Pintura linda do meu Recife |
o pensamento, leve como as acácias
que o vento distribui pelas calçadas
e as leva passeando a água dos rios.
Que paz derrama a luz na roupagem
das pontes, na magreza dos mocambos
na distância afogante dos subúrbios
insinuando morte e carnaval.
Recife. Luz fugindo, se apagando
Recife. Céu tão claro, céu tão perto
(a alma noturna bóia-me nos dedos).
Recife pendurado nos meus olhos
eu beijo a tua noite nos meus sonhos
e planto o meu destino nos teus mares.
Zila Mamede in Salinas, 1958
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