26 de novembro de 2012

SUL-AFRICANOS PRODUZEM VINHO 'MANDELA' COM UVAS DE ONDE EX-LÍDER FICOU PRESO

Uma vinícola sul-africana começou a produzir vinho a partir de uvas cultivadas em Robben Island, a ilha na qual o primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, passou 18 anos detido na época do apartheid (1948-1994).

Videiras ficam em canto de pátio da prisão de Robben Island (BBC)

Em um canto do pátio onde Mandela se exercitava estão as videiras e o que sobrou de um pequeno jardim que ele próprio costumava cuidar.

Depois de anos de negociações, voluntários da vinícola estão, agora, cuidando das videiras.

O vinho branco resultante já passa por testes. Em breve, dois tipos de vinho, um doce e outro espumante, serão leiloados.

Os lucros irão para as famílias de ex-prisioneiros políticos e para um projeto dos funcionários da vinícola, que receberam um pedaço de terra para cultivar.


Extraído do sítio BBC Brasil

AGATHA CHRISTIE CONTA O QUE É PRECISO FAZER PARA DESCOBRIR O ASSASSINO EM SEUS LIVROS - Camila Nogueira

A Rainha do Crime lembra que um inglês arrogante jamais esfaqueia doze vezes. Talvez três.

"Na verdade, deve-se suspeitar de todo mundo até o último minuto."

O teólogo e escritor Ronald Knox escreveu uma lista de regras do romance policial. Eram várias, e em geral consistentes. Mas Agatha Christie provou que, ao quebrá-las (contato que houvesse sensatez e verossimilhança), uma escritora de mistério poderia se elevar ainda mais em sua esfera literária. Consagrada como uma brilhante arquiquebradora de regras, Christie enganou seus leitores de modo audacioso em muitos de seus romances mais famosos. Por isso, a escolhemos para ser a primeira representante feminina de nossa série de Conversas com Escritores Mortos.

Mrs. Christie, o que a levou a escrever sobre assassinatos?

Dizem que o mundo todo ama o amor – transporte esse ditado aos assassinatos e terá uma verdade infalível. Ninguém deixa de se interessar por um assassinato.

Então assassinatos são mais empolgantes do que roubos?

Parafraseio P.D. James: o mistério central de uma história policial não precisa de fato envolver uma morte violenta, mas o assassinato continua sendo o crime supremo e traz um peso atávico de desprezo, fascinação e medo. É provável que os leitores fiquem mais interessados em saber qual herdeiro batizou com arsênico o chocolate noturno de tia Ellie do que em quem roubou seu colar de diamantes enquanto ela estava tranquilamente de férias em Bournemouth.

De fato. É curioso pensar, Mrs. Christie, que seus dois principais detetives (Miss Marple e Hercule Poirot) têm certa idade. Isso não os prejudica no momento de seguir suspeitos, ou qualquer coisa desse tipo?

Jane Marple e Hercule Poirot não correm atrás de suspeitos. Para investigar um mistério, você não precisa resignar-se a gelar os pés na lama, a tremer de frio quanto se queima por dentro – a prudência e o autocontrole são muito mais úteis do que a impulsividade e a energia. Ao correr desgovernadamente atrás de assassinos em potencial, você pode derrubar as pobres vendedoras de rua, espalhando as maçãs de seus cestinhos…

Como devemos investigar, então?

Investigue de uma poltrona confortável, tomando um bom chocolate quente com marshmallows, deixando que as coisas sigam seu curso – e exercitando suas pequenas células cinzentas.

Alguma dica em relação a como identificar um assassino?

Os assassinos são ou muito tímidos ou muito sedutores.

Então devemos suspeitar dos tímidos e dos sedutores?

Na verdade, deve-se suspeitar de todo mundo até o último minuto.

O que podemos fazer para descobrirmos o assassino em seus livros?

É simples, vá por eliminação. Por exemplo, é impossível, realmente impossível, que um honrado, tolo e arrogante inglês esfaqueie um inimigo 12 vezes. Duas vezes, no máximo três – nunca doze. É importante se lembrar que nem mesmo os narradores ou os cadáveres estão livres de suspeita.

Às vezes eu imagino se Miss Marple não era bem parecida com a senhora. A senhora, mrs. Christie, aprecia a arte da fofoca?

Com entusiasmo! Mexericos maliciosos são inoportunos e indelicados, mas em geral verdadeiros.

Compreendo. Para finalizar, mrs. Christie, eu gostaria de saber se a senhora acha que há algum tipo de padrão de comportamento humano?

Na verdade, todo mundo é muito parecido. Muitas pessoas (acho que a maior parte das pessoas) não me parecem ser nem boas, nem más, mas apenas bastante tolas e devemos agir com elas baseados em suas personalidades.

Como assim?

Quando pensamos que, em cada dez pessoas que encontramos, pelo menos nove poderiam ser induzidas a agir da maneira que quisermos, apenas pela aplicação do estímulo correto! Há os homens arrogantes – grite mais alto do que eles e eles obedecerão. Há os homens contraditórios – intimide-os na direção oposta àquela que você quer que eles sigam. E há os impressionáveis, que viram um automóvel porque ouviram uma buzina, o carteiro porque ouviram um barulhinho na caixa e assim por diante – pode ouvi-los, mas não os leve a sério.

Extraído do sítio Diário do Centro do Mundo

CURITIBA ESTÁ PRONTA PARA O NATAL 2012

Palácio Avenida – Foto: Divulgação/Curitiba Capital do Natal

Influenciada pela imigração europeia, Curitiba (PR) é conhecida por ser uma cidade cosmopolita e moderna, com grande fluxo de turistas de negócios. Porém, nos meses de novembro e dezembro, a cidade se enfeita com cores e luzes, tomada pelo clima de Natal.

Vários eventos se tornaram tradição na capital paranaense, como a apresentação do Coral HSBC, feiras, concertos e a montagem de presépios pela cidade. Isso tudo reunido deu origem ao título “Curitiba, capital do Natal”.

A partir do dia 30 desse mês, os turistas e moradores poderão acompanhar a apresentação natalina mais tradicional da cidade: o Coral do Palácio Avenida, com o espetáculo “Vem Sonhar com a gente”. De acordo com a organização, serão nove apresentações, com a participação de 160 crianças.

Também são realizados concursos de decoração de Natal, tanto para a área comercial quanto para a população em geral. Na Rua Professor João Soares Barcelos, acontece o concurso para a população.

Aproveite o recesso de final de ano e não perca a oportunidade de conhecer uma Curitiba diferente. Acesse o site e saiba mais detalhes sobre a programação.

Extraído do sítio Portal Bragança

25 de novembro de 2012

GRAMADO, NO RIO GRANDE DO SUL, VIRA A CAPITAL BRASILEIRA DO NATAL - Valeska Mateus

A cidade inteira se envolve nas celebrações, que incluem shows, desfile, encenações e decoração iluminada.

O grande Desfile de Natal de Gramado. Foto: Cleiton Thiele/SerraPress.

Magia, sonho e história. Assim é o "Natal Luz", de Gramado, a maior festa natalina do Brasil, que recebe cerca de um milhão e meio de turistas do país inteiro e de outras nacionalidades. Este ano, tem como tema "A arte que celebra a vida".

Passear por um cenário urbano de natal, topar com papais-noéis a todo o momento e por toda parte, entrar em uma árvore de natal gigantesca e cantante, ver neve cair em pleno verão brasileiro e assistir a uma encenação sobre um lago são alguns dos acontecimentos inusitados que deslumbram os visitantes de Gramado entre novembro e janeiro.

"O Natal é a celebração do nascimento de Cristo, união, partilha, alegria, luz, cor e sons e encontrei tudo isso em Gramado. Foi um impacto ver a cidade todinha decorada e preparada para me receber. É uma sensação de plenitude, alegria, com o clima de natal permanecendo todos os dias. Seria interessante guardar essa imagem por todo o ano, dentro da gente", comenta a professora Regina Célia Bula.

Criado há 27 anos para estimular o turismo fora da temporada de inverno, o "Natal Luz" virou uma tradição na cidade de colonização europeia e envolve todos os moradores e comerciantes. Desde as crianças, que recolhem material reciclável e garrafas pets para produção da decoração sustentável, em um projeto desenvolvido nas escolas, passando pelos artesãos, que produzem os enfeites, até os artistas e figurantes da população, que atuam nas atrações culturais.

"O envolvimento é total. Não existe uma só família que não tenha um integrante participando do evento. São 2 mil pessoas trabalhando, em uma cidade com 32 mil habitantes. Além da mão de obra extra que é absorvida na gastronomia, hotelaria e no comércio para atender a esse fluxo turístico", ressalta Rosa Helena Volk, Secretária de Turismo de Gramado e coordenadora do 27º Natal Luz.

Consulte

Toda a agenda do Natal Luz, que vai até o dia 13 de janeiro, está disponível no site oficial www.natalluzdegramado.com.br.

Extraído do sítio do Jornal A Cidade

SÓ A ARTE PODE SALVAR (O QUE RESTA DA) REVOLUÇÃO EGÍPCIA, DIZ GRAFITEIRO

Mohamed Fahmy, conhecido mundialmente como "Ganzeer", defende uma "revolução cultural massificada" no país árabe.

Obra do artista egípcio Ganzeer em muro no Cairo. "A pós-revolução no Egito é muito preocupante", afirma o jovem cartunista

Passada a Primavera Árabe, o Egito está mais para Cinderela que para Cleópatra - é o que sugere em entrevista exclusiva a Opera Mundi por email, do Cairo, um dos grandes cartunistas do país, o jovem Ganzeer, autor de algumas das imagens mais emblemáticas da Revolução Egípcia. Detido pelo regime, ele deu a volta por cima, e, depois de espalhar seus desenhos irônicos e ácidos pelo Cairo, ganha agora a atenção de galerias e centros culturais de capitais europeias, reconhecido no mainstream como uma das expressões mais genuínas da onda que varreu o Oriente Médio em 2010, unindo política e arte pop de qualidade.

A visão do jovem artista sobre o momento atual que o Egito atravessa não é das mais otimistas. É como se a Cinderela da nossa história, depois de ter o dedo picado na roca da ditadura e adormecer 30 anos sob o julgo de um tirano, despertasse para um casamento com a democracia, marcado pela euforia do que parecia ser um final feliz. Mas o leitor dessas histórias bem sabe que, findo o livro, a moça do conto cor de rosa passa a viver uma vidinha morninha, num cotidiano de monotonia e frustração.

"A pós-revolução no Egito é muito preocupante. Acho que nós cometemos um erro ao fazer um tipo de meia revolução. Agora, com a maioria da sociedade um pouco cansada dos protestos e de tudo isso, querendo apenas voltar à rotina de normalidade, a Irmandade Muçulmana e os partidos salafistas estão realmente se envolvendo no processo de tomada das decisões que vão moldar a vida no Egito pelos próximos anos. Isso é assustador", diz.

É como se o povo egípcio tivesse se deitado com a musa peituda da Revolução Francesa - como num quadro de Delacroix -, mas acordasse ao lado de um militar de bigode, que dorme de coturno e toda noite troca o sexo pela leitura fervorosa do Corão. A vitória da Irmandade Muçulmana na primeira eleição livre pós-Mubarak foi como um cinto de castidade na princesa do romance. Agora, as chaves dessa tranca estão nas mãos dos militares e de um obscurantismo religioso que ainda não mostrou sua face inteira. Triste fim, o dessa Cinderela do deserto.

A descrição coincide com uma das obras mais famosas de Ganzeer. Com um apelo erótico apenas sugerido, a chamada "Máscara da Liberdade" mostra um rosto humano atado caprichosamente por cintas semelhantes a um cabresto de cavalo.

O artista veste a própria obra, "Máscara da Liberdade", durante manifestação no Cairo

Apesar das pequenas asas na lateral, sugerindo certa liberdade de pensamento, a cabeça permanece com os olhos vendados e um objeto algo masoquista enfiado na boca. É o cinto de castidade do pensamento egípcio. "Disponível por tempo ilimitado", diz a legenda.

Mas há solução, aposta o cartunista. E ela pode estar onde menos se espera. "O próximo passo tem de ser inspirar em uma revolução cultural no Egito. Se tivermos produções artísticas de altíssimo nível que atinjam as massas em todo o país, não será possível decisões políticas que contradigam esta nova cultura inovadora. Para que isso possa realmente se tornar realidade, é preciso que sejam tomadas ações rapidamente. Muito dinheiro e estratégia devem ser alocadas para estas produções. Eu estou tentando fazer a minha parte, com meus recursos limitados", afirma Ganzeer.

Não seria errado pensar que haja um traço exagerado de otimismo e ingenuidade na mensagem acima de Ganzeer ... a menos que você saiba quantas montanhas ele moveu na Primavera Árabe, apenas com seus desenhos, com otimismo e com o que muitos poderiam ter chamado também de ingenuidade.

Ganzeer foi responsável pela produção de páginas que se transformaram em verdadeiros manuais de combate para os manifestantes, num momento em que poucos acreditavam que seria possível abalar o regime. Com desenhos esquemáticos e monocromáticos, de fácil reprodução, estes manuais se espalharam pelo Cairo como um vírus. Eles continham dicas de como se proteger de gás lacrimogêneo, como proteger-se de golpes de cacete e ... como contra atacar. Os manuais mostravam mapas do centro do Cairo, rotas de fuga, pontos de encontro e outras informações cruciais para os jovens que estavam na linha de frente do movimento.

"Corrente"

"Eu sou apenas um elo, como numa corrente de bicicleta", se define Ganzeer, nome que significa "corrente" (o nome "verdadeiro" é Mohamed Fahmy). "Os elos mantêm a corrente da bicicleta unida. Por meio dessa simples conexão, a bicicleta pode continuar se movendo, ainda que a corrente não seja o componente instigador do movimento inicial". É assim que ele define seu próprio papel na Primavera Árabe, quando a coisa toda parecia mais com o prenúncio de um novo dia radiante do que com esse amanhecer nublado de agora, que nunca acaba.

As pedaladas artísticas de Ganzeer encorajaram milhares de egípcios nos dias mais difíceis da Revolução.

O artista chegou a espalhar pela cidade milhares de retratos estilizados de jovens desaparecidos ou mortos pelo regime, tornando visível um drama que, de outra forma, estaria soterrado sob o pânico e o desamparo de vítimas impotentes.

Agora, passado o momento mais tenso, Ganzeer desfruta das consequências agradáveis do relativo sucesso. Sua fama cruzou fronteiras. Na Europa, Ganzeer tornou-se conhecido, com mostras, entrevistas e uma verdadeira onda de culto criada em torno de sua obra.

Brasil

Os ventos do sucesso trouxeram seus desenhos a Porto Alegre e São Paulo este ano, com a mostra "Expressões da Revolução". Primeiro, o produtor cultural Demétrio Portugal, do Matilha Cultural, realizou em junho uma grande mostra com os desenhos de Ganzeer durante o Festival Democracine, na capital gaúcha. Em seguida, no mês de outubro, "Expressões da Revolução" veio para São Paulo e Ganzeer teve seus trabalhos expostos na Casa das Caldeiras, Zona Oeste da cidade, na cerimônia de abertura do XII Colóquio Internacional de Direitos Humanos da Conectas, que reuniu mais de 60 acadêmicos e ativistas de direitos humanos de 39 países.

Mas Ganzeer sabe pouco sobre o Brasil e outros locais por onde suas obras andam passeando. "Eu conheci apenas o trabalho do (brasileiro e colaborador de Opera Mundi) Carlos Latuff por causa dos desenhos que ele fez sobre assuntos do Oriente Médio. Eu o conheço desde que ele criou um blog com cartuns de apoio à Palestina e todo esse trabalho estava disponível em alta definição para publicação livre. Eu achei aquilo incrivelmente admirável e depois entrei em contato com ele brevemente pelo Twitter. Infelizmente, eu sou bem ignorante sobre o restante da cena no Brasil, mas ouvi que o país tem uma galera talentosa muito louca em arte de rua e quadrinhos e isso é algo que eu devo começar a ver e descobrir em breve".

A coisa toda alçou Ganzeer e sua obra a um novo patamar. Mas ele diz que continua o mesmo garoto de antes daquela Revolução inesperada, que virou seu país e sua vida de cabeça para baixo. "Talvez eu esteja um pouco 'famoso', mas 'quase rico', acho que não. Eu ainda luto para pagar meu aluguel todo mês e meu apartamento está longe de ser bem equipado. As restrições financeiras me impedem de poder realizar todos os projetos artísticos que eu gostaria de fazer", diz. Provocado, ele responde: "Estou definitivamente longe de ser um magnata dos cartuns, ou um magnata de seja lá o que for".

Extraído do sítio Opera Mundi

MARC CHAGALL TAMBÉM ILUSTROU A BÍBLIA - Armen Apressian


Na Universidade Internacional de Moscou estão patentes ilustrações originais da Bíblia criadas por um dos maiores artistas do século XX, Marc Chagall. A abriu em 22 de novembro.

Irina Stejka, curadora da exposição, contou à Voz da Rússia:

“A exposição apresenta litografias originais feitas em 1960 no estúdio de Fernand Mourlot. Não existe nada melhor no mundo da litografia, são as melhores litografias em termos de qualidade. Infelizmente, as placas a partir das quais foram imprensas acabaram por ser destruídas e as litografias se espalharam por coleções das maiores bibliotecas, como, por exemplo, a Biblioteca do Congresso dos EUA, bem como por coleções particulares.”

Os temas bíblicos sempre inspiraram Marc Chagall, e o artista considerava a Bíblia a maior fonte de poesia de todos os tempos. Cada uma das litografias em exposição torna-se parte da mensagem bíblica criada por Marc Chagall.

A série Bíblia levou várias décadas a fazer. Sabe-se que Marc Chagall pensou em ilustrações para a Bíblia pela primeira vez ainda em 1920. O famoso editor parisiense Ambroise Vollard ajudou o artista a por a ideia em prática. Em 1930, ele encomendou uma série de ilustrações de Chagall e prestou até mesmo assistência financeira à organização de uma viagem à Palestina. Segundo a convicção de Marc Chagall, ele não poderia começar a trabalhar sem conhecer a Terra Santa. O artista chamou às suas impressões de viagem “as mais fortes em sua vida”, elas se tornaram uma fonte de inspiração para a criação das obras apresentadas na exposição.


Devido à morte de Ambroise Vollard e ao início da Segunda Guerra Mundial, o projeto foi adiado e só no final dos anos 50 as litografias foram impressas.

De acordo com Marc Chagall, a principal característica das obras da série Bíblica é que elas transmitem a integridade, a pequenês e continuidade do ser. “Desde minha juventude, quando eu começei a usar lápis, que estava procurando algo que se pudesse espalhar, como uma grande torrente correndo em direção a praias distantes e desejadas. Quando eu pegava uma placa litográfica ou uma placa de cobre, eu sentia como se estivesse a segurar uma mascote nas minhas mãos. Parecia-me que podia colocar nelas todas as minhas tristezas e alegrias,” escreveu o artista.

“Apesar do grande interesse pelo trabalho de Marc Chagall na Rússia, a sua série Bíblia é ainda hoje pouco conhecida do público em geral,” diz Irina Stejka. “Portanto, o projeto Imagens Bíblicas de Marc Chagall é verdadeiramente único".

Extraído do sítio Voz da Rússia