento de carros e de dificultar o acesso a ambulâncias e carros de bombeiros.
O fato do sistema ser patrocinado por um banco, o Citibank que deu nome ao projeto, também gera algumas críticas. O prefeito Mike Bloomberg se defende afirmando que está implementando um novo sistema de transporte, sustentável e não poluente, a custo zero para o contribuinte de Nova York.
A cidade tem 1.440 mil quilômetros de ciclovias, que dividem espaço com grandes avenidas. A cada ano surgem novos 80 quilômetros de faixas exclusivas para ciclistas.
Nova York se tornará a terceira cidade do mundo em número de bicicletas para uso livre, atrás de Hangzhou (China), com 60.000, e Paris, com 20.000.
O princípio é o mesmo daquele na maioria das outras cidades onde o sistema foi adotado: a pessoa compra um bilhete diário ou semanal ou uma assinatura anual para trajetos limitados a 30 ou 45 minutos. Se a bicicleta for usada além deste tempo, paga-se um valor adicional.
Quem se inscreve no programa paga uma taxa anual de US$ 95, cerca de R$ 200, mas é possível alugar por dia: 45 minutos saem pelo equivalente a R$ 20.
Por incrível que pareça, há muitas pessoas que não sabem andar de bicicleta.
Com o intuito de estimular a inclusão destas pessoas, estão sendo oferecidos cursos gratuitos de ciclismo pela associação "Bike New York" e já não há mais vagas disponíveis.
Após duas horas, já é possível ver os estreantes pedalando igual a profissionais.
Depois de ter experimentado uma bicicleta azul, David Dartley, um artista de 38 anos ficou encantado e está disposto a utilizá-la para todos os seus deslocamentos profissionais curtos em Manhattan.
"É melhor que o táxi ou o metrô. E também poderia sair para tomar uns drinques nos bares à noite sem ter que me preocupar em voltar com a bike, pois a deixaria lá", explicou.
Alguns ainda têm dificuldade em se imaginar pedalando em meio à maré diária de táxis amarelos, mas David é otimista.
"As pessoas têm muita imaginação. Pode dar medo, mas quando há tantas bicicletas, os veículos vão ter que se acalmar um pouco e todo mundo ficará mais seguro, inclusive os pedestres", assegura.
Elizabeth Haddad, uma escritora de 26 anos, está mais preocupada, mas também disse que quer tentar: "Vou usar um capacete, vale a pena".
Elizabeth teve sua bicicleta roubada há pouco tempo e sente-se feliz com a chegada do programa.
"Usei na França e foi realmente muito bom", explicou, acrescentando que só lamenta que as 'bikes' nova-iorquinas não tenham a cestinha na frente como as francesas.
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